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PlayStation 2

SOCOM U.S. Navy Seals: Combined Assault

21/12/2006

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
Desde 2002, a série "SOCOM" vem ganhando consistência a cada edição. A série nasceu para ser um exemplo de como explorar a jogatina online e o headset para o PlayStation 2. Porém, neste quarto episódio, o progresso teve uma marcha mais lenta. Talvez a franquia tenha chegado ao seu limite, mas se despede da atual geração de forma honrada.

Como o nome sugere, o game anda lado a lado com a versão para PSP, "Fireteam Bravo 2", cujos acontecimentos estão interligados. Além desse recurso de integração, o novo "SOCOM" para PlayStation 2 finalmente traz o esperado modo de campanha cooperativa online. Porém, nas outras áreas, principalmente o modo competitivo, não houve quase nenhuma mudança.

O império ataca

"SOCOM: U.S. Navy SEALs Combined Assault" funciona como um game de tiro em primeira pessoa, embora a visão padrão seja em terceira pessoa. Como é característica da série, é mais estratégico que os games de tiro centrados em ação. Aqui, o tiroteio franco apenas traz desvantagens para o jogador. O planejamento e a cautela são os aspectos mais importantes do game, mas, claro, não prescinde da mobilidade e do manejo de armas.

A operação acontece na fictícia Adjikistan, um país situado entre o Paquistão e o Afeganistão. A encrenca é um grupo de paramilitares, que está escravizando a população e juntando recursos com atividades ilícitas como tráficos de armas e drogas. É aqui que entra o SOCOM, um grupamento de operações especiais da Marinha americana.

O mecanismo de controle do game é bem similar aos antecessores, ou seja, para um fuzileiro de primeira viagem, é bem complicado. Simplesmente, todos os botões têm utilidade. Para contornar parte do problema, há um tutorial que explica cada uma das funções de forma didática.

Depois, é hora de cair na guerra propriamente dita. Desta vez, a ordem para fazer as missões é livre. Ou quase. A primeira fase é sempre a mesma, mas, depois, aparece uma leva de operações para escolher. Terminadas todas, uma outra série fica disponível. Ao todo, são 18 regiões que você e sua tropa vai percorrer, com boa variedade de terreno e clima, apesar de o país ser pequeno. Para tentar prolongar a vida útil da campanha, as fases já terminadas podem ser rejogadas com objetivos diferentes.

Conflito em várias frentes

As tarefas a serem cumpridas em cada região são variadas, como é de praxe na franquia, tentando fazer com que as situações nunca se repitam. Há objetivos de resgate, eliminação de oponentes, obtenção de informações para o setor de inteligência, reconhecimento de situação, e por aí vai. A missão começa com alguns objetivos revelados, mas outros são apenas conhecidos no decorrer da operação ou explorando o mapa.

Um recurso interessante é o cross talk, que faz as versões "Combined Assault" e "Fireteam Bravo 2" se integrarem, através do cabo USB. Há determinados objetivos nas fases - eles levam o nome de cross talk - que fazem modificar a contraparte. Por exemplo, a missão Winterblade do PlayStation 2 e a Eagle's Nest do PSP, as primeiras de cada uma das plataformas, acontecem na mesma região. Quando o time de "Combined" elimina todos os inimigos de uma determinada área, a tropa de "Fireteam Bravo 2" encontrará menos oponentes na missão. E o contrário também acontece. As mensagens de rádio trocadas pelos times reforçam a idéia de que as duas missões estão acontecendo ao mesmo tempo.

Além disso, essa troca de dados pode desbloquear novos personagens, equipamentos, vídeos, músicas e outros extras. Não é nada que afete drasticamente a experiência de jogo, mas é um bônus interessante para quem comprou as duas versões.

Não vá com sede ao pote

Se a versão para PSP é focada na ação, seja pelo fato desse estilo combinar mais para um portátil e também pela conseqüência da introdução da mira automática, a edição para o PlayStation 2 segue a tradição, que recomenda um estilo mais estratégico de jogar. É que o jogador é avaliado por ser furtivo e também por tentar provocar menos mortes que o necessário. Além disso, o confronto franco costuma ser o caminho mais rápido para a tela de "game over", tal a ferocidade dos oponentes nessa situação. Realista, poucos tiros bastam para levar você ou um companheiro ao chão.

Os mapas são bem mais abertos que a edição para PSP. Em "Combined Assault" há diversas opções de rotas e o terreno acidentado promove uma ampla gama de estratégia. Posicionar-se em locais privilegiados proporciona uma grande vantagem durante os confrontos.

