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Full Spectrum Warrior

19/01/2005

da Redação
"Full Spectrum Warrior" pode parecer um jogo de tiro em terceira pessoa pelas suas fotos, mas isso não poderia estar mais longe da verdade. Baseado em um programa de treinamento tático militar americano, o game da THQ tem uma mecânica única: você deve controlar duas equipes que quatro integrantes em uma turbulenta missão em um país fictício do Oriente Médio. Só que "Full Spectrum Warrior" é diferente de tudo que você já viu.

Depois de um longo tutorial, você é arremessado no meio de um campo de guerra, lutando para sobreviver e completar diversos objetivos. Ao invés de ter controle direto sobre as tropas, você deve dar ordens de movimento e ataque. Mas ao invés de contar com os fatores aleatórios de um confronto real, seus soldados acabam sempre encarando o que poderiam ser chamados de "cenários": ele vêem o inimigo, encontram cobertura e, usando a segunda equipe, encontram um bom ângulo ou maneira de abater os oponentes. Ferramentas como um GPS que funciona como mapa, além da possibilidade de pedir reconhecimento aéreo, fazem deste um jogo de movimentação planejada e ataques coordenados.

Aprenda a lutar, soldado!

Nas 13 missões dessa campanha a rotina não muda muito. Usando truques como abordar o inimigo com fogo pesado (gastando mais munição) para distrair sua atenção de outra equipe, usando flancos para pegá-los desprevenidos ou aproveitando-se das escassas granadas e bombardeios aéreos, o jogador aproxima o combate quase como um quebra-cabeça. Como as respostas para cada situação são previsíveis (com muitos inimigos normalmente imóveis, e sempre esperando nos mesmos locais em cada fase), a experiência se concentra em fazer bom uso do ambiente e dos recursos escassos de ataque pesado. Não é possível reforçar o suficiente como essa mecânica é sistemática e programada: se você e um inimigo atacam um ao outro com cobertura, por exemplo, os dois continuarão se metralhando indefinidamente, sem NUNCA matar uns aos outros.

Mesmo assim, o realismo das situações nunca falha em impressionar. Além de oferecer uma interface extremamente simples e intuitiva para um game com um número enorme de comandos, o comportamento dos soldados impressiona. Se você levá-los para uma área onde estão à mercê de tiros inimigos sem um comando de progredir com as armas em punho, é possível dizer rapidamente para que eles se espalhem e busquem cobertura. Todas as ordens levam alguns aflitivos segundos para serem obedecidas, não apenas garantindo realismo, mas um nervoso de guerra sem precedentes nos videogames.

O ritmo da ação peca nos seus momentos mais frustrantes. Ao encontrar um terrorista armado com um lança-foguetes, o jogador acaba se vendo forçado a recomeçar a missão repetidamente em busca da resposta para esse ataque. Felizmente, pontos para salvar o progresso durante uma missão estão disponíveis, mas os veteranos da estratégia em tempo real que esperam mais do mesmo devem estar cientes de esse produto é muito mais sistemático e lento.

Descontração no calor da batalha

Além dos gráficos realistas, "Full Spectrum Warrior" prima por criar uma equipe de oito soldados que não apenas tem personalidade, mas que conversam de maneira humana e convincente nesse pequeno inferno no deserto. O vídeo de abertura apenas reforça isso, e ajuda o jogador a se importar com seus soldados virtuais. Aliás, você não pode deixar nenhum deles morrer, nunca. Se um for atingido, é preciso carregá-lo em tempo de volta até o posto médico mais próximo (quando ele, de maneira pouco realista, volta à ativa como se nada tivesse acontecido).

O maior problema do jogo está na sua falta de variedade. Apesar de uma dificuldade extra trazer um cenário bem mais duro e algumas fases trazerem uma ou outra surpresa, a fórmula do combate permanece inalterada do começo da primeira missão ao fim da décima-primeira. A opção multiplayer pode parecer restrita por ser apenas o mesmo game em caráter cooperativo, mas em sua defesa, vale notar que é possível resolver cada fase de múltiplos jeitos diferentes.

A inclusão de controle com o mouse deixa o game mais intuitivo, apesar da mecânica ser virtualmente a mesma da versão já lançada para Xbox. Consumidores da versão para PC têm o benefício de já receber o game com os dois epílogos extras (que no Xbox tinham de ser baixados pela Internet).

CONSIDERAÇÕES

Apesar desse defeito, a ação é interessante para jogadores de todos os gostos, oferecendo uma experiência única no entretenimento eletrônico. Variedade e um elemento de competição são os dois grandes culpados que impedem "Full Spectrum Warrior" de se tornar um clássico. Mas encontrando abrigo entre dois gêneros que normalmente batalham pela preferência exclusiva de seus fãs, ele merece uma atenção especial.

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    Full Spectrum Warrior (Pc)

    42 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Pandemic Studios
    Lançamento: 21/09/2004
    Distribuidora: THQ
    Suporte: 1-2 jogadores, Multiplayer online
    Configuração mínima: Pentium III 500MHz, 128MB de RAM, Placa 3D com 32MB de RAM
    Outras plataformas: PS2
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível
    DOWNLOADS
    Tamanho: 301MB

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