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Sid Meier's Civilization Revolution

09/09/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Série chega aos consoles
Durante as décadas de 80 e 90, enquanto o grande poder criativo dos videogames domésticos se concentrava no Japão, o ocidente mostrava todo o seu potencial na plataforma aberta dos PCs. Nomes como Peter Molyneux, Will Wright, Richard Garriott, Geoff Crammond e John Carmack criaram jogos que se tornaram referências fundamentais, base para alguns dos gêneros mais populares da atualidade, como os de tiro em primeira pessoa e os RPGs online. Neste grupo também houve a forte presença de Sid Meier, que através de sua saudosa companhia Microprose, não só publicou grandes clássicos da época quanto mostrou ao mundo seu "Civilization", um marco entre os games de estratégia em turnos.

Até então relegada aos computadores, finalmente chegou a hora desta charmosa franquia chegar aos consoles em um jogo original, ao contrário de algumas apagadas reprogramações lançadas no passado. E a série chega com diversas alterações pensadas para aproveitar melhor o potencial dos videogames, mas com a mecânica fundamental preservada e ainda muito viciante.

Preservando a vida social

Qualquer fã de "Civilization" pode dizer que já passou muitas horas, dias até, na frente de um computador para terminar uma única campanha, incapaz até mesmo de parar para comer ou tomar banho. Talvez numa tentativa de preservar a vida social de seus jogadores, a maior diferença de "Civilization Revolution" em relação aos jogos de PC é seu foco um tanto quanto simplificado com algumas campanhas podendo durar algumas horas apenas.

Aparentemente isso é um retrocesso, parecendo um mero artifício para trazer jogadores casuais ao universo de Meier, mas não é inteiramente verdade. Embora este episódio para consoles tenha menos condições para se vencer uma partida ou menos interatividade com os conselheiros, por exemplo, ainda preserva a essência da série de uma outra maneira. Com um mapa reduzido e certas opções simplificadas, o jogo fica mais rápido e tenso, com a constante ameaça de outras civilizações, em uma variante bastante emocionante.

O mundo está em suas mãos
O básico continua igual: você seleciona um povo, entre 14 escolhas que passam pelos romanos, espanhóis, japoneses, aztecas e zulus, e começa a construir seu império. No início não há muita coisa a não ser alguns colonos e tropas, mas com o tempo, tudo vai se desenvolvendo à medida que sua população cresce e gera mais riqueza e conhecimentos. Cabe a você fundar novas cidades, criar infra-estrutura, treinar soldados e se relacionar com outros povos, através da diplomacia ou do belicismo.

Para vencer é preciso preencher um entre quatro objetivos: dominação, que pede que você conquiste todas as capitais rivais; cultura, que exige a aquisição de índices de cultura suficientes para construir a sede das Nações Unidas; economia, que consiste em acumular mais de 20 mil pontos em riquezas; ou da tecnologia, que espera que você desenvolva estudos suficientes para enviar um foguete até a estrela Alpha Centauri. E cada povo à escolha tem bônus específicos, tendendo para alguma dessas linhas de ação, fazendo com que cada decisão, desde o início de sua campanha, seja fundamental para seu desenvolvimento e sucesso.

Para jogar na TV

Além de ter perdido alguma gordura, a franquia também ganhou uma nova interface e controles. É um sistema bastante intuitivo, pedindo que você use apenas alguns botões para designar as ações de suas unidades ou construções em suas cidades, com a navegação realizada pelos controles analógicos. Há um tutorial que ensina como jogar e em apenas alguns minutos você está pronto para realizar qualquer tipo de ação.

Com desenhos grandes e bem coloridos, em um design bastante estilizado, os visuais também foram adaptados para o console. Enquanto jogos como "Command & Conquer 3" foram transposições fiéis do PC para videogames, criando problemas com câmera ou mesmo com o tamanho das unidades na tela, aqui tudo foi feito para uma fácil identificação e navegação.

Maravilhas dos mundos antigo e moderno
Os personagens têm design único, fáceis de serem manipulados, ainda que em estágios mais avançados a própria evolução de sua nação deixe o mapa bastante poluído e um pouco lento. O som parece apagado, se resumindo a alguns temas que pontuam eventos específicos e pequenas falas utilizadas para reforçar o estereotipo de cada povo, no que parece ser uma tentativa de não fazer com que seja uma distração.

Multiplayer eficiente

Como uma campanha para um jogador não possui nenhum tipo de trama e pode ser vencida em algumas horas, surge a preocupação de ter em mãos um jogo que não tem muito potencial a longo prazo. Mas isto acaba sendo solucionado graças aos cenários extras disponibilizados toda semana pela Firaxis pela Playstation Network e pela Xbox, além do ótimo sistema multiplayer online.

Nele é possível recorrer a várias opções, entre partidas com ou sem ranking, em batalhas de duplas ou todos contra todos, por exemplo. Como é um jogo lento, a conexão não é tão fundamental, ainda que haja uma maneira de colocar um temporizador em cada turno, obrigando os participantes a agirem mais depressa.

CONSIDERAÇÕES

"Civilization Revolution" é um ótimo exemplar da clássica série que chega aos consoles, tentando agradar aos fãs antigos e, ao mesmo tempo, conquistar novos jogadores, inclusive aqueles chegados a experiências mais casuais. Ainda que se apresente de uma maneira bem menos complexa do que nos computadores, o jogo ganha uma agilidade inesperada e mantém o interesse prolongado através das partidas multiplayer e conteúdo online.

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    GALERIA

    Sid Meier's Civilization Revolution (Xbox 360)

    112 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Firaxis Games
    Lançamento: 08/07/2008
    Distribuidora: 2K Games
    Suporte: Cartão de memória
    Outras plataformas: DS PS3 PSP WII
    RecomendadoAvaliação:
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