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PlayStation 2

SOCOM 3: U.S. Navy Seals

09/11/2005

da Redação
A série "SOCOM" nasceu em agosto de 2002 com uma responsabilidade estratégica para a Sony: garantir um lugar no mercado de jogos online, no qual o PC chegou primeiro e a Microsoft emplacava sua rede centralizada, a Xbox Live. A chamada era do "PlayStation Online", basta notar, não ficou tão popular quanto o serviço do concorrente Xbox, mas, ao menos, marcou território com alguns títulos de expressão.

Mas, quando se fala em jogo online para o PlayStation 2, nenhum é mais popular que a franquia "SOCOM". As duas versões lançadas até então bateram recordes de público em se tratando de partidas em rede, e a nova versão não deverá ter destino diferente. O antecessor "SOCOM II" mais parecia uma expansão para o original, mas "SOCOM 3" vai muito além de alguns ajustes.

A maior qualidade desta versão - e da série como um todo - é equilibrar com maestria a adrenalina dos combates com o senso de tática, em que, como um xadrez, se faz necessário pensar no movimento de seu grupo e no dos oponentes. Agora, com até 32 jogadores simultâneos e a adição de veículos controláveis, as opções de táticas ficaram ainda mais amplas.

Soldados de elite

"SOCOM" pode ser descrito como um jogo de ação e tiro com elementos táticos - uma espécie de mistura das séries "Medal of Honor" e "Rainbow Six". A visão pode ser em terceira ou primeira pessoa, conforme o gosto do jogador, mas os controles obedecem aos tradicionais games de tiro em primeira pessoa, embora diversas variações estejam disponíveis.

O jogador será colocado numa missão de guerra na qual enfrentará diversas situações: resgate de prisioneiros, destruição de pontos estratégicos, eliminação de resistência e outras atividades cotidianas de soldados de elite da marinha norte-americana. Como o game é ambientado em um contexto atual, ha missões na África e sudeste asiático, por exemplo.

O sistema de retícula é bastante eficiente e realista, e os novatos ainda podem contar a opção de mira expandida. A eficiência e precisão dos tiros dependem de diversos fatores, como sua posição - a deitada confere a melhor estabilidade - ou o modo de disparo de sua arma: os tiros automáticos dificultam manter a posição enquanto pressionar o gatilho.

Como muitos dos jogos de tiro, os soldados possuem diversos pontos de colisão, isto é, os danos variam conforme o local atingido - na cabeça, costuma ser fatal -, e isto vale para o jogador e seus companheiros também. Enfim, no geral, o sistema básico de controle é excelente e atende a maioria dos jogadores. Melhor que isso, só com mouse e teclado, combinação imbatível dos PCs.

Quarteto fantástico

Uma das marcas de "SOCOM" é que o jogador comanda um grupo de quatro soldados, formação clássica vista em diversos jogos atuais, como "Full Spectrum Warrior", da Pandemic Software. Sendo assim, o líder dispõe de diversos comandos para fazer com que seus subordinados desempenhem funções, pois nas dificuldades mais elevadas o jogador é facilmente eliminado por uma chuva de tiros, caso tente agir como um kamikaze.

Como sempre, o headset é o aparelho mais eficiente para comandar os soldados e também o que traz a experiência mais realista. Com ele, basta usar comandos de voz para que os subordinados realizem o procedimento. São táticas clássicas como "limpar" uma sala, com opção de usar uma bomba de luz (flashbang) ou granadas, para depois sair "arrepiando" com seu grupo.

Mas a produtora Zipper Interactive conseguiu produzir bons resultados mesmo usando apenas os controles. Com o botão L2 é possível dar ordens simples, como mandar os comandados para uma determinada área, seguir o líder ou guardar posição, além de, quando for o caso, limpar uma sala. Os seus companheiros, de maneira geral, reagem bem às ordens e têm uma boa inteligência artificial, mas, de vez em quando, um ou outro teima em não seguir o comando, sabe lá se por atitude própria ou defeito de programação.

