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Organização de Saúde Mundial classifica vício em jogos como desordem mental

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Imagem: Reprodução

Do GameHall

18/06/2018 17h11

O vício em jogos eletrônicos foi oficialmente classificado como um transtorno de saúde mental pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da sua décima primeira revisão do manual de classificação de doenças, publicada nesta segunda-feira (18).

A OMS afirma que pessoas que jogam compulsivamente videogames ou que apresentem um “padrão de comportamento persistente ou recorrente”, podem ser prejudicadas ao permitir que os games tomem a preferência sobre outros interesses da vida como atividades pessoais, familiares, sociais, educativas ou profissionais.

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No entanto, para que um diagnóstico de “gaming disorder”, como foi batizado, seja estabelecido, a OMS diz que o comportamento deve manifestar-se claramente sobre um período de pelo menos 12 meses.

De acordo com a organização, a expectativa é que a classificação da desordem signifique que os profissionais e sistemas de saúde estejam mais “alertas para a existência dessa condição”, ao mesmo tempo em que aumenta a possibilidade de que “pessoas que sofrem dessas condições possam receber ajuda apropriada”.

Por outro lado, a agência de saúde afirma que os casos extremos de “gaming disorder” são extremamente raros, atingindo menos de 3% dos gamers.

“Milhões de jogadores ao redor do mundo, mesmo quando se trata de jogos intensos, nunca se qualificariam como pessoas que sofrem de desordem nos jogos”, afirmou o médico Vladimir Poznyak, membro do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS.

“E deixe-me enfatizar que esta é uma condição clínica, e o diagnóstico clínico deve ser feito apenas por profissionais de saúde que são devidamente treinados para fazer isso”, disse ainda.