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GameCube

Resident Evil 0

25/11/2002

da Redação
Parece que foi ontem, mas foi em 1996 que a Capcom lançou o primeiro episódio do que se tornaria uma longa série de jogos de "Horror de Sobrevivência". Com pequenas adições, o gênero permaneceu quase intocado até 2000, quando o episódio do Dreamcast adicionou ambientes tridimensionais com maior liberdade de câmera. A série então ficou presa em remakes e edições especiais... até agora. O GameCube é lar do mais novo episódio da série. Mas ao invés de contar o futuro da trama, "Resident Evil 0" volta para explicar os eventos ocorridos no dia anterior ao incidente do primeiro game, e como Rebecca Chambers foi parar em Raccoon City.

Assim como a série começava apontando uma onda de canibalismo, vemos a primeira equipe do S.T.A.R.S. tendo um acidente de helicóptero e encontrando um caminhão da polícia militar que transportava o tenente Coen, um assassino serial. Depois de alguns minutos de jogo, Coen e a novata do S.T.A.R.S., Rebecca Chambers, ficam presos em um trem desgovernado tomado por criaturas inexplicáveis. Juntos, eles lutam pela sobrevivência e descobrem mais sobre a Umbrella e a origem do vírus que criou a epidemia de zumbis.

Bonito ao cubo

"Resident Evil 0" utiliza a mesma tecnologia que fez estréia no remake do primeiro episódio, mas a Capcom mostrou que aprendeu muito desde então. Cenas impressionantes, como os dois heróis "surfando" sobre o trem em movimento em meio a uma tempestade e um incêndio são apenas algumas pequenas demonstrações da animação dos fundos pré-renderizados. O jogo é visualmente impecável.

Enquanto a cara do jogo ajuda muito na imersão do jogador na hora de entrar nesse mundo de terror, a trama tem um problema que pode desapontar alguns: ao anteceder os demais episódios, muitos inimigos são protótipos dos zumbis e experiências genéticas com animais. Isso muda um pouco o tema do game e pode deixar os fãs mais ardorosos um pouco decepcionados. O mesmo vale para os quebra-cabeças sem pé nem cabeça (quem operaria um mecanismo colocando fogo na ordem certa em estátuas de animais?), se bem que os fãs da série já devem ter se acostumado com isso agora...

Infelizmente, outro legado do game é seguir o mesmo sistema de controle original, que continua sendo pouco intuitivo e cheio de problemas. Os dois personagens precisam girar sobre o próprio eixo para fazer curvas, e a remoção da opção de andar com o botão R do remake foi removida sem explicação. Some isso às câmeras pré-definidas e você tem a garantia de que alguns inimigos serão desnecessariamente frustrantes na hora de serem despachados.

Um por todos e todos por um

Mas isso não quer dizer que a Capcom manteve a série sem nenhuma mudança. Duas grandes alterações dão um novo sabor ao game. A primeira delas é a extinção dos "baús mágicos". Sim, os personagens continuam podendo levar apenas um punhado de objetos, mas agora é possível simplesmente soltar qualquer coisa no chão, e voltar para o mesmo lugar para resgatá-lo mais tarde - e o mapa mostra onde cada um deles está. Resultado: você ainda vai fazer muito vai-e-volta, mas agora a experiência é mais realista e pode ser administrada com maior facilidade.

A segunda mudança, porém, é integral à trama. Você controla tanto Chambers quanto Coen ao mesmo tempo (quando na mesma tela, o direcional C move o companheiro). Durante toda a aventura é preciso escolher um deles e se aprofundar pelos quartos do game, podendo (na maior parte do tempo) escolher em prosseguir sozinho ou com os dois unidos. Essa possibilidade foi integrada profundamente na estrutura do game: seu parceiro entra em contato por rádio se for atacado, pode dar cobertura em algumas partes difíceis, cada um deles conta com habilidades especiais que precisam ser utilizadas em determinados momentos, e em alguns casos só podem proceder ao trabalhar em conjunto.

Como a morte de um dos dois resulta em Game Over, isso adiciona ainda mais terror ao jogo, e cria um forte elo entre o jogador e o personagem. Aliás, a introdução de Billy Coen é o maior fator responsável por essa preocupação - assim como Steve de "Resident Evil Code VERONICA", ele não é mais um policial exemplar... e certamente é mais interessante que o adolescente chorão.

CONSIDERAÇÕES

Para o primeiro título realmente exclusivo do GameCube, "Resident Evil 0" não revoluciona o gênero. Mas adiciona novos fatores suficientes para prender os fãs por mais um episódio.

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    GALERIA

    Resident Evil 0 (GameCube)

    195 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Flagship
    Lançamento: 10/11/2002
    Distribuidora: Capcom
    Suporte: 1 jogador, Cartão de memória
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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