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Dragon Ball GT: Transformation

19/08/2005

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
O desenho "Dragon Ball", originário das penas de Akira Toriyama, deve ser uma das maiores franquias de que se tem notícia nos videogames. Sua popularidade inspirou diversos produtos no Japão durante mais de dez anos e agora também faz sucesso do lado ocidental do mundo.

"Dragon Ball GT: Transformation" é mais jogo baseado na turma de Goku, mais precisamente na série original para TV, que continua a história depois da saga Buu. A última série tenta, de alguma forma, retomar a inocência do início do desenho, com Goku voltando a ser criança. Mas, no fim, acaba apelando para os combates e aos poderes dos Saiyajins, a raça de superguerreiros da qual faz parte o protagonista.

Botões, por favor, funcionem!

"Dragon Ball GT: Transformation" é um jogo de ação com combates, como nos clássicos "Final Fight" ou "Double Dragon". Mais recentemente, "Star Wars Episode 3: Revenge of the Sith" e "Fantastic 4" retomaram o estilo.

O enredo é o mesmo da série para TV: Goku precisa explorar o universo para encontrar as esferas do dragão e salvar a Terra da destruição. Sendo assim, Goku, Trunks e Pan, passarão por diversos planetas para recuperar as esferas. Naturalmente, em nenhum desses locais o trio conseguirá seus objetivos de forma pacífica. E é só começar os combates para desconfiar das intenções do fabricante.

O jogador, basicamente, fica usando seqüências de socos e chutes nos oponentes. O problema é que nunca se sabe se eles vão cair no último golpe do combo, como seria esperado. Às vezes, fica todo mundo travado ou, pior: os inimigos podem se mexer primeiro.

Em distâncias próximas, o personagem, em vez de socar, levanta o inimigo para depois arremessá-lo. Infelizmente, esse movimento é muito lento e suscetível aos contra-ataques de outros adversários. Como dois dos personagens são baixinhos, é um tanto difícil achar uma distância para que eles não usem esse movimento.

Seguindo as características do desenho, cada um dos personagens também pode usar raios, que servem para atacar inimigos à distância, em troca de ki, a energia espiritual deles. O acionamento desses poderes também é deficitário, já que não pode ser feito enquanto o personagem estiver andando. E, mesmo quando funciona, ainda há um certo atraso entre o comando e a realização do movimento em si.

A mesma deficiência ocorre com o salto que, além de ter uma trajetória totalmente irreal - está certo que todos eles sabem voar, mas chega a ser ridículo - é preciso rezar para fazer o comando funcionar. E quando o usuário tenta acionar um golpe em pleno salto, vê que o game não foi testado o suficiente. Simplesmente, um show de horrores, com animações truncadas e programação deficitária.

O que era bom se acabou

O título até apresenta algumas boas idéias, como a opção de trocar de lutador a qualquer instante. Como cada personagem tem características diferentes, às vezes um deles é melhor aproveitado em certos lugares e, além disso, os que estão na "reserva" recuperam energia com o tempo. Pena que novamente o sistema é destruído pelo péssimo controle. De repente, quando você finalmente conseguir trocar de guerreiro, pode ser tarde demais. Não é preciso dizer a frustração que uma situação dessas causa.

Cada um dos guerreiros possui características particulares: Trunks, por exemplo, possui alcance dos golpes maior; Pan, neta de Goku, conta com a ajuda do robozinho Giru, que imita os movimentos do jogador. Estranhamente, o protagonista é o mais ineficiente. Cada um deles pode recolher itens e ficar mais forte com a andar da aventura. Além disso, mais personagens ficarão disponíveis, somando, ao final, sete lutadores.

Em seu favor, "Dragon Ball GT: Transformation" conta com um visual agradável em momentos-chave. Os chefes, vindos diretamente do desenho, possuem personalidade e foram concebidos de forma fiel à obra original. O mesmo pode-se dizer das cenas não-interativas. Ponto também para o cenário, que varia bastante entre cada um dos planetas. Mas o cuidado não atingiu os inimigos "normais", muitos deles um tanto genéricos, e os protagonistas, que apresentam falta de polimento acima do recomendável. Em suma, tosco acima da conta.

Esqueça a trilha musical, não há muito que se pode chamar de melodia. E os efeitos sonoros também carecem de inspiração.

Faltou ki

CONSIDERAÇÕES

"Dragon Ball GT: Transformation" é mais um daqueles games escorados no sucesso da obra original, esperando triunfar apenas por ostentar o título de um desenho famoso. O que se vê é um produto mal-acabado em diversos aspectos, sem nenhum equilíbrio na inteligência artificial dos inimigos. Talvez os fãs radicais consigam esquecer esses problemas e superar todos os defeitos do game, que, talvez, até poderia ter sido agradável se a produtora tivesse dedicado mais atenção. Quem sabe, façam isso na próxima oportunidade.

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    Dragon Ball GT: Transformation (Game Boy)

    74 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Webfoot Technologies
    Lançamento: 09/08/2005
    Distribuidora: Atari
    Suporte: 1 jogador
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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