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Shaman King: Master of Spirits 2
Game Boy Advance
"O protagonista tem a habilidade de coletar e usar as almas que encontrar pelo caminho."


10/08/2005
da Redação

O Game Boy Advance é, ao lado dos celulares, um dos últimos refúgios dos jogos em 2D, estilo dominante na era 16 bits. Muitas vezes, as produtoras lançam um jogo para o portátil para ver se arrecadam um dinheiro a mais, convertendo grandes sucessos dos consoles de mesa numa versão 2D que, com raras exceções, limita-se a um amontoado de clichês e jogabilidade surrada.

Mas ainda há companhias que olham o portátil com atenção e a Konami é uma delas. "Shaman King: Master of Spirits 2", assim como o antecessor, é um jogo de ação com visão lateral, com elementos de combate e de plataformas, e baseado num desenho animado de sucesso. Resumindo, o game se assemelha muito às versões de "Castlevania" para o portátil. O que é um bom sinal, visto que a série com vampiros e a família Belmont é considerada uma das melhores franquias para diversos consoles.

Do outro lado da vida

Neste episódio, o protagonista Yoh Asakura deverá enfrentar Zeke, cuja aparição interrompeu o torneio que definiria o rei dos xamãs, como são conhecidas as pessoas que podem se comunicar com os espíritos no mundo de "Shaman King". Asakura é um dos mais poderosos da classe de guerreiros.

O sistema de jogo é bastante similar a "Castlevania: Aria of Sorrow". O protagonista tem a habilidade de coletar e usar as almas que encontra pelo caminho. No começo, ele poderá se equipar com apenas um espírito, mas no decorrer do game encontrará itens que permitirão usar até cinco fantasmas ao mesmo tempo.

Eles podem ser de vários tipos. Amidamaru, por exemplo, ataca com sua espada e nocauteia a maioria dos inimigos. Além dele, existem diversos espíritos que fazem ataques especiais, mas outros servem para aumentar a capacidade do Asakura: uns permitem correr mais rápido e, por conseqüência, pular mais longe, enquanto outros fazem melhorar o pulo. Naturalmente, essas habilidades farão com que o protagonista possa acessar novas áreas no mapa.

Administrar os espíritos em "Master of Spirits 2" está bem eficiente. O jogador poderá organizar a configuração dos fantasmas em diversos "decks", que podem ser trocados na tela de ação com um apertar de botão. Mas há diversos outros itens, que dão mais energia, furyoku (energia para usar os espíritos), novos golpes e novos equipamentos. Alguns dos fantasmas podem ter vários níveis de evolução. Mas o personagem, ao contrário de "Castlevania", não ganha experiência.

Basicamente, o jogo consiste em golpear os inimigos com a espada e pular sobre as diversas plataformas. Alguns obstáculos só podem ser superados com espíritos específicos. A horda de inimigos parece vir diretamente de "Castlevania": morcegos, esqueletos e dragões feitos de ossos são facilmente identificáveis. Felizmente, o equilíbrio de força entre o protagonista e inimigos e um sistema de controle seguro também foram incorporados ao game.

Do chicote à espada

O sistema de mapa é um pouco diferente. Em vez de uma fase única, dividida em diversas salas como no clássico dos vampiros, "Master of Spirits 2" traz um mapa como o de um tabuleiro e as fases de ação acontecem entre os dois pontos distintos. O lado bom é que as fases ficam mais curtas, permitindo jogar a qualquer hora, mas, por outro, é bastante doloroso voltar para locais específicos, tendo que perfazer todo o trajeto. Até existem tendas que permitem pular certas localidades, mas não chegam a aliviar muito o problema.

Chefes de fase aguardam o jogador em e, naturalmente, cada um deles possui ataques e inteligência próprias e, na maioria das vezes, são bastante desafiadores, necessitando estudar bem seus movimentos para superá-los.

Se a situação apertar e faltar energia para completar as fases, o jogador poderá entrar numa loja e comprar alguns suprimentos. Ali, ele também terá outros itens como antídotos contra veneno e novos "decks", para ampliar os "slots" em que se podem destacar os espíritos.

Os controles seguem o padrão dos jogos de ação, com comando para ataque, pulo e uso de técnicas especiais. A ação tem a velocidade ideal para exigir reflexos contra monstros e plataformas. A resposta é imediata e, mesmo com os diversos efeitos visuais, a velocidade não se altera.

O visual faz uso das artes do desenho original, aparecendo quando se faz uso de ataques especiais e durante as cenas não-interativas. Mesmo os pequenos avatares possuem detalhes suficientes para poder reconhecer os personagens, e as animações também foram bem trabalhadas. Os cenários possuem uma construção competente e, de vez em quando, aparecem alguns ambientes que surpreendem um pouco mais. Os inimigos parecem estar um pouco fora de sintonia com o mundo de "Shaman King", mas também foram gerados com bons detalhes e animações - mas não ao nível de um "Castlevania", que dedicava movimentos exclusivos de morte para cada monstro.

O som não é tão bom quanto o do clássico, mas desfila uma trilha musical de qualidade, com boa escolha de instrumentos. Já os efeitos sonoros parecem terem vindo de bibliotecas genéricas e as poucas falas, que aparecem basicamente na tela de "Game Over", começam logo a irritar.

Nada se cria, tudo se copia - mas com qualidade

"Shaman King: Master of Spirits 2", como se pode notar, copia a fórmula vencedora de "Castlevania" e poderá ser seu substituto, já que não estão previstas novas aventuras dos caçadores de Drácula no Game Boy Advance. Felizmente, o game também conseguiu trazer a ótima qualidade do clássico, com uma dificuldade bem equilibrada e um sistema de jogo em que tudo funciona perfeitamente, a ponto de compensar a falta de originalidade.