Wii

09/04/2010 - 16h18

Primeiras impressões: no Wii, "Lost in Shadow" é criativo

CLAUDIO PRANDONI
Da Redação

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Quando anunciado pela Hudson no início do ano, "Lost in Shadow" suscitou em muitos comparação com "ICO", clássico game do PlayStation 2 no qual se destaca o sentimento de solidão e aventura épica que um jovem garoto e uma princesa enfrentam em um imenso castelo.

Em apresentação fechada à imprensa no início de abril em São Paulo, tivemos oportunidade de testar as primeiras fases do game exclusivo para Wii que tem lançamento previsto no ocidente para o fim de 2010. Na história, um rapaz tem sua sombra separada do corpo e deve escalar uma torre para resolver o problema.

Tal qual a sombra de Peter Pan, no clássico conto infantil, a sombra do herói percorre apenas outras sombras e aí está a inovação do game. Controlado como uma aventura tradicional com progressão 2D, o jogo surpreende e cativa ao usar de forma inteligente essa nova abordagem. Por mais que o cenário físico seja visível na tela também, o que importa são as sombras, onde você caminha. Objetos mais distantes geram sombras maiores, ou seja, ainda que as sombras de um lugar se assemelhem muito à contraparte sólida, surpresas acontecem.

A mecânica não foge de convenções do gênero: ande, pule, suba escadas, ative alavancas para mover plataformas e enfrente inimigos com uma espada em combates simples e diretos. Contudo, com o ponteiro do Wii Remote é possível comandar uma outra criatura na tela, como se fosse uma fada, e interagir com alguns elementos, movendo plataformas para mudar a sombra delas e assim criar passagens, por exemplo.

Em certos momentos nas fases é possível entrar em portais que levam a ambientes alternativos mais focados em quebra-cabeças - o que lembrou muito as fases paralelas de "Super Mario Sunshine". Aqui o que importa é manusear focos de luz, mudando as sombras de lugar e assim abrindo caminho para saída. Criativo e dá ao jogo uma variedade de estilo. De acordo com os produtores, "Lost in Shadow" terá cerda de 20 fases, talvez mais ou menos.

Aliado à mecânica simples e criativa está um visual minimalista, que evoca bastante o estilo e sentimento de solidão característicos de "ICO". Pelo que foi mostrado, não figura dentre os jogos com gráficos mais complexos do Wii, mas conta com uma direção artística bonita e singular, que dispensa efeitos mais arrojados.