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"FIFA 16" inclui futebol feminino e sistema para 'ensinar' futebol

Théo Azevedo

Do UOL, em Los Angeles

15/06/2015 17h00

É quase consenso entre aqueles que jogam futebol no videogame que “FIFA” atingiu um nível próximo ao da excelência. Uma ótima notícia para EA Sports e Electronic Arts, mas também um desafio: num mercado que (ainda) tem espaço para versões anuais dos jogos de futebol, o que ainda resta para melhorar?

No eterno duelo com “Pro Evolution Soccer”, da Konami, “FIFA 16” decidiu seguir um caminho um pouco diferente, mais inclusivo e acessível. As presenças do futebol feminino e de um sistema que, em tempo real, “ensina” a jogar futebol, estão entre as principais novidades do game.

Se você é um principiante no “FIFA” ou já conhece a série, mas deseja aprender a jogar melhor, agora há um sistema contextual que, em tempo real, indica qual é a melhor ação naquele momento.

Imagine, por exemplo, que Neymar está na cara do gol. Ao redor do atleta, são exibidas as opções disponíveis para aquela situação, acompanhadas do botão a ser pressionado. Neste caso, claro, o chute é a melhor escolha, mas se houvesse um companheiro de equipe ao lado do brasileiro, e em condições de marcar, o sistema poderia sugerir também a opção do passe.

Como esse modo de assistência pode ser ligado ou desligado a qualquer momento, é um método bastante amigável e prático para aprender a jogar, mas a EA Sports espera que fãs mais experimentados da série também o utilizem, estes para melhorar sua performance em campo. Isso porque o recurso fica mais elaborado conforme o progresso do jogador, sugerindo opções não tão óbvias, como uma bola enfiada ou um lançamento pelo alto, por exemplo.

Meninas no jogo

Se nos Estados Unidos o “soccer” não chega nem perto da popularidade do futebol americano ou do basquete, entre as mulheres a historia é bem diferente: o futebol é bastante praticado pelas meninas no colégio, o que explica o fato de a seleção das norte-americanas figurar entre as principais do mundo.

Em outras palavras, ter 12 seleções femininas no “FIFA 16” abre mais espaço para o game, já que mulheres que praticam ou gostam de futebol na vida real, agora têm um motivo extra para levar essa paixão aos videogames – tal qual já acontece com os homens, é claro.

Por enquanto, será possível jogar com as seleções nos modos de Partida Rápida, Torneio (offline) e Amistoso (online).

Defesa mais esperta

É claro que também há espaço para algumas mudanças no jogo em si, especialmente na defesa. “Ouvimos o feedback dos fãs de ‘FIFA 15’, que reclamaram muito sobre como o jogo parecia desequilibrado, com as atacantes quase sempre se sobressaindo ante a defesa”, admite Nick Channon, produtor do jogo.

Para deixar a disputa mais justa, a EA Sports está mexendo na velocidade e na movimentação da zaga. Um zagueiro, em “FIFA 16”, consegue se levantar mais rápido após uma tentativa malsucedida de carrinho, por exemplo. Além disso, a produtora promete que os defensores saberão preencher melhor os espaços do campo, sem dar tanto mole para os centroavantes.

Também há novidades no passe, cuja velocidade pode ser controlada em qualquer circunstância da partida, e nos dribles, uma vez que os atletas agora conseguem fazer fintas sem tocar na bola, bastando manter pressionado o botão de ombro esquerdo enquanto executa o movimento com o costumeiro direcional analógico da direita.

Por enquanto, a Electronic Arts não tem informação sobre a presença de times brasileiros no "FIFA 16" - a versão anterior, vale lembrar, não teve times do país por causa de um imbróglio entre os atletas e o game de futebol.

"FIFA 16" será lançado em 22 de setembro para PC, PlayStation 4, Xbox One, PlayStation 3 e Xbox 360.