Onimusha 2: Samurai's Destiny

da Redação

Um dos primeiros grandes jogos do PlayStation 2, "Onimusha: Warlords" foi um projeto que começou como "Resident Evil com samurais" para Nintendo 64... e acabou virando um "Resident Evil com samurais" para o console da Sony. A continuação, porém, conta com importantes mudanças que estabelecem a identidade da série e ajudam a criar uma experiência incrivelmente cinematográfica.

Novo herói

Quem jogou o primeiro game precisa começar esquecendo o pobre Samanosuke. Seu destino continua incerto na continuação - ao invés dele, você controla Jubei, um corajoso guerreiro cuja vila é destruída logo no vídeo de abertura. Ele recebe o poder de sugar almas como Samanosuke (mas sem a manopla, ele usa uma tatuagem em sua mão), e deve iniciar uma jornada para encontrar cinco esferas mágicas para poder enfrentar o terrível lorde Nobunaga. Junto com outros personagens que ele conhece no decorrer da aventura, eles viajam pelo interior do Japão Feudal.

Experiência cinematográfica

Apesar dos gráficos não serem do mesmo nível do remake de "Resident Evil", "Onimusha 2" se destaca na qualidade de produção: ambientes surreais trazem esse mundo fantástico à tela da TV, com detalhes usados de maneira inteligente para dar mais dramaticidade ao game. Da mesma maneira, a coreografia dos personagens e a montagem das cenas não-interativas é de qualidade cinematográfica. O enredo é igualmente competente.

E não é só o visual que recebeu um excelente tratamento. Tirando a claustrofóbica vila do primeiro jogo, que lembrava muita a estrutura das mansões de "Resident Evil", a aventura se desenrola em uma pequena vila mineradora habitada por pessoas normais. Além de adicionar interação com outros personagens (incluindo um mini-game que faz do protagonista um vendedor ambulante, comprando e trocando objetos), isso dá vida ao mundo explorado pelo corajoso samurai.

Afie bem o gume de sua espada

Para tirar o sabor do jogo de zumbis em que foi inspirado, "Onimusha 2" recebe também detalhes para dar um jeitão de RPG e aventura à série. Como antes, munição não é um problema. Mas a introdução de dinheiro derrubado pelos inimigos e uma maior ênfase na experiência ganha (os espíritos sugados dos oponentes mortos são usados para melhorar armaduras e armas) dão uma importância ainda maior para as batalhas. O único porém é que a quantidade de pontos necessários para melhorar seus itens parece muito alta, exigindo repetidas batalhas sem avançar a trama - e o game não perdoa aqueles que tentarem seguir sem ganhar experiência.

Muitos brindes

O DVD está repleto de segredos. É possível jogar o game repetidas vezes e sempre encontrar ilustrações, detalhes da trama e opções secretas que não haviam aparecido antes. A Capcom caprichou na seleção de extras, que inclui até vídeos de making of do game.