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PlayStation 2

Delta Force: Black Hawk Down

29/07/2005

da Redação
"Delta Force: Black Hawk Down" é um jogo de tiro em primeira pessoa lançado originalmente para o PC, em 2003. Agora, dois anos depois, chega aos consoles com uma inevitável sensação de estar um pouco ultrapassado, apesar de algumas modificações e um modo multiplayer deliciosamente caótico, com até 50 jogadores no Xbox.

O pano de fundo da aventura é a missão americana na Somália em 1993, cujo objetivo era capturar Mohamed Farrah Aidid, chefe das milícias somali responsáveis por diversos ataques a tropas paquistanesas e da ONU, que trabalhavam em missões humanitárias no miserável país africano. O abatimento de dois helicópteros Black Hawk foi um dos episódios marcantes da intervenção militar norte-americana, que virou um livro e, posteriormente, um filme, "Falcão Negro em Perigo", dirigido por Ridley Scott.

Cada um na sua

"Delta Force: Black Hawk Down" tem características distintas nas versões de PlayStation 2 e Xbox. No console da Sony, o game conta com um sistema de experiência e compra de novas armas. Já no Xbox há classes distintas de personagens e maior número de jogadores simultâneos em partidas multiplayer: 50 (no PS2 são 32 jogadores). De uma maneira geral, a versão para a PS2 funciona melhor nas campanhas de um jogador e o console da Microsoft leva vantagem no multijogador.

Em ambos os casos, a campanha de história cobre diversas missões da operação Restore Hope, antes e depois do evento de 3 de outubro - a fatídica derrubada das aeronaves que dão nome ao título. O jogador terá a chance de participar de diversos regimentos, como a divisão de montanhas, os Rangers e, é claro, a divisão de elite Delta Force.

No caso do PlayStation 2, há meios de desenvolver seu personagem, aplicando pontos de habilidades em quesitos como mira, resistência e liderança, além de poder comprar mais armas e suprimentos. Essa versão tem armas exclusivas também. No Xbox, por sua vez, o jogador pode escolher a classe do personagem: especialista em combates de curta distância, combatente "assault", atirador de elite ou médico. No modo de história, os cenários privilegiam pesadamente o soldado de assalto.

Experientes em jogos de tiro em primeira pessoa reconhecerão de imediato a configuração dos controles, quase um paradigma desse subgênero. O seu soldado poderá se movimentar, agachar, deitar, usar modo de mira precisa, mudar os modos de tiro, fixar-se numa posição e mexer apenas o tronco, e, naturalmente, atirar. O personagem também pode pular e, até mesmo, rolar, quando estiver deitado. Porém, a configuração de botões do Xbox parece menos adequada que os do PS2 e, infelizmente, não há como mudar certos aspectos dos comandos.

O soldado também tem três tipos de granada: convencional, flashbang, que provoca cegueira temporária nos oponentes, e a de fumaça. Além disso, ele também é equipado com binóculo e visores noturnos. Enfim, tudo que um militar tem direito.

O seu personagem também tem à disposição alguns subordinados. Usando uma combinação de botões é possível dar ordens como atirar, cessar fogo, dentre outras manobras táticas, além de pedir ajuda médica e mais suprimentos. Mas, no final das contas, será mais fácil o jogador resolver tudo por conta própria, deixando os ajudantes pensando por si mesmos. As ordens também podem ser dadas por voz, usando um headset.

Os mapas de "Delta Force: Black Hawk Down" são relativamente grandes, mas lineares. Há uma boa variação de formações naturais e edifícios, ou seja, de esconderijos para se defender das ofensivas adversárias, mas, por outro lado, significa mais lugares onde os oponentes podem ficar espreitados. Felizmente, o sistema de mira funciona de modo competente, apesar de o controle dos videogames não serem ideais para esse tipo de jogo.

Muitas vezes, o jogador também estará a bordo de um veículo, como humvees e helicópteros, onde, quase sempre, terá uma arma montada com tiros infinitos; mas nunca pilotará esses veículos, nem no modo de multijogador. Ao contrário de outros jogos, os inimigos não deixam cair suprimentos, pois numa guerra de verdade dificilmente o oponente estará usando munições compatíveis com o seu equipamento. Mas seus ajudantes possuem artilharia extra, caso necessite.

A força da coletividade

Se o PlayStation 2 tem uma pequena vantagem no modo de campanha, no multiplayer online o Xbox dá o troco, e com sobras. Não apenas pela superioridade no número de jogadores, mas pelas classes de personagens. Como dito, eles não fazem a menor diferença no modo de história, nas no multiplayer, com o perdão do trocadilho, a história é outra. Naturalmente, ter um esquadrão equilibrado ajuda a vencer os combates, além de proporcionar alguns bônus em determinadas modalidades, como no Team Deathmatch.

As modalidades competitivas incluem as já tradicionais Deathmatch, Team Deathmatch, Capture the Flag e Search & Destroy. São oito modos no Xbox e sete no PS2. Com tantos jogadores, é inevitável que os mapas se tornem um palco de caos e carnificina. Sem um sistema de hierarquia como em "Battlefield 2", é bastante complicado usar de estratégias. Dependendo do gosto, essa bagunça pode ser deliciosamente atraente.

Existem determinados locais que permitem aos jogadores trocar de classe no meio da batalha. Há veículos também, mas nesse quesito são mais reclamações que elogios: primeiro, eles não podem ser pilotados pelo jogador - como um teleférico, fazem rotas pré-determinadas. Além disso, também não podem ser destruídos.

Usando uma conexão de banda larga, e graças a servidores dedicados, os "lags" não chegam a atrapalhar. Além de partidas online, há também outras modalidades multiplayer, como missões cooperativas e modos com tela dividida.

Missão quase cumprida

Sendo um jogo baseado num título de dois anos atrás, não há como negar que os gráficos estejam ultrapassados, com texturas pouco definidas e personagens "quadrados". A montagem dos cenários chega a ser competente, apesar de um pouco simples. A taxa de quadros também parece ser menor que a recomendável, gerando alguns travamentos em comentos críticos, mas sem comprometer o desempenho do game.

A trilha musical e os efeitos sonoros parecem ter saído de algum kit básico de programação de jogos, de tão genéricos que são. E também não precisava ficar incomodando os ouvidos do jogador com um barulho permanente de moscas. Realismo tem limite.

CONSIDERAÇÕES

Enfim, "Delta Force: Black Hawk Down" é um típico jogo de tiro em primeira pessoa, que, se não tem nenhuma inovação, não ostenta grandes defeitos. O modo multijogador marca um recorde no Xbox, com 50 jogadores simultâneos - os 32 usuários do PlayStation 2 também reperesentam um número alto para o console -, e resultam em partidas divertidas, desde que não se esteja preocupado com seriedade ou táticas. Aqui, a união faz a alegria.

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    GALERIA

    Delta Force: Black Hawk Down (Playstation 2)

    41 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: NovaLogic
    Lançamento: 26/07/2005
    Distribuidora: Rebellion
    Suporte: 1-32 jogadores, cartão de memória
    RegularAvaliação:
    Regular

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