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Avaliação de smartphones

15/02/2011 - 10h46

UOL Jogos avalia melhores smartphones para games

AKIRA SUZUKI
da Redação
  • Celulares de última geração possuem tecnologia mais sofisticada que videogames portáteis, e contam com aplicativos e jogos complexos

    Celulares de última geração possuem tecnologia mais sofisticada que videogames portáteis, e contam com aplicativos e jogos complexos

Houve um tempo em que a função principal de um celular era fazer e receber ligações telefônicas. Mas nesses tempos de smartphones, cada vez mais parecidos com computadores, esses aparelhos móveis vão agregando mais funções. Tanta sofisticação fez com que tenham cada vez mais potencial para games.

VENDAS EM 2010 53,2% é o crescimento do número de norte-americanos* que jogam em celulares entre 2009 e 2010, enquanto o de jogadores de Nintendo DS e PSP recuou 13% no mesmo período

27,8% dos americanos* jogam apenas no celular, apesar de possuírem um DS ou um PSP

*Entre os que jogam em algum portátil (fonte: Interpret)
Os celulares vêm ganhando, ano a ano, mais espaço entre os jogadores. Uma pesquisa da companhia de estudo de mercado Interpret feita em dezembro do ano passado mostra que 43,8% dos americanos que jogam em alguma plataforma portátil o fazem em telefones celulares, cuja vendagem é bem maior: foram 1,27 bilhão apenas em 2010, segundo o iSuppli.

No entanto, com uma oferta ampla de aparelhos e de games (só o iPhone tem mais de 300 mil aplicativos), encontrar o produto certo pode se tornar uma missão árdua. Pensando nisso, o UOL Jogos efetuou uma ampla pesquisa, testando aparelhos, games e lojas on-line que vendem os títulos.

O resultado mostrou que o iPhone (além do iPod Touch e iPad) pode ser considerado o melhor aparelho para quem busca diversão através dos games. Mas com um porém: quem registra uma conta brasileira na loja virtual iTunes App Store não tem acesso aos jogos, já que para isso, as produtoras precisariam obter uma classificação etária do Ministério da Justiça. Enquanto isso, os "hermanos" argentinos têm praticamente as mesmas ofertas que os norte-americanos.

CRESCIMENTO DOS CELULARES 1,27 bilhão de celulares capazes de rodar games foram vendidos em 2010 em todo o mundo, enquanto DS e PSP somaram 52,3 milhões de unidades. Em comparação com 2009, os celulares aumentaram as vendas em 11,4%, enquanto os videogames portáteis caíram 2,5%

Fonte: iSuppli
O smartphone da Apple combina tecnologia de ponta e um sistema operacional (chamado iOS) simples e intuitivo de operar. Pelo lado de quem faz os jogos, o iPhone é interessante pela grande quantidade de usuários e por ser uma plataforma fechada (só produtos da Apple usam o iOS), além de as exigências serem mínimas, se comparadas com as que uma Nintendo ou Sony cobra dos estúdios.

"A maior vantagem é ser um mercado recente, com grandes possibilidades, além de ser muito rápido para publicar um jogo [a aprovação da Apple costuma demorar, em média, uma semana]", enumera Gabriel Laerte, sócio e diretor técnico da Doubleleft, produtora paulistana que fez "Garbageman" para iPhone. "Para começar a desenvolver basta um cadastro no iOS Developer Program e pagar anuidade de US$ 99".



O avanço do exército verde

O FUTURO DO ANDROID Credito: divulgação Com a versão 3.0 do Android, inicialmente destinado para tablets, a plataforma deve ganhar mais games - e títulos mais complexos -, pois conta com uma biblioteca gráfica melhor e cada título poderá ter um canal próprio para receber conteúdos por download, inclusive pagos (como já acontece com o iPhone). Assim, "Tap Tap Revenge" finalmente deve chegar para os celulares do robô verde
Outra plataforma que está ganhando destaque é o Android, do Google. Com regras mais flexíveis de uso, o sistema é adotado por fabricantes como Samsung, LG, Motorola e Sony Ericsson (esta até anunciou um modelo voltado para games, chamado Xperia Play, que sai em março nos Estados Unidos), e atualmente é o que mais vende em termos mundiais. Segundo a companhia de análise de mercado Canalys, foram 32,9 milhões de celulares Android vendidos nos últimos três meses de 2010, contra 31 milhões da Nokia, líder até então.

A vantagem é uma ampla oferta de aparelhos, com preços mais em conta para um smartphone (a partir de R$ 600, enquanto um iPhone 4 custa R$ 1,8 mil). Além disso, a loja brasileira oferece games, apesar de não trazer classificação etária do Ministério da Justiça. De acordo com os termos de distribuição do Android Market, as próprias publishers são responsáveis pelos requisitos legais de cada país para o lançamento dos aplicativos.

