UOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos onlineUOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos online
UOL BUSCA

DS

Touch Detective

15/01/2007

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
As funcionalidades inovadoras do Nintendo DS não apenas permitiu criar games com mecânicas completamente diferentes, mas também resgatar alguns gêneros que estavam relegados apenas nos computadores, como é o caso dos games de estratégia em tempo real e os adventures clássicos. (Há alguns desses para consoles, mas é muito raro.)

"Touch Detective" retoma os elementos de um adventure do tipo "aponte e clique", em que o jogador indica na tela, com a caneta, o que a protagonista Mackenzie deve verificar. À parte da saudade desses títulos, infelizmente, o game não consegue ser empolgante pela falta de lógica dos enigmas e um sistema de jogo nada amigável.

A jovem Mackenzie é uma detetive particular e quer provar para todo mundo que é uma competente profissional. Mas, como está em início de carreira, por enquanto, vai resolvendo os casos de pessoas mais próximas, como a amalucada Penelope. Não que os outros personagens sejam lá muito normais. Todos têm um quê de excêntrico.

Apontar, tocar!

O game se baseia em mecânicas clássicas dos adventures de apontar e clicar: toque em vários pontos da tela para verificar o lugar, e eventualmente achar alguma pista, que pode ser uma informação ou algo mais concreto, como um item. Depois de pegos, você pode verificar melhor os objetos e até manusear, desmembrar e combinar os itens.

Também não poderiam faltar as entrevistas com testemunhas e transeuntes, a fim de buscar mais informações e, assim, revelar mais caminhos. O deslocamento para as diversas áreas é feito por um mapa que mostra os diversos distritos, mas nem todos estão liberados desde o começo.

Os controles funcionam bem e com a caneta e é possível - e recomendável - jogar o game inteiro só tocando a tela. O direcional também pode ser usado. Nesse caso, uma seta indica o local da ação, mas isso é tão enfadonho como se possa imaginar. É tudo bem intuitivo, como tocar duas vezes no objeto para averiguá-lo melhor. Os objetos também podem ser usando com outras pessoas ou em lugares específicos.

Examinando a esmo

Os casos são meio malucos, como a de Penelope, que diz que alguém está roubando seus sonhos, aqueles que aparecem durante o sono. Não há nenhum problema em ter enredos assim, mas não é nada recomendável que as soluções sejam tão sem pé nem cabeça como em "Touch Detective".

Simplesmente não há lógica para a resolução da maioria dos enigmas. Talvez tenha, se fizer um exercício muito grande de referências, daquelas que pouco freqüentam o terreno do concreto. Procurar por coisas no cenário também pode ser frustrante, pois não há distinção entre o que é "clicável" e o que é apenas decoração.

No final das contas, como ninguém não oferece nenhuma dica, você provavelmente estará clicando em todos os pontos do ambiente na esperança de encontrar alguma coisa. E toda vez que achar um item também vai ficar tocando a esmo e usando em quem aparecer pela frente. Ou seja, sua inteligência e senso lógico não valem quase nada aqui. A satisfação em superar os enigmas costuma ser a recompensa de um adventure, mas não é bem o caso de "Touch Detective".

Com isso, a progressão acaba ficando arrastada, e os quatro casos que compõe o game acabam parecendo maior do que realmente é. Na verdade, o conteúdo é pequeno. E mesmo depois de terminar o jogo, não há quase nenhum incentivo para jogar mais.

Galeria dos personagens esquisitos

É uma pena o jogo em si não agradar, porque estragou um bom trabalho de arte. "Touch Detective" traz um visual ao mesmo tempo gracioso e estranho. O estilo está mais voltado para os quadrinhos japoneses, mas estão longe de serem genéricos. Além de Mackenzie e Penélope, ainda há Cromwell, que parece um mordomo, e Chloe, a rival da protagonista. Os transeuntes parecem todo saído do quadro "O Grito", de Edvard Munch, ou da máscara do assassino do longa-metragem "Pânico".

Na parte de cima da tela, Mackenzie expõe sua expressão facial e seus pensamentos, alguns muito hilários. Isso acontece ao mesmo tempo de um diálogo, que também estão bem escritos.

A trilha sonora não chega a ser tão distintiva, mas há algumas peças são interessantes e não falham em acompanhar o clima da situação. A sonoplastia é um tanto minimalista, talvez devido ao estilo do game. Não há nenhum diálogo falado; só textos.

CONSIDERAÇÕES

"Touch Detective" resgata um gênero raro nos games, o dos adventures clássicos, mas os enigmas pouco lógicos, para dizer o mínimo, fazem com que a inteligência e o raciocínio lógico do jogador sejam substituídos por meras sessões de tentativa e erro. É uma pena que isso tenha enterrando gráficos com estilo e um enredo que, apesar de maluco, é interessante.

Compartilhe:

    Receba Notícias

    GALERIA

    Touch Detective (DS)

    50 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: BeeWorks
    Lançamento: 24/10/2006
    Distribuidora: Atlus Co.
    Suporte: 1 jogador
    RegularAvaliação:
    Regular

    Shopping UOL

    UOL Jogos no TwitterMais twitters do UOL
    Foots - Jogo social online para Orkut
    Hospedagem: UOL Host