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Tom Clancy's H.A.W.X.

02/04/2009

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Depois de faturar horrores explorando games de ação tática e espionagem sob a grife do escritor Tom Clancy, a Ubisoft resolveu diversificar. Primeiro veio "Endwar", um jogo de estratégia em tempo real com controle por voz, e agora é a vez de "Hawx", que flerta com os simuladores de caças de combate. O trabalho ficou a cargo da Ubisoft Romania, equipe veterana na área que possui a série "Blazing Angels" no currículo, garantindo um estilo menos realista e voltado para a ação - o que não se mostra totalmente satisfatório.

Alvo: Rio de Janeiro

A história, como esperado, situa o game dentro do universo estabelecido dos outros títulos da marca, com referências a "Ghost Recon", "Splinter Cell" e "EndWar". Estamos em um futuro próximo quando conhecemos um piloto da força aérea dos EUA, David Crenshaw, integrante do H.A.W.X., um grupo de elite com aeronaves experimentais que dá suporte a ações terrestres da equipe Ghost. Quando seus superiores decidem desmantelar a unidade, Crenshaw é recrutado por um exército privado montado pela multinacional Artemis.

O curioso é o que acontece em seguida. Depois de alguns anos trabalhando para a empresa em missões ao redor do globo, Crenshaw é enviado para o Brasil. É isso mesmo, nosso país assina um contrato milionário com a Artemis para defender sua costa - em especial o Rio de Janeiro - dos ataques de terroristas caribenhos que condenam a parceria entre EUA e os países sul-americanos. Para tornar tudo ainda mais interessante, logo a Artemis quebra o contrato com o governo brasileiro e acaba assinando com os próprios terroristas, forçando o nobre Crenshaw a se tornar um renegado para salvar o dia.

No entanto, mesmo com tais (e outras) reviravoltas, o forte aqui não é o roteiro ou a apresentação cinematográfica dos outros produtos da grife. É possível dizer até que este é o jogo mais direto da marca de Clancy, sem espaço para muita conversa ou mesmo grandes tutoriais. Aqui o que dita o ritmo é a própria ação e este imediatismo acaba por sabotar não só o envolvimento da história, mas também a própria mecânica de jogo.

Piloto automático

Na tentativa de evitar distrações que tirem o brilho dos tiroteios frenéticos, a Ubisoft Romania desenvolveu um sistema automatizado de navegação chamado de ERS (Enhanced Reality System). Ele é ativado com toques de botão e acaba por tornar a experiência fácil até demais, ajudando o piloto a fazer um traçado ideal até o alvo.

A questão é que, mesmo com o ERS desativado, as coisas são simples demais. Você trava sua mira nos alvos e lança mísseis sem muita preocupação, pois além de bom rastreamento não há a preocupação em salvar munição devido aos generosos estoques disponíveis. A física também não é das mais desafiadoras ou emocionantes: não há grande sensação de velocidade e o jogo acaba permitindo que até manobras mais drásticas sejam realizadas com pouco esforço ou estratégia - até mesmo quando se torna necessário escapar de tiros travados de inimigos.

Jogando ao lado de um amigo no modo cooperativo, a experiência se transforma em um passeio turístico. De luxo, felizmente, uma vez que as recriações das cidades são bastante interessantes e detalhadas, modeladas a partir de imagens reais tiradas por satélites. Muitas texturas não impressionam de perto, mas durante a ação isso se torna um elemento menor já que os caças são os verdadeiros astro do show, todos desenhados com bastante capricho. O áudio também segue o mesmo padrão, com uma música que embala a ação de forma adequada e efeitos sonoros que dão boa sensação de imersão e profundidade.

Como o desafio no modo para um jogador é bastante limitado, mesmo com algumas missões um pouco mais chatinhas, o modo competitivo online acaba ganhando força mesmo sem grandes sacadas - com um sistema de pontos de experiência compartilhado que desbloqueia extras e tenta aproximar os dois aspectos do game. Em combates contra vários jogadores, a ação se torna mais desafiadora, com a falta de elementos realistas sendo compensada pelo excesso de tiros e manobras absurdas.

CONSIDERAÇÕES

Ainda que seja interessante a iniciativa da Ubisoft em diversificar o acervo de games com o nome de Tom Clancy, a aposta em um jogo de aviões não foi das mais certeiras. Todos os aspectos do título são simples demais, transformando-o em um jogo de tiro glamurizado e com pouca sensação de velocidade. Diante da escassez de títulos do gênero pode se tornar uma opção razoável entre os fãs, mas não deve chamar a atenção daqueles que nunca viram graça em games como o clássico "Afterburner".

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    GALERIA

    Tom Clancy's H.A.W.X. (Xbox 360)

    146 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Ubisoft Romania
    Lançamento: 03/03/2009
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: Cartão de memória
    Outras plataformas: PC PS3
    RegularAvaliação:
    Regular

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