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Pariah

04/07/2005

da Redação
"Pariah" é um jogo de tiro em primeira pessoa com temática futurista, que parece ter sido inspirado em "Halo", clássico para Xbox. Tentar disputar esse mercado no console da Microsoft e computadores, que desfilam títulos fortíssimos como "Doom 3" e "Half-Life 2" é muito complicado se o jogo não possui um diferencial e uma qualidade geral muito acima da média - até mesmo para a canadense Digital Extremes, que trabalhou junto com a Epic Games na série "Unreal Tournament".

O cientista e seus experimentos

Baseado na fórmula de sucesso dos jogos de tiro em primeira pessoa, "Pariah" possui uma série de movimentos conhecidos do gênero. Além de, naturalmente, manejar diversas armas, o cientista Jack Mason, estranhamente, é capaz de diversos movimentos dignos dos melhores soldados.

Ele pode, por exemplo, fazer um deslocamento rápido por um curto espaço a fim de pegar itens e escapar de tiros. No mais, o jogador estará combinado o controle da visão com o intuito de atirar nos oponentes e mantê-los no campo visual, ao mesmo tempo em que tenta escapar da saraivada de tiros. Além disso, Mason pode pular e se agachar, movimentos que são necessários para passar por determinados locais.

"Pariah" possui algumas particularidades. O sistema de energia é um misto de dois modelos. O protagonista, inicialmente, possui quatro blocos de energia. Se o jogador sofrer danos, depois um breve intervalo a energia se recupera até o limite do bloco. Isto é, se a vida estiver no meio do terceiro quadrado, por exemplo, ele se encherá até o seu limite, com a quarta parte permanecendo vazia.

Como de praxe, Mason usa um kit médico para recuperar a energia perdida. Mas o jogador precisará pensar em termos estratégicos, pois a recuperação demanda tempo, além de embaçar sua visão, efeito do medicamento. Com isso, a pretensão é elevar a tensão dos combates, uma vez que é quase impossível encher a energia no meio dos tiroteios.

Em níveis mais avançados, o jogador perde muita energia com uma única série de ataque. No final das contas, o usuário precisa ser capaz de limpar uma área com uma rodada de energia, para recarregar depois dos combates e enfrentar uma nova leva de oponentes.

Outra característica incomum, pelo menos para um game de tiro em primeira pessoa, é a capacidade de fazer upgrades nas armas. Cada uma delas pode ser melhorada em três níveis, ao custo de "weapon cores" que estão escondidos pelas fases. Mas o jogador precisa escolher com cuidado quais armas irá melhorar, pois não existem itens suficientes para modificar todos os equipamentos.

Além de upgrades óbvios, como o aumento da velocidade dos tiros e da capacidade de munição, há também melhoramento no sistema de mira telescópica, no caso de um rifle de precisão, rastreamento de calor para lançador de foguetes e a capacidade de explodir a granada no momento pretendido para o disparador do item, uma das armas mais eficientes do jogo.

Escorregando no óbvio

As armas costumam ser elemento-chave para a satisfação de um game de tiro. Infelizmente, "Pariah" falha nesse quesito crucial, com efeitos muito pífios, apesar do bom visual dos equipamentos. A metralhadora precisa de muitos tiros para matar um único oponente e outros apetrechos também carecem de eficiência. O rifle de precisão é satisfatório, mas o design das fases não favorece muito o seu uso. No final das contas, o lançador de granadas se mostra a arma mais eficiente do game e é um dos candidatos primordiais a receber os upgrades.

Os controles são os padrões do gênero, com direito a diversas configurações. A precisão é satisfatória, com bons níveis de calibração dos direcionais do Xbox, mas é atrapalhado pela taxa de quadros um pouco baixo. No PC, a combinação teclado mouse garante uma mira melhor. Além do modo normal, uma visão de precisão ajuda a matar os oponentes.

Ainda imitando "Halo", "Pariah" possui alguns veículos, mas a eficiência não pode ser comparada ao clássico da Microsoft. Há fases também sobre trens, o que ajuda a dar um pouco de variedade ao game.

Como não poderia deixar de ser, existe um modo multijogador, com as opções tradicionais do gênero. Pode-se realizar uma partida rápida ou um optimatch, detalhando diversas opções. Depois, é hora de escolher o tipo de partida, como deathmatch ou capture the flag. Mas o modo não empolga muito devido ao desempenho das armas.

Mas merece destaque o construtor de mapas, fácil de usar e ainda assim bastante completo. Ao lado do de "TimeSplitters", é um dos melhores editores que existe. A opção para usar um servidor particular aumenta um pouco a emoção das partidas, permitindo dobrar o número de participantes.

Lutando contra o descarte

Os mapas de "Pariah" em geral, são em ambientes abertos, competentemente construídos com boas texturas e com bastantes objetos como rochas, árvores e gramíneas. Tem até folhas caindo, dando vida aos cenários. Mas sente-se falta de mais inimigos, que aparecem em muito pouca quantidade, deixando tudo muito esparso, ainda mais num espaço amplo.

Os personagens possuem um bom nível de detalhes e estão acima da média, mas os efeitos visuais já são mais contidos, sem explosões mais espalhafatosas.

Muito da falta de empolgação do game decorre dos fracos efeitos sonoros, que não tem peso suficiente para as armas. Além do mais, a trilha sonora é tão escassa quanto os oponentes, ficando períodos bastante longos de puro silêncio, podendo ouvir apenas os próprios passos.

CONSIDERAÇÕES

No fim das contas "Pariah" é mais um daqueles jogos competentes, que possui algumas boas sacadas, mas que falha nos aspectos importantes. Num gênero tão competitivo como o tiro em primeira pessoa, principalmente no Xbox e PC, esses fatores podem pesar mais do que deveriam. Mesmo assim, vale a pena conferir o enredo que tem uma premissa interessante e foge um pouco do tema da Segunda Guerra Mundial, tão em voga na atualidade.

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    Pariah (Pc)

    29 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Digital Extremes
    Lançamento: 03/05/2005
    Distribuidora: Groove Games
    Suporte: Multiplayer online
    Configuração mínima: Pentium III ou equivalente, Win 98SE/2000/ME/XP, 256MB de RAM, Placa 3D, DirectX v9c
    Outras plataformas: XB
    RegularAvaliação:
    Regular
    DOWNLOADS
    Tamanho: 309MB

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