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Star Ocean: The Last Hope

12/03/2009

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
"Star Ocean: The Last Hope" é o mais novo capítulo de uma das franquias de RPG mais tradicionais da Square-Enix, de muito sucesso no Japão. A força da marca levou a Microsoft a mexer alguns pauzinhos para garantir a exclusividade do game no Xbox 360, como mais um passo para tentar conquistar os jogadores japoneses, que nunca viram muita graça nos consoles da empresa.

Para o bem ou para mal, a aposta parece ter sido bem segura. O game é um típico RPG oriental que faz a alegria dos nipônicos há décadas, sem muitas ousadias, o que pode desanimar aqueles que já se cansaram das fórmulas consagradas. Os fãs, no entanto, encontrarão muitas qualidades e surpresas na ambiciosa narrativa.

Início de tudo
A história de "Star Ocean: The Last Hope" é a chamada "prequel", ou seja, que se passa antes até mesmo do primeiríssimo "Star Ocean", lançado em 1996 para o Super NES japonês. Aqui presenciamos o desenrolar de fatos que sustentam algumas idéias básicas da série, como as viagens espaciais, e ainda presenciamos características comuns entre os jogos da franquia, como a criação de itens e as batalhas em tempo real - elementos também vistos na saga "Tales of" na Namco, que não por acaso foi criada a partir de um racha na equipe original.

O roteiro passa rapidamente por eventos que levam à 3ª Guerra Mundial, forçando a humanidade a buscar abrigo no espaço, no ano de 2087. Repousa então ao se fixar nos heróis da aventura, Edge e Reimi, jovens que entram de cabeça na primeira missão oficial de prospecção de planetas habitáveis. Como em qualquer bom RPG do estilo, são protagonistas simpáticos e ingênuos que passam por maus bocados e, aos poucos, se tornam mais profundos e magnéticos - ainda que o design cometa excessos ao exibi-los como figuras fofas de animê, inclusive com algumas vozes bastante irritantes de boneca.

Claro que coadjuvantes importantes, tragédias e grandes reviravoltas aguardam o jogador ao longo da aventura, mantendo sempre a atenção. O início, como outros exemplares do gênero, não é dos mais emocionantes e é necessária certa perseverança para entrar no ritmo dos eventos. Em poucas horas, contudo, já é possível deixar se absorver pela habitual grandiosidade dos fatos.

Em tempo real

Como já dito, "Star Ocean: The Last Hope" conta com combates em tempo real, a exemplo da série "Tales of", ao contrário do mais tradicional sistema de lutas em turnos. Aqui é possível ver os inimigos, evitando os chatos confrontos aleatórios. Você controla um personagem enquanto o computador se encarrega dos outros e sua atenção será dividida por muitas variáveis, como golpes normais, esquivas, grandes combos e especiais. Há também algumas características únicas, como os ataques blindside - um contra-ataque cheio de estilo com direito a câmera lenta - e uma espécie de gabarito que garante bônus especiais ao fim de cada luta - se o jogador conseguir preencher seus variados requisitos, como utilizar sempre o mesmo golpe, por exemplo.

Claro que não poderia faltar um sistema de experiência, que garante a evolução de seu grupo e dos personagens individualmente. É possível desenvolver novas técnicas, aumentar seus atributos através de um sistema de estilos de combate chamado BEAT e, ainda, criar itens, armas e acessórios.

Esta última característica é muito forte na série, pedindo que os jogadores coletem os mais variados materiais para satisfazer as receitas, que aqui se beneficiam do chamado Recipe Creation Conference - em que os personagens se reúnem para discutir tais fórmulas, com resultados variando de acordo com características dos mesmos.

Como qualquer jogo da Square-Enix, "Star Ocean: The Last Hope" tenta sempre encher os olhos do jogador com longas sequências em vídeo, eventos grandiosos e visuais vibrantes. É uma produção caprichada, que conta com gráficos detalhados e coloridos, mas que não coloca nada de novo à mesa. Parece que faltou inspiração, principalmente no design exagerado, que infantiliza um pouco até mesmo os momentos mais tensos do game e apela para arquétipos comuns no gênero - um jogador menos atencioso poderia confundir visualmente os heróis com os de qualquer outro concorrente lançado nos últimos anos.

CONSIDERAÇÕES

"Star Ocean: The Last Ocean" é um exemplar competente de uma série bastante tradicional, se mantendo fielmente dentro das regras estabelecidas pelos capítulos anteriores. Os sistemas de batalha e evolução de personagens são bastante interessantes e, em conjunto com várias tarefas e missões extras, tornam o título bastante atraente para fãs que sintam confortáveis dentro de moldes tão rígidos e antigos. No entanto, o visual de animê que transforma os personagens em bonecos sem expressividade sabota o enredo, assim como o ritmo irregular da aventura, o que podem grandes barreiras para os novatos.

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    GALERIA

    Star Ocean: The Last Hope (Xbox 360)

    165 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: tri-Ace
    Lançamento: 23/02/2009
    Distribuidora: Square Enix
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: PS3
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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