Pokémon HeartGold & SoulSilver

CLAUDIO PRANDONI
Da Redação

Trailer da versão americana

Há mais de uma década a Nintendo lucra em cima da série "Pokémon", colocando no mercado desenhos animados, brinquedos e uma infinidade de outros produtos baseados nos jogos da série, iniciada em 1996 no antigo Game Boy monocromático.

No meio do percurso a produtora japonesa utilizou o recurso da nostalgia, lançando em 2004 os games "Pokémon FireRed" e "LeafGreen", releituras das primeiras aventuras atualizadas com visual melhorado e novas funções, como partidas multiplayer sem fio.

Mais uma vez a empresa recicla a fórmula e traz estes "HeartGold" e "SoulSilver", remakes dos episódios "Gold" e "Silver". As aventuras são as mesmas produzidas para Game Boy Color em 1999, mas devidamente revigoradas por sutis elementos 3D nos gráficos e funcionalidades que estrearam apenas no DS, como batalhas online e outros detalhes.

Velha aventura, mas com novidades

A história mantém o padrão da franquia: encarne um garoto (ou menina) que meio sem querer embarca em uma jornada épica para capturar todas as espécies de monstrinhos existentes e se tornar o maior mestre Pokémon existente. Pelo caminho, vários adversário menores, um rival que o desafia esporadicamente, cidades, cavernas e florestas para explorar, ginásios com líderes para derrotar e uma equipe de vilões para atrapalhar.

Trailer do Nintendo Media Summit

Um ponto bacana de "HearGold" e "SoulSilver" é que serve como um meio termo para novatos e gamers experientes na franquia.

Velhos mestres Pokémon vão apreciar a sensação nostálgica de passear novamente pelo continente de Johto, enquanto treinadores de primeira viagem encontrarão um mundo não tão inchado como em "Diamond" e "Pearl", com suas mais de 400 criaturas, minigames e funções.

Para agradar os dois lado, funcionalidades práticas foram integradas, como as batalhas online pela rede Nintendo WiFi Connection e o uso da tela de toque para gerenciar criaturas, itens e outros menus. Saem de cena algumas das utilidades vistas anteriormente na Pokétch que alguns jogadores podem sentir falta. Intimida menos os novatos, mas não custaria nada a Nintendo ter colocado aqui essas opções. De qualquer maneira, por erro ou acerto, acaba reforçando mais o sentimento retrô ao limitar as funcionalidades extras, remetendo mais aos games originais de Game Boy.

Visualmente o estilo é o mesmo de "Diamond" e "Pearl", misturando elementos 2D e 3D, criando um visual colorido e simpático que já se tornou característico da franquia. Som vai pelo mesmo caminho, com trilhas animadas e grunhidos rudimentares para cada Pokémon. Para não dizer que faltam novidades, agora o monstrinho acompanha o herói em tela, tal como visto no desenho animado da franquia. Mero detalhe, mas que não deixa de ser bacana.

Conheça o PokéWalker

Uma das novidades de "HeartGold" e "SoulSilver" mais alardeadas pela Nintendo é o acessório Pokéwalker, um minigame equipado com podômetro que conta seus passos diariamente. É possível transferir um bichinho para ele e assim converter seus passos diários em pontos de experiência e utilizar para brincar em minigames que rendem itens ou ajudam a capturar outros Pokémon. Não é revolucionário e exige certa disciplina - como lembrar de colocar no bolso ou transferir um Pokémon para o periférico - mas acaba sendo uma forma divertida e interessante de prolongar a experiência Pokémon.

Não que precise muito disso: como de praxe, a aventura principal exige dezenas de horas para ser batida, e outras tantas dezenas para completar 100% da brincadeira. E, claro, sempre é possível tornar a jogatina ainda mais duradoura enfrentando amigos, seja em rede local ou online.