Jedi Outcast

da Redação

Parece que foi ontem: a Lucasarts anunciou Obi-Wan para PC, no que parecia ser o sucessor de Jedi Knight... mas o jogo acabou sendo cancelado, transferido para o Xbox e separado da franquia que fez tanto sucesso nos micros do mundo inteiro. Imaginem qual não foi a alegria dos fãs quando a empresa anunciou na E3 2001 que Jedi Outcast: Jedi Knight II (e portanto Dark Forces III) estava sendo feito pela Raven Software para PC.

Para quem não sabe, a Raven é responsável por alguns dos maiores sucessos dos jogos de tiro do PC: Soldier of Fortune e o velho Heretic. E usando a engine de Quake 3 da Id, Jedi Outcast promete agradar tanto aos olhos quando aos dedos. Essa versão inacabada já apresenta superfícies arredondadas, reflexos e texturas de alta qualidade - sem comprometer a framerate.

E o nosso querido mercenário/Jedi está de volta. Kyle Katarn abandonou seu sabre de luz com Luke Skywalker no final bom de Jedi Knight (nem perguntem do final ruim), temendo ser corrompido pelo Lado Negro... mas alguém tinha alguma dúvida de que uma enorme ameaça surgiria e o forçaria a retomar seu treinamento Jedi?

Kyle é um Jedi bem mais versátil dessa vez. Ele já começa o jogo com os poderes da Força e seu sabre de luz, e por isso mesmo esses fatores estão muito mais integrados em Jedi Outcast. Corridas, pulos e telecinésia Jedi serão essenciais para algumas partes do game, assim como o bom e velho truque de hipnose... afinal, é muito mais conveniente passar desapercebido do que tentar matar centenas de soldados no meio de uma base do Império.

Apesar de ainda depender das velhas armas como Blasters e Detonadores Térmicos, nosso herói agora é um mestre da espada e usará seu sabre para longos duelos com outros Jedis. Os principais golpes estão todos presentes: bloqueios, complexas coreografias de ataque e até mesmo a lendária manobra bumerangue. E quando você estiver sendo atacado por soldados inferiores, pode sempre usar o sabre para refletir os tiros.

Dois efeitos novos impressionam: assim como no Episódio I, Katarn consegue cortar certas portas de metal com seu sabre de luz. O efeito do metal incandescente é impressionante. Quase tão impressionante quanto os vidros que o Jedi irá despedaçar em sua aventura, em outro efeito de tirar o fôlego.

Como todo bom jogo Star Wars, Jedi Outcast deve usar ao máximo a licença: Katarn passará por lugares famosos como a Cloud City em Bespin, a lua dos mercenários, Nar Shaddaa, a academia Jedi no sistema Yavin e muitos cenários famosos do Universo Star Wars (estamos torcendo por pelo menos uma fase no estilo da Cantina de Tatooine).

A Raven ainda não falou muito sobre o modo multiplayer de Jedi Outcast, mas é claro que a empresa vai se esforçar para desenvolver modalidades interessantes.

Depois do fiasco dos jogos do Episódio I, a Lucasarts provou que vai caprichar nos próximos títulos Star Wars: está confiando seus jogos para empresas competentes como a Verant, Factor 5, Ensemble, Bioware e Raven Software. O fã ganha com isso.