A lista de todos os comandos fica num menu próprio, em que é possível não apenas comandar seu grupo, mas todos os aliados que, por ventura, estiverem com o seu exército. Durante a seleção dessas ordens, o tempo pára. Não é uma solução elegante, mas com essa complexidade não seria prático deixar o tempo correr.

Escolha suas armas

"SOCOM" é uma franquia com forte apelo para as partidas online, mas, desta vez, existe uma campanha mais interessante. Para começar os mapas são muito maiores que as das edições passadas. Claro que não chegam a ser do tamanho de um "Grand Theft Auto: San Andreas", mas a escala é muito superior aos antecessores. E isso faz com que os veículos, outra novidade desta terceira versão, tenham importância ainda maior.

O sistema de veículos, por sinal, também é bastante inteligente. Cada um deles conta com diversos postos, de funções específicas. Por exemplo, um jipe de combate conta com quatro lugares, dois deles com funções próprias: um para dirigir e outro para usar a arma montada; ou outros dois são para passageiros, que podem atacar com suas próprias armas. A troca pode ser feita rapidamente com o direcional digital, que também atua para selecionar as ações quando são múltiplas.

No total, são cerca de 20 veículos, entre caminhões, tanques, barcos e diversos outros blindados de combate, cada um com características próprias de dirigibilidade, armamento e capacidade de passageiros. Os controles são simples e até têm uma simulação de física bastante real, com derrapagens e tudo mais. Com os veículos, também é possível atropelar os oponentes.

"SOCOM 3" também dá liberdade ao jogador de cumprir as missões como desejar: você pode simplesmente tentar matar a todos em combates francos ou encampar uma guerra silenciosa, usando supressores de som ou rifles de precisão. É possível imitar um Solid Snake ou Sam Fisher, chegando sorrateiramente até o oponente, mas essas oportunidades são poucas, e, além do mais, alguns de seus companheiros parecem fazer questão de atrapalhar. Na maioria das vezes, o jogador deverá usar uma mistura dessas táticas.

Os inimigos são dotados de boa inteligência artificial. Durante os confrontos, eles buscam abrigo, deslocam-se com velocidade entre um obstáculo e outro e procuram usar todos os equipamentos dos quais dispõem como artilharias e veículos. Eles apenas não reagem muito bem a ataques de longo alcance.

O conjunto de equipamentos também ajuda a ampliar as estratégias. Os soltados terão equipamentos modernos, como um marcador laser, que servirá de guia para o bombardeio dos alvos. O time também pode solicitar outros tipos de ajuda aérea. Todos os armamentos são baseados em modelos reais, com características idem. E é preciso levar em conta o peso dos armamentos, que reflete na velocidade dos soldados.

Por falar em armas, agora, é possível acoplar diversos equipamentos. Alguns fuzis, por exemplo, podem ganhar lançadores de granadas ou miras telescópicas. As opções não são muito abrangentes, mas o suficiente para entreter entusiastas de armas. E, claro, quem não tiver paciência pode sair com o equipamento proposto pelo game, que é suficiente para terminar a missão.

Entre uma guerra solitária...

O sistema de missões também é bastante interessante. O jogador apenas tem noção dos objetivos primários, mas ainda existe toda uma série de tarefas extras, que cabe ao jogador explorar e resolver. Trata-se de um incentivo a mais para repetir as missões e tentar terminá-las da forma mais completa possível. Além disso, alguns objetivos primários podem mudar conforme a situação.

Apesar de parecer complexo - e, realmente o game atende a um público exigente - o jogo também serve muito bem para quem nunca jogou a série ou qualquer outro título de guerra. Além de um nível de dificuldade compatível para novatos, existe uma fase de treinamento, onde o jogador aprende o bê-á-bá dos combates, dos comandos de time e da condução de veículos. É verdade que são muitas informações para assimilar de uma vez, mas nada que a prática não possa resolver.

