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True Swing Golf

25/01/2006

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
É curioso constatar a oferta de jogos de golfe nos videogames, visto que o a modalidade não é exatamente popular, em vários sentidos. Mas foi só a produtora Camelot inventar um sistema simples e eficiente, e que reproduzia bem os desafios do esporte de Tiger Woods, para que o golfe ficasse bem conhecido entre os jogadores - a Camelot é a empresa que produziu títulos como "Hot Shots Golf" para os consoles da Sony e os "Mario Golf" para os da Nintendo.

Agora, a T&E Soft, que também tem tradição no assunto, pegou tudo que deu certo nesses títulos e adaptou ao Nintendo DS, tirando vantagem da tela sensível ao toque e tornando a experiência um pouco mais realista, ao menos no que diz respeito a controlar o taco. "True Swing Golf" não complica e tem uma mecânica sólida, mas bem que poderia caprichar um pouco mais no visual.

Tacada quase certeira

As regras do game são as mesmas do esporte real. Isto é, o objetivo é colocar a bolinha no buraco com o menor número possível de tacadas. Simples assim. Mas fazer isso não será exatamente fácil, pois há diversos obstáculos que a superar.

O grande diferencial de "True Swing Golf", como o nome sugere, é que as tacadas são mais intuitivas. Na hora de bater a bolinha, o jogador usa a caneta para arrastar o taco. A força do lançamento depende do recuo da mesma, da velocidade em arrastar a caneta em direção ao alvo e da precisão com que acerta o seu centro.

Trata-se da mesma dificuldade da versão real. Quanto mais rápido se tenta acertar a bolinha, mais difícil é a mira, num equilíbrio perfeito entre risco e recompensa. As tacadas iniciais de cada buraco, como é chamada cada uma das "pistas", geralmente requerem que a bola voe o mais longe possível. Para isso, o jogador recuará o equipamento ao máximo, tentando acertar no centro da bolinha com o movimento mais rápido que puder.

Se tudo der certo, será recompensado com um "great shot", que é o tiro perfeito. Um "nice shot" é menos vantajoso, mas ainda assim, bom. Acertar o meio da bolinha também garante que a trajetória seja aquela planejada e, a quem quiser aplicar efeitos de curva, bastará escrever linhas diagonais. Além disso, também é possível determinar um grau de rotação na direção da trajetória - seria equivalente ao "slice" e ao "top spin" do tênis -, que vai determinar se a bolinha vai parar ou correr quando pingar no solo.

O sistema é bem intuitivo e funciona bem, mas sem muita precisão. A velocidade de tacada, por exemplo, parece sempre estar numa determinada faixa, como 70, 90, 110 e 140 milhas por hora. Isto é, você provavelmente nunca verá uma velocidade intermediária, como 120 milhas por hora. Mas isso é apenas um mero detalhe.

Apesar de ser um jogo de golfe bem ao estilo tradicional, há elementos que o tornam um pouco mais "videogame", como a existência de tacadas especiais, que aumentam a potência do tiro. O direito de usar essa habilidade vem das jogadas; quanto melhor, mais rápido se ganha os especiais.

Planeje antes, jogue depois

Mas antes de descer o braço é preciso olhar a pista com bastante atenção, escolher traçados, calcular risco (decidir usar um caminho seguro ou pegar um atalho sobre as árvores, por exemplo), calcular a influência do vento e ter um salvaguarda caso a tacada saia torta. Naturalmente, todos esses elementos estão presentes no game. Nesse caso, os comandos podem ser feitos com o controle tradicional ou com a caneta, cada um com suas vantagens.

As funções de visualização do mapa são bastante abrangentes, mostrando tanto em 2D, na visão por cima, em vários níveis de zoom, ou em 3D, como se a câmera estivesse na própria bolinha. Além disso, há grades no chão para indicar a inclinação do terreno, informação essencial nas pistas mais acidentadas e no "green", área de grama baixa que fica em volta do buraco.

O movimento da bolinha parece bastante condizente com a realidade, quicando e rolando de acordo com o ângulo e a característica da superfície - nas gramas altas, a tendência é rolar muito menos e absorver o impacto. Além disso, a chuva faz com que a bolinha "viaje" menos, e a grama fica pesada.

Os modos de jogo não são muito elaborados: o "quick play" permite jogar qualquer pista já liberada; o "stroke play", cujo objetivo é completar todos os buracos com o menor número de tacadas possíveis; e o "match play", em que o vencedor é determinado pelo número de buracos vencidos ante um oponente controlado pelo computador, independente do número de tacadas totais. Tirando o "free round", que tem propósitos de treino, as outras opções não trazem muita satisfação, em parte pela falta de recompensas.

Sendo assim, o principal atração para um jogador serão mesmo os campeonatos. Trata-se de uma modalidade de carreira simplificada, em que o jogador participará de desafios cada vez mais elevados. Nesse modo, o jogador também ganha dinheiro, que é usado para comprar equipamentos.

Alguns têm apenas efeitos estéticos, como uma roupa mais chique, mas há também itens que melhoram a características dos personagens, como um taco mais potente ou uma luva que facilita ganhar mais tiros especiais. Para comprar toda a loja, será preciso ganhar muitos torneios.

Golfe genérico

"True Swing Golf" também conta com partidas multiplayer sem fio local (sem online). Como outros jogos, é possível competir com apenas um cartucho, com um DS sendo o servidor e até três como clientes. Se cada DS tiver o seu cartucho, a vantagem é poder usar seu jogador evoluído.

Além de competir nas partidas, há um recurso para bater papo, parecido com o software interno "PictoChat", que pode servir também para desestabilizar emocionalmente o adversário. Aliás, o game tem uma função para procurar DS que estejam usando o "PictoChat" por perto.

Um dos pontos fracos é o visual. O Nintendo DS não prima pelo poder de processamento e requer que as produtoras superem essas limitações com criatividade. Mas a T&E Soft não teve rebolado suficiente e muitas das cenas apresentam pixels gigantescos, principalmente nas cenas após as tacadas, que mostram a reação de seu golfista.

O jogo também peca um pouco pela falta de personalidade. As pistas se salvam, pois mesmo não sendo reais há um trajeto muito bem feito, digno de grandes clubes do mundo. Mas os personagens são genéricos demais, sem a expressividade de um "Hot Shots Golf" ou o carisma da turma de Mario ou de Tiger Woods. Ao menos, há roupas e cortes de cabelo variados para tentar imprimir a personalidade do dono.

O golfe é um esporte que exige concentração e, talvez por isso as composições de "True Swing Golf" sejam tão imperceptíveis, uma típica música de elevador. Não que sejam ruins, mas estão aí apenas para preencher o silêncio. De resto, há o barulho do vento e da tacada, além da reação do público, que varia conforme a jogada.

CONSIDERAÇÕES

"True Swing Golf" equilibra bem a dificuldade do esporte e as concessões que um videogame precisa fazer para se tornar palatável a um público amplo, fórmula de ouro que teve sucesso com a produtora Camelot. O jogo da T&E tem a vantagem de usar bem a tela sensível, mas a precisão fica devendo aos jogos para consoles e do PSP.

Mesmo com uma produção simples, a boa física e a mecânica sólida torna o jogo agradável, sendo a melhor opção do Nintendo DS para os fãs do esporte. Mesmo quem não sabe muita coisa, poderá aprender de maneira rápida e divertida, já que conta com explicações fáceis de entender.

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    True Swing Golf (DS)

    31 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: T&E Soft
    Lançamento: 23/01/2006
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1-4 jogadores, multiplayer sem fio
    RecomendadoAvaliação:
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