Porém, a liberdade da plataforma traz também inconveniências. Uma delas é que a oferta de aplicativos varia conforme a capacidade técnica do aparelho e, para rodar os games mais robustos, é necessário um celular de ponta, como um Samsung Galaxy S, considerado o melhor Android para jogos em nossa análise. Só nesses modelos top de linha funcionam quase todos os 200 mil aplicativos do Android Market, a loja online da plataforma.

Já os desenvolvedores reclamam que é preciso fazer muitos "ports" (conversões) para cobrir a todos os celulares Android. A Gameloft, produtora de origem francesa especializada em games distribuídos digitalmente, trabalha principalmente com os celulares mais potentes (e os tablets) e não coloca seus títulos no Android Market.

"Há muita pirataria e problemas de direitos digitais", diz Benjamin Vallat, country manager da Gameloft para o Brasil, referindo a aplicativos que imitam games famosos e o fato de o usuário poder transferir os jogos comprados para quantos aparelhos quiser. Por isso, a companhia faz parcerias com operadoras de celular para facilitar o acesso aos jogos.

Reforma geral no Windows Phone

O mais recente "player" desse mercado é a Microsoft, que reformulou seu Windows Phone e agora tenta brigar com a Apple e o Google. Lançado em 8 de novembro nos Estados Unidos, a companhia diz que foram enviados às lojas 2 milhões de celulares com a plataforma Windows Phone 7. A vantagem da Microsoft são os dez anos de experiência no mercado de celulares e parcerias com operadoras e fabricante de celulares, enumera Celso Winik, gerente de plataformas móveis da Microsoft Brasil. Recentemente, a companhia fechou uma parceria com a Nokia, líder na produção de celulares, que passará a adotar o sistema operacional.

A Microsoft já possui uma loja online estruturada, que já é usada no PC e Xbox 360, e todos os aplicativos e jogos são certificados pela companhia, em oposição ao Android Market, em que já foram detectados programas que roubam dados. O Windows Marketplace possui atualmente 7 mil aplicativos para Windows Phone 7.

Enfim, o mercado de games para celular ainda tem muito para evoluir, mas parece que esses aparelhos vieram para ficar, com seu catálogo de jogos para um público amplo (principalmente o casual). E estão incomodando os gigantes Nintendo e Sony, que já preparam seus portáteis de nova geração para combater esse novo concorrente.

ANGRY BIRDS: MASCOTES DOS GAMES PARA CELULARES
  • Crédito: Robyn Bec/AP

    Versão de tabuleiro de "Angry Birds" é exibida na CES 2011, feira anual de eletrônicos realizada nos Estados Unidos

Se Mario e Pac-Man são alguns dos personagens-símbolo dos videogames, nos celulares, o posto de mascote pertence, por ora, aos os pássaros raivosos de "Angry Birds", game da produtora finlandesa Rovio que consiste em arremessar diversas espécies de aves contra fortalezas que abrigam porcos (eles roubaram seus ovos, daí a raiva dos penados).

Simples e cativante, o jogo fez fãs como Tiago Leifert, apresentador esportivo da Globo, e agora seus personagens ganharam outras mídias: já apareceram em programas de televisão e a fabricante de brinquedos Mattel prepara uma versão em tabuleiro do jogo (está previsto para sair em maio).

A maioria dos títulos para celular costuma ser simples, tendo em vista o público-alvo, e custa até US$ 2 (há também muitos games gratuitos). Trata-se de um mercado em desenvolvimento, com grande participação de produtoras independentes e de médio porte.

No entanto, agora, de olho no público crescente, grandes estúdios como a Electronic Arts, id Software e Epic Games, também passaram a desenvolver para celulares. Seus games tem uma produção mais luxuosa, com gráficos que não fariam feio num Xbox 360 ou PlayStation 3 - e por isso são mais caros.

Os celulares levam vantagem sobre os videogames portáteis devido a um hardware mais atualizado - o PSP e Nintendo DS são do fim de 2004 -, além de terem funcionalidades exclusivas, como GPS, acelerômetro, bússola eletrônica, tela multitoque e acesso à rede 3G. Com isso, os celulares podem receber games mais variados. Não que as fabricantes de videogames não estejam se mexendo: a sucessor do PSP, da Sony, prevê tudo isso, e deve chegar no final do ano, enquanto a Nintendo contra-ataca com o 3DS, que tem uma tela que exibe imagens em 3D e sai no final de fevereiro no Japão.

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