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Testamos: "Elder Scrolls Online" tem cara de "Skyrim" e editor robusto

André Forte

Do Gamehall, em Los Angeles*

31/05/2013 14h10

A Bethesda é bem conhecida pelos seus vastos mundos virtuais, sempre livres para a exploração. É uma característica facilmente relacionada aos RPGs online, gênero que até agora, não tinha sido explorado em suas principais franquias. Isso está prestes a mudar, com a chegada de "The Elder Scrolls Online".

Em um evento para a imprensa onde apresentou alguns dos jogos que levará para a E3 2013, a Bethesda mostrou um pouco do que "Elder Scrolls Online" oferecerá aos fãs de uma série que nunca se abriu para uma experiência multiplayer: cenários muito bonitos e inúmeras possibilidades de edição eram os destaques, sempre enaltecidos pelos produtores.

Por se tratar de uma versão preliminar do game, as batalhas entre jogadores não estavam disponíveis. Outra limitação era a de só poder jogar com a câmera em terceira pessoa. No jogo final, será possível optar pela visão em primeira pessoa, exatamente como os jogadores de "Skyrim" estão acostumados.

A câmera em primeira pessoa terá uma diferença em relação aos jogos anteriores: o jogador só verá as mãos do personagem ao atacar seus inimigos. Sai de cena a bacana sensação de imersão de ver o personagem empunhando a espada e o escudo, infelizmente.

O motivo para essa limitação, segundo os produtores, é melhorar a visão que o jogador terá do vasto cenário do jogo.

ASSISTA AO TRAILER DE "THE ELDER SCROLLS ONLINE"

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Daggerfall, mas com cara de Skyrim

O cenário visitado é baseado em Daggerfall, a região do antigo "Elder Scrolls II", mas recriado pelo Creation Engine, o mesmo motor gráfico de "Skyrim".

O visual realmente chama a atenção, destacando "The Elder Scrolls Online" de outros MMOs. Os gráficos são realmente muito bonitos, com texturas caprichadas e personagens representados de maneira realista - o que distancia o game dos medalhões do gênero, como "World of Warcraft".

Nem tudo são flores: a física durante as lutas é estranha, falta um certo cuidado para transmitir a sensação de impacto aos golpes trocados entre o personagem e seus inimigos. Quem está acostumado com "WoW" ou "Guild Wars 2" não notará muita diferença, mas é fato que as batalhas podem ficar mais caprichadas na versão final do jogo.

Editor robusto

O modo de edição é tão completo quanto em "Skyrim", permitindo a criação de personagens os mais diversos. O jogador terá muitas opções de raças para escolher e com direito a alterar detalhes minuciosos como tamanho ou distância dos olhos, localização da boca em relação ao restante do rosto ou posicionamento do nariz.

Como os menus são bem intuitivos, dá, sem qualquer exagero, para criar facilmente um personagem com um rosto muito parecido com o seu.

Lobo solitário

Quando o jogo começou, a impressão passada é a de se jogar um "Elder Scrolls" tradicional, já que havia muitos NPCs para conversar e locais como tavernas, lojas e calabouços para se explorar.

Da mesma forma, as missões solo eram bem variadas e oferecidas constantemente, assim você pode se aventurar sem a necessidade de um grupo de amigos para ajudar. Isso pode ser legal para quem curte bancar o 'lobo solitário' em RPGs online, mas vale notar que eu estava jogando em um ambiente controlado e com um personagem de nível inicial. As coisas podem ser diferentes em níveis mais avançados.

É uma pena que o teste não pôde ser feito como deveria: a falta de suporte para lutas entre os jogadores deixou a sensação de estar jogando uma expansão de "Skyrim". O jeito é esperar pelo lançamento de "Elder Scrolls Online" e ver tudo o que ele tem a oferecer em ambiente completamente livre de amarras.

"The Elder Scrolls Online" chegará ao PC até o fim do ano.

*O jornalista viajou a convite da EA.