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Children of Mana

17/11/2006

RAFAEL MONTEIRO
Colaboração para o UOL
"Children of Mana" é o mais recente jogo da série "Mana" no portátil Nintendo DS. O jogo foi desenvolvido pela Nex Entertainment, sob supervisão de Koichi Ishii, conhecido como o pai da franquia.

A história começa na ilha de Illusia, com elementos tradicionais da série, como a Mana Tree (Árvore de Mana) e a Mana Tower (Torre de Mana), que participam dos eventos que desencadeiam um combate entre a vontade do Mana, uma espécie de força mágica que mantém o mundo, e a Sword of Mana, uma espada sagrada que deveria servir ao propósito dessa força mágica. Pela primeira vez, a espada desafiou a vontade do Mana.

A trupe de heróis

O jogador terá acesso a quatro personagens, a maioria com seqüelas do grande desastre contado no jogo anterior, "Sword of Mana". Ferrik, Tamber e Poppen, perderam seus pais no decorrer dos eventos, enquanto Wanderer, é um mercador itinerante da tribo Niccolo, uma espécie de coelhos de proporções humanas.

Cada personagem tem uma arma com a qual se identifica mais, assim como maior habilidade com mágica ou atributos extras para força, dando uma pequena gama de estratégias que se adapta à cada tipo de jogador, enquanto torna o multiplayer mais interessante.

O sistema de batalha

Diferente de seus antecessores, "Children of Mana" está ainda mais centrado na exploração de labirintos, com sistema de batalha seja focado na ação (outros termos conhecidos para descrever o estilo de jogo são "dungeon crawler" e "hack'n'slash"), descrições pouco conhecidas para o jogador comum, mas que basicamente significam que você andará muito por labirintos e sempre lutando bastante.

Cada fase é dividida em andares ou salas, e seu objetivo é encontrar um item que lhe permita avançar por estas. Este item pode estar com inimigos, guardado em baús, ou mesmo deixado de lado em algum lugar qualquer. A cada quatro telas avançadas, o jogo interrompe e oferece um menu para equipar armas, gemas e salvar o jogo.

Para combater os inimigos, o jogador tem acesso a quatro armas: uma tradicional espada, uma corrente chamada de Flail, um arco e flecha e um martelo. As armas variam de força, alcance e até mesmo velocidade.

A jogabilidade, no entanto, não é tão precisa quanto deveria, ficando dependente de certos detalhes que nem sempre funcionam, como a mira do arco e flecha, acompanhando sempre o andar do jogador e complicando que ele atire onde realmente quer.

Outro problema que frustra com o passar do tempo é a forma como os inimigos são arremessados quando atingidos - o corpo pode até derrubar outros. Ao invés de colaborar para a experiência do jogo, os inimigos colidem uns nos outros de forma não realista, muitas vezes até voltando para o jogador e derrubando-o. É até divertido no multiplayer, devido às conseqüências em grupo, mas jogando sozinho é só irritante.

Algumas armas elevam ainda mais esse problema, como o martelo, arremessando inimigos com muita força pelo cenário, transformando a batalha em um verdadeiro "pinball de monstros".

Além de armas, o jogador também tem acesso a gemas e itens que podem ser equipados para garantir bônus em atributos. Há um quadro para posicionar suas gemas de forma organizada. Não é possível encaixar gemas maiores que a capacidade atual do personagem e nem todas as gemas têm efeitos positivos.

E por último, mas não menos importantes, os espíritos guardiões, que colaboram com magias e fortalecimento do próprio personagem. É possível carregar um deles consigo e trocá-los na cidade. Cada um colabora com habilidades diferentes, podendo melhorar uma estratégia utilizando um elemento mais forte contra um certo inimigo.

A inteligência artificial dos inimigos não é interessante, eles não se agrupam de forma lógica, não esperam bons momentos para atacar e a maioria simplesmente parece focada em simplesmente tentar matar o personagem o tempo todo, sem pensar nem por um instante nas alternativas para fazê-lo. No final das fases é comum encontrar um chefe, e eles não são muito mais inteligentes que seu inimigo comum.

Mesmo após terminar as fases, é possível retornar com pedidos de outros personagens para missões paralelas, nas quais os labirintos são gerados aleatoriamente, assim como os inimigos. Tanto nas fases comuns quanto nas geradas aleatoriamente, o estilo não é particularmente desafiador ou surpreendente, mas ao menos as comuns exigem mais cuidado.

O jogo conta com multiplayer wireless local para até quatro pessoas, permitindo que mais três amigos se unam à sua aventura por labirintos, em modo cooperativo ou competitivo. O multiplayer é, com certeza, o ponto mais forte de "Children of Mana", e praticamente anula sua repetição ao colocar mais tempero ao jogo. Infelizmente, não há suporte para a Nintendo Wi-Fi Connection, impossibilitando partidas pela internet.

As belas folhas da Árvore de Mana...

O visual de "Children of Mana" foi o grande responsável por iniciar a expectativa em volta do jogo, conforme demonstravam-se os mais belos gráficos 2D, do DS. A linda direção artística, aliada a cenários primorosos são um verdadeiro colírio nos primeiros minutos.

É uma pena que o maior nível gráfico fique pelos cenários sem ação - grande minoria, no caso. Faltam de efeitos gráficos mais chamativos nas batalhas, compensados pelas admiráveis imagens de alguns chefes, bem animados e de proporções enormes.

...e o som do vento que ecoa por elas

As músicas de "Children of Mana" são bonitas, mas estão afogadas na monotonia da estruturação dos labirintos. Mesmo agradáveis, elas simplesmente não conseguem reduzir a sensação de repetição.

Os sons são adequados, com cada impacto soando como deveria. Não são irritantes, então mesmo repetindo vários combates, eles não se tornarão um problema. Considerando a simplicidade desse setor, alguns diálogos seriam bem-vindos.

CONSIDERAÇÕES

Não é possível negar que "Children of Mana" decepciona em alguns setores, enquanto mantém a exata qualidade esperada em outros. Mais precisamente, o setor artístico está tão formidável quanto sempre pareceu, mas o jogo nunca tão repetitiva. Pontos positivos são a facilidade para o multiplayer e uma história que realmente vale a pena ser acompanhada, apesar de escondida por trás de labirintos e monstros. O game com certeza agradará boa parte dos jogadores que estavam esperando tanto tempo, mas não a todos.

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    Children of Mana (DS)

    164 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Square Enix
    Lançamento: 30/10/2006
    Distribuidora: Square Enix
    Suporte: 1-4 jogadores, multiplayer sem fio
    RegularAvaliação:
    Regular

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