Nas dificuldades mais moderadas, saber manejar corretamente a mira já é quase suficiente para completar as missões. A não ser que dê ordens desastradas para os companheiros, eles também sobreviverão aos combates. O mapa é bastante amigável, mostrando até uma trajetória recomendada. Naturalmente, os mais veteranos podem contar dificuldades altíssimas, liberadas apenas quando se termina o game. O jogador pode interromper o jogo a hora que quiser, pois o "save" é permitido em qualquer lugar. Além disso, há "checkpoints" espalhados por todo o mapa.

... e outra solidária

Mas é no modo multiplayer que o jogo mostra mesmo sua força. Agora, com capacidade de abrigar 32 jogadores e a introdução de veículos, as estratégias ficaram bem mais amplas. Neste modo em especial será levada em conta a capacidade dos jogadores em se organizar e planejar - não que a habilidade de atirar não pese; continua essencial.

Com tantos jogadores assim é inevitável que surjam os indesejáveis "lags" - os atrasos de comunicação da rede - e alguma lentidão em áreas mais congestionadas. Esses problemas incomodam, é claro, mas são perfeitamente suportáveis diante da diversão. O tamanho dos mapas é ajustado conforme o número de participantes máximo determinado pelo servidor. E cada mapa possui uma versão noturna, que muda completamente a características dos combates.

Além de partidas clássicas como a Supression ou Demolition, há duas novas modalidades. A primeira delas é a Convoy, na qual terroristas devem proteger um comboio, enquanto os SEALs tentam levar a carga. As regras são simples, mas a execução pode não ser tão fácil assim. Trata-se de uma opção altamente desafiadora e divertida. A outra novidade é a Control, em que dois times precisam marcar localidades determinadas no mapa; vence o grupo que marcar todos os locais. O problema é que a marcação leva um tempo e o soldado fica indefeso durante o período. Cabe ao grupo definir uma estratégia para protegê-lo.

Cortina de fumaça

Em um jogo com tantos jogadores, o visual sofre mais limitações que em um game puramente offline. Sendo assim, é inevitável que os personagens e o terreno de "SOCOM 3" sofram com formas menos complexas. Mesmo assim, uma competente direção de arte ajudou a encobrir boa parte das simplificações, tornando o gráfico o mais agradável possível. Os ótimos efeitos, como fumaças e cortinas de areia, ajudam a esconder mais um pouco das falhas ao mesmo tempo em que dão vida ao cenário.

De qualquer forma, os veículos foram menos atingidos pela economia de polígonos, pois já são objetos mais simples de conceber. E a maioria deles tem um visual bastante competente. As animações são bastante naturais, seja dos veículos ou dos humanos. Os soldados têm uma variedade enorme de movimentos e reagem de forma natural às diversas situações, como quando são atingidos pelos tiros.

O conjunto de efeitos sonoros ajuda a colocar o jogador no meio de uma guerra, com barulho de tiros, explosões e gritos dos feridos. Além disso, a todo instante uma comunicação via rádio orienta o grupo sobre sua próxima tarefa ou os perigos que podem vir pela frente. E tudo isso é acompanhado por aquelas trilhas musicais épicas, típicas de filmes de guerra. E as dublagens são do mais alto nível.

Missão cumprida

"SOCOM 3: U.S. Navy SEALs" herda o espírito da série, que abraça novatos e realiza plenamente os mais exigentes com as inúmeras possibilidades de montagem de armas ou tática de times. Ao mesmo tempo em que expande as modalidades multiplayers, trazendo ambientes maiores, veículos e até 32 jogadores simultaneamente, o jogo não descuidou da campanha para um jogador, com mapas colossais e alguma dose de exploração. Ademais, ainda possui algumas funcionalidades extras ocultas, pois terá integração com a versão para PSP, o "SOCOM: U.S. Navy SEALs - Fireteam Bravo".

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    SOCOM 3: U.S. Navy Seals (Playstation 2)

    84 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Zipper Interactive
    Lançamento: 11/10/2005
    Distribuidora: Sony Computer Entertainment
    Suporte: 1-32 jogadores, multiplayer online, cartão de memória
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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