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A História do Videogame


1985

Reprodução
Este é o Robotic Operating Buddy do NES, ou R.O.B.. O acessório excêntrico só teve dois jogos: "Stack-Up" e "Gyromite"
VEJA FOTO DE 'GYROMITE'
A Nintendo começa a fazer testes em Nova York para vender o NES no mercado norte-americano. Os varejistas estavam tão céticos em relação aos videogames que a Nintendo teve de concordar em recomprar tudo que não fosse vendido pelas lojas. E mais: deveria reformular o design para se adaptar ao gosto americano, para quem videogame era acessório de TV, não um brinquedo. Para vender o console em lojas avessas aos videogames, a empresa também inventou um robô, o R.O.B. Nessas lojas, ao invés de ser vendido como videogame, o NES vira um pacote para jogos de robô. Coisa de americano! No final, apenas dois jogos saíram para o R.O.B.: "Stack-Up" e "Gyromite", que acompanha o acessório.

Uma pistola para jogos como "Wild Gunman", "Duck Hunt" e "Hogan's Alley", sucessos do arcade e do Famicom, no Japão, é lançada. Munido de ótimos jogos da própria Nintendo, e de conversões de sucessos do arcade como "Kung Fu Master", da Irem, e o lendário "Super Mario Bros.", o NES não demora para emplacar nos Estados Unidos, apesar do lançamento patrulhado.

Divulgação
Caixinha dos primeiros jogos do NES nos Estados Unidos. A Nintendo mantinha um padrão, mas as produtoras terceirizadas tinham liberdade de criar sua embalagem
VEJA FOTOS DOS JOGOS

Seguindo a Apple, que fez sucesso com o Macintosh, a Atari, de Tramiel, também prepara um computador baseado no chip 68000 (Motorola, 16 bits), o 520ST, internamente chamado de "Jackintosh".

Também em 1985, foi lançada a segunda versão do MSX, o MSX2, com melhores gráficos e RAM mínima de 64KB.

Os jogos eram lançados em cartuchos, mas cópias de programas podiam ser encontradas em fitas cassetes e, depois, em disquetes. Com o aparecimento de jogos maiores que 64KB, os chamados MegaROMs, foram desenvolvidos periféricos específicos para acomodar todos os dados e permitir que as cópias rodassem sem sobressaltos.

Crédito
O visual de Snake na embalagem de "Metal Gear" para MSX
Crédito
Com algumas diferenças, o jogo do MSX foi adaptado para o NES
Foi nesse período que o MSX viu seus melhores jogos e, de longe, a Konami foi a softhouse que mais obteve sucesso na plataforma. Clássicos como "Vampire Killer" - precursor de "Castlevania" -, "Parodius" e "Metal Gear" nasceram no MSX. Outros jogos da Konami que fizeram sucesso incluem "Penguin Adventure" - o primeiro jogo de Hideo Kojima, que viria a criar "Snatcher" e os dois "Metal Gear" para a plataforma -, as séries "Gradius", "Knightmare" e "King's Valley", além de "Goemon" ("Legend of the Mystical Ninja") e "Space Manbow".

A companhia dava muita importância às trilhas musicais e chegou a desenvolver um chip, que vinha embutido em seus cartuchos, que acrescenta cinco canais de som aos três nativos do computador. Essa tecnologia, chamada de SCC, também foi usada no NES, em games como "Castlevania III: Dracula's Curse". Assim, os jogos da Konami também eram conhecidos pelas memoráveis composições, como as de "Gradius 2", "Salamander", "Parodius" e "Snatcher", tidas como algumas das melhores da história.

Apesar de grandes jogos e o computador mais popular do Japão nos anos 80, o MSX perdeu a concorrência para o NES - também lançado em 83 -, mais barato e com processador de vídeo melhor. O MSX2 veio com gráficos mais elaborados, mas continuou longe de competir no quesito custo. Além disso, não conseguiu ter sucesso nos Estados Unidos, onde o Commodore 64 era popular. Seu sucesso ficou localizado, fora do Japão, na Coréia do Sul, na Europa (principalmente na Holanda e Espanha), além de países árabes e no Brasil. Também foi muito popular na Rússia, pois era um dos poucos computadores permitidos para importação e foi usado até na estação espacial Mir.

"KUNG FU MASTER", "ZELDA", "1942" E OUTROS (1985-1986)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"

1986

Satisfeita com o teste aplicado em Nova York, a Nintendo contrata a World of Wonder, criadora de Teddy Ruxpin e Laser Tag, para ajudar no marketing do NES em território norte-americano. O sistema estreou com dois pacotes: um com o R.O.B., a pistola e os jogos "Gyromite" (para R.O.B.), "Duck Hunt" e "Super Mario Bros.", ao preço de US$ 249; o outro, mais básico, vinha com "Super Mario Bros." e custava US$ 199.

Sega Master System: sucesso no Brasil, quase um desconhecido no resto do mundo
A Sega também entra no mercado americano com seu console, o Master System, esperando desempenho superior ao do mercado japonês. Distribuído pela Tonka, fabricante de caminhões de brinquedo, o console chega com a força do nome Sega nos arcades e alguns jogos originais, como "Hang On" e "Fantasy Star", mas não decola. As conversões de arcade da Sega eram muito fracas, apesar de outras softhouses terem desenvolvido bons trabalhos. A pistola e os caros óculos 3D, ambos para poucos jogos, não ajudam a melhorar a imagem do Master System. Posteriormente, o console é lançado no Brasil pela Tectoy e, sem a concorrência da Nintendo, acaba se tornando febre.

Com jogos requentados da geração passada, não deu para o Atari 7800
A Atari lança o Atari 7800 que, ao contrário do 5200, era compatível com jogos do 2600. Tarde demais. A imagem da empresa já estava manchada e as revistas criticaram os antigos títulos que foram lançados. A Nintendo domina o mercado vendendo 10 vezes mais que seus competidores. No Japão, é lançado um drive de discos com os jogos de golfe, futebol e o mitológico "Legend of Zelda". O sucesso da Nintendo faz com que várias softhouses a procurem para produzir jogos para o NES. Até empresas que davam suporte à Atari entram na onda.

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