Onimusha Blade Warriors

da Redação

A série "Onimusha" surgiu como uma alternativa de mais ação baseada na fórmula do eterno "Resident Evil". Com a chegada de seu terceiro episódio e a fixação da marca como um dos grandes nomes do games, a Capcom decidiu se aproveitar desse universo para criar seu próprio clone de "Super Smash Bros.".

"Blade Warriors" traz todos os principais protagonistas dos dois primeiros jogos como Samanosuke, Kaede, Jubei, assim como alguns inimigos como Jujudormah e Golgadantes. 12 personagens são imediatamente selecionáveis, mas existe uma boa quantidade para ser destravada (incluindo dois robôs de outra série famosa da Capcom).

O sistema de combate é similar ao da série de mesmo nome, mas simplificado nos moldes de "Smash Bros.": dois botões de ataque, um de defesa e um para criar variações. Jogadores podem se aventurar pelas fases de um Story Mode (que libera novidades para cada um dos personagens, além de melhorar suas habilidades) ou sair no combate multiplayer para até quatro pessoas.

Cada arena é um ambiente 3D, planificado e dividido em diversas profundidades, criando algo muito parecido com as fases de "Smash Bros.". Vencer a opção Story leva apenas alguns minutos, mas ajuda a coletar almas para não apenas melhorar o ataque, defesa e capacidade mágica do personagem, mas também juntar "dinheiro" (na forma de Victory Souls) para comprar itens especiais. Seguindo a estrutura de "Soul Calibur 2", é possível liberar diferentes armas e até itens adicionais que turbinam o guerreiro. Os personagens melhorados podem tanto ser usados no Story quanto em uma variação da opção multiplayer.

"Blade Warriors" coloca sua maior ênfase nessa compra e busca por itens secretos e melhora dos personagens. O núcleo do jogo é exageradamente simples e repetitivo, mas a personalização dos lutadores oferece uma oportunidade para que os participantes mostrem o quanto eles treinaram seus respectivos personagens.

Apesar de se apoiar em grande parte dos recursos artísticos da série, "Blade Warriors" comete alguns sérios pecados na sua apresentação. Como algumas das fases são bem grandes, a câmera pode se afastar ao ponto de dificultar a visão dos personagens e itens - e mesmo assim existe um limite que às vezes cria paredes invisíveis caso oponentes estejam nos limites opostos da tela. E sem os fundos pré-renderizados dos jogos antigos, o nível de detalhe cai bastante.

O jogo não tenta se aprofundar na história do universo de "Onimusha", e as poucas cenas não-interativas servem mais para quebrar o ritmo do que expandir a mitologia da série. O demorado tempo de carregamento toda vez que você usa um Continue também não ajuda muito.