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The Legend of Zelda: Spirit Tracks

18/12/2009

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
Há dois anos, uma aventura canônica de "The Legend of Zelda" finalmente apareceu no Nintendo DS, e a impressão foi de que o portátil era uma plataforma que tinha muito a oferecer para as mentes criativas por trás desta que é uma das principais franquias da Nintendo. De fato, a equipe comandada por Eiji Aonuma em "The Phantom Hourglass" utilizou os recursos do DS como nunca antes ninguém havia feito, e ainda hoje, são poucos os games que podem se gabar de terem feito tão bom uso dele.

E o portátil de duas telas é o lar de Link, Zelda e uma galeria de personagens formidáveis, onde eles se sentem mais a vontade - ao menos, enquanto o novo "Zelda" para Wii, que os otimistas preveem para 2010, não está aí para provar o contrário. A sabedoria popular diz que em time que está ganhando não se mexe, e é isso que acontece em "Spirit Tracks", que pode ser considerado um herdeiro direto de "Phantom".

Na verdade, o time foi mexido, sim. O que o "técnico" Aonuma fez foi tirar algumas coisas que não estavam rendendo tanto, e trocar por algo que funcionasse melhor. Enfim, "Spirit Tracks" é um produto melhor, com um grau de acabamento maior, que eliminou uma das principais falhas do antecessor: ter que enfrentar um mesmo labirinto várias vezes. Some-se a isso várias pequenas melhoras, e isso reflete o resultado final.

Piuíiiiiiiii!!!

Aventura épica
"The Legend of Zelda: Spirit Tracks" é um jogo que mistura ação, exploração e quebra-cabeças de um jeito tão próprio que é reconhecido como grife, assim como muitas franquias da Nintendo possuem suas particularidades. O jeito que o jogo progride é muito parecido com "Phantom Hourglass", ou seja, intercalando viagens pelo mapa-múndi, visita a cidades, exploração de templos e cavernas e a conquista gradual de um grande labirinto central, que neste game atende pelo nome de Spirit Tower.

Apesar de ser uma série, a história de um "Zelda" para outro geralmente não tem ligação direta. "Spirit Tracks" se passa um século após os eventos de "Phantom Hourglass" e, portanto, os protagonistas não são os mesmos. Aqui, Link é um jovem que acabou de se formar para ser maquinista de trem e, como reza a tradição no mundo de Hylure, os novos profissionais devem ter seus diplomas entregues pela realeza - é onde entra a princesa Zelda. Apesar de ligação forte entre os dois, eles nunca haviam partilhado uma aventura inteira juntos, e é o que acontece aqui. Ou quase, já que a princesa está presente apenas de alma (o que traz certas vantagens, como será visto mais para frente).

Com a nova profissão de Link, mudou também o meio de transporte. Sai o barco e entra a locomotiva, e não se trata de uma troca de seis por meia dúzia. A brincadeira de maquinista é mais divertida por trazer controles um pouco mais complexos. Pode-se pré-definir a rota, mas é sempre facultado ao jogador de que lado seguir ao chegar uma bifurcação. No começo, não há muito mais que fazer do que olhar a paisagem, mas, na medida que o jogo avança, muitas outras atividades estarão liberadas, como transportar pessoas e cargas, além de caçar animais.

Magia na música
O trem, obviamente, só pode andar sobre os trilhos, e, no começo, há poucos caminhos. A malha férrea vai crescendo quando se cumprem as missões, e, no final, o que era do tamanho de um Metrô paulista vira um sistema parisiense. Todo jogador de "Zelda" sabe que a alegria da descoberta é um dos aspectos mais fortes da série, e isso não é diferente em "Spirits Tracks": mesmo um caminho que não parece ter nada, pode esconder alguns segredos.

Poderosa caneta

Os controles em pé são praticamente idênticos ao antecessor. Usa-se a caneta para mover Link e realizar quase todas as suas ações. O esquema continua excelente, e agora os movimentos involuntários são menos frequentes. É extremamente simples e intuitivo fazer Link andar, correr, rolar, atacar e fazer usar seus itens. Desta vez, a Nintendo deu mais atenção ao microfone. O primeiro item especial do game, um catavento que provoca um pequeno tufão, é acionado com um sopro no DS. Além disso, um dos principais objetos do game, uma espécie de flauta, também faz uso do microfone (o jeito de operar lembra uma gaita).

Mais uma vez, a arquitetura das cavernas e labirintos continua magnífica. Como mencionado, o que faz a diversão aqui é a descoberta. Os quebra-cabeças são engenhosos, com dificuldade apenas moderada (somente nas partes finais aparecem alguns de soluções mais complicadas). É impossível vencer a maioria dos inimigos com golpes a esmo, então, o jeito utilizar os instrumentos certos na hora certa. Sem a estratégia correta, os oponentes podem ser quase invencíveis, mas com pouco de observação, o desafio pode ser superado sem exigir grande habilidade manual (e isso é um ponto negativo para os fãs que acompanham a série). A batalha contra chefes, mais uma vez geniais, é o momento máximo dessa filosofia: é a hora de colocar tudo que foi aprendido em prática.

Juntos, finalmente

Trenzinho e ação
A novidade em "Spirit Tracks" são as cenas em que Link e Zelda precisam trabalhar juntos. A cooperação acontece no labirinto principal do game, a Spirit Tower, e, embora o jogador retorne aqui várias vezes no decorrer da aventura, nenhum labirinto precisa ser vencido mais de uma vez, ao contrário de "Phantom Hourglass", que precisava percorrer todo o caminho para chegar a uma parte nova. No novo game, a princesa, sendo um espírito, pode controlar os guardões Phantom. O fato de o jogador poder controlar dois personagens ao mesmo tempo abre uma nova dimensão na resolução dos enigmas. A cooperação pode se dar para flanquear um inimigo, fazer Link atravessar um rio de lava (os Phantoms são basicamente indestrutíveis) ou bloquear o fogo, para que o heroizinho consiga passar ileso. Assim, voltando a falar dos chefes, esses combates tendem a ser mais frenéticos, já que o jogador precisa comandar dois personagens alternadamente.

A aventura principal do game é bastante longa, com cerca de 15 horas de duração, mas "Zelda" que é "Zelda" tem uma porção de atividades paralelas. É incrível a quantidade de brincadeiras e minigames existentes em "Spirits Tracks" e isso aumenta bastante o volume de jogo. O game também traz uma modalidade multiplayer local para até quatro jogadores, que até diverte, mas não é nem de longe a principal diversão do game. A produção é caprichada, com belos gráficos e trilha sonora que mistura o novo e o conhecido, para a alegria dos fãs de longa data.

CONSIDERAÇÕES

"The Legend of Zelda: Spirit Tracks" herda o ótimo trabalho de "Phantom Hourglass" e capricha ainda mais nos detalhes. O resultado é um título mais polido, um jogo em que a aventura flui melhor ao eliminar as repetições. Obviamente, o que era bom - os engenhosos quebra-cabeças, itens, labirintos e batalhas - foi mantido, e desta vez adicionando uma nova camada na resolução dos enigmas, já que agora se controla dois personagens em determinados momentos. "The Legend of Zelda" é uma grife, e "Spirit Tracks" só fez brilhar ainda mais o nome dessa franquia venerada da Nintendo.

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    GALERIA

    Legend of Zelda: Spirit Tracks (DS)

    62 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nintendo
    Lançamento: 07/12/2009
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1-4 jogadores
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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