Kingdom Hearts: Re: coded

DOUGLAS VIEIRA
Colaboração para o UOL

A Square Enix se esforça ao máximo para melhorar a experiência de jogo a cada episódio da série "Kingdom Hearts", adicionando novos elementos e aproveitando coisas que foram vistas em títulos anteriores. Com "Kingdom Hearts Re:coded", lançado originalmente no Japão para celulares como "Kingdom Hearts coded", não seria diferente.

"Re:coded" traz novamente Sora como protagonista. Dessa vez, a missão do garoto é investigar "bugs" que assolam os mundos trazidos à realidade através dos diários do Grilo Falante. Conforme progride na história, o jogador descobre que há outros problemas associados a essa desordem e é preciso visitar vários ambientes para colocar as coisas no lugar.

Mix divertido

Veja trailer europeu de "Re: coded"

"Kingdom Hearts" sempre foi um RPG de ação no velho esquema "esmaga o botão de ataque". Porém, "Re:coded" não segue essa regra ao pé da letra e desvia do caminho original por conta de algumas adições benvindas. Em algumas situações o estilo do game é alterado, apresentando áreas que lembram um jogo de plataforma e outras em que Sora se move apenas lateralmente e fica de costas para o jogador. Entretanto, nenhuma dessas é tão interessante quanto o momento RPG por turnos presente em um dos planetas do game, que conta até com a participação de um velho conhecido dos iniciados no gênero.

Os mundos, por sua vez, são os mesmos apresentados em outros títulos da série - o que é ruim, pois a sensação que se tem é de passear pelas mesmas áreas de títulos passados com uma adição ou outra.

No que diz respeito a coisas já vistas, duas delas melhoram o pacote entregue por "Re:coded": o sistema de fusão de técnicas para gerar novos poderes e a finalização especial, ambos vistos em "Kingdom Hearts: Birth by Sleep" para PSP. Enquanto o primeiro caso é auto-explicativo, o outro é uma sequência utilizada após preencher uma barra acima do medidor de vida e capaz de eliminar os oponentes numa única investida.

O sistema de evolução lembra o que foi visto em "Kingdom Hearts: 358/2 Days", também para Nintendo DS, em que é preciso equipar as peças "Level Up" para ampliar as habilidades do personagem. A diferença é que em "Re:coded" há peças que melhoram pontos específicos (como poder de cura e fogo), e tudo isso é feito em um sistema interligado. O aprendizado de determinadas técnicas também varia de acordo com a posição desses "itens", e há a oportunidade de receber bônus nos atributos quando as ligações se encontram.

"Kingdom Hearts Re:coded" ainda tem alguns problemas com a câmera, e a dificuldade do jogo no modo Normal parece, de longe, o Easy. Entretanto, continua divertido como os títulos passados, e para qualquer fã da série isso já é suficiente.