Em geral, você vai avançando aos poucos, tentando avistar os inimigos de longe. Andar pelas sombras e devagar ajuda a se aproximar sem que os adversários percebam. A melhor maneira de combater em local aberto é usando o rifle de com mira telescópica, pois muitos dos oponentes não têm armas de longo alcance. Quando a guerra for urbana, melhor optar por espingardas ou usar para táticas de invasão, como derrubar a porta ou usar um granada de flash. Como se vê, a batalha começa pela escolha dos equipamentos na tela de briefing.

Burros como portas

O jogador controla uma tropa de quatro integrantes, como sempre. Boa novidade é que o sistema de dar ordens aos subordinados está melhor que nunca. Há um botão que traz todos os comandos possíveis e quem (ou quais subgrupos) deve executá-los, mas o sistema simplificado, sensível ao contexto, que usa apenas o botão R2 e a mira para indicar os comandos, funciona muito bem. Até melhor que dar instruções pelo headset.

Pena que a inteligência artificial dos companheiros não acompanha a elegância do mecanismo de ordens. A parte mais grotesca é quando eles não acham o caminho para um determinado ponto. Eles não percebem que tem que contornar certos obstáculos e o resultado é um "boneco" correndo contra a parede. Eles são bons combatentes, mas muitas vezes você acaba fazendo grande parte das tarefas, por questão de eficiência. Pelo menos, eles sabem se cuidar, e não são abatidos facilmente.

Os inimigos também não são lá muito espertos. Quando eles vêem o seu grupo, são implacáveis. Mas de longe, mantém um comportamento impensável para um humano de verdade. Mesmo que um companheiro tenha sido abatido, eles não procuram abrigo. Olham para os lados e se mexem de um lado para outro, mas nada de se proteger. Assim, fica fácil.

Ação entre amigos e inimigos

Mas o jogador não precisa se preocupar com a inteligência artificial, pelo menos a de seus aliados, quando estiver usando a grande novidade desta edição: o multiplayer cooperativo online. Assim, cada um dos soldados do grupo pode ser controlado por um jogador. Assim, a diversão fica maior. Um dos poucos senões é que as missões de campanha, principalmente aquelas quando se joga a fase pela primeira vez, não foi pensando para essa modalidade, pois há pouco espaço para a ação dos quatro ao mesmo tempo. Mas há as missões de replay para compensar isso. O desempenho dos servidores é bom, visto a experiência da Zipper Interactive em implementar funções online do PlayStation 2.

Essa excelência também está no multiplayer competitivo. No entanto, há poucas novidades aqui. Na verdade, é igual a "SOCOM 3", tanto que é compatível com o antecessor, ou seja, usuários de "Combined Assault" podem jogar com quem tem o terceiro episódio. São as mesmas sete regras de jogo e os 12 mapas do game do ano passado. A única adição são dez mapas novos e, estes, claro, só podem ser acessados por quem tem "Combined". Pelo menos, a modalidade continua sendo muito divertida, permitindo até 32 pessoas ao mesmo tempo. Os novos mapas mantêm a qualidade dos anteriores.

Música de filme, gráficos, nem tanto

O visual continua bom, mas não evoluiu muito desde o ano passado e mostra sinais da idade. Ainda é bonito, com muitos objetos na tela e dá para ver bem longe, mas se nota certa degradação, reforçada pelos exemplos de belíssimos gráficos produzidos pela nova geração de consoles. Mas a produtora compensou com um design de fases instigante, trazendo vários acidentes geográficos para os mapas. Além disso, há muita variação de cenários entre as fases.

Para obter uma classificação etária mais favorável, a produtora cortou o sangue nesta edição, mas, definitivamente, não faz nenhuma falta. Os efeitos visuais estão caprichados, principalmente as explosões. Os modelos dos soldados estão decentes, mas tem uma animação um pouco desconexa.

A trilha sonora é excelente, uma típica música para filmes de guerra. Um dos destaques é a composição de abertura, que evoca o triunfo. A sonoplastia não chega a tanto, mas é de alta qualidade, mesclando barulho de tiros e explosões. Há dublagens no decorrer de toda a campanha, vindo da coordenação da missão. Às vezes, você também se comunica com o time Bravo.

Aposentando as armas

"SOCOM: U.S. Navy SEALs Combined Assault" não evoluiu muito em relação ao antecessor, mas mantém a qualidade que fez fama da série. Traz uma novidade excelente, o multiplayer cooperativo, e a campanha, mesmo para um jogador, oferece boa diversão. A parte competitiva é igual ao predecessor e, apesar de trazer mapas novos, quem já tem "SOCOM 3" não precisa de "Combined". No mais, "SOCOM" dá baixa com honras do PlayStation 2.

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    SOCOM U.S. Navy Seals: Combined Assault (Playstation 2)

    15 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Zipper Interactive
    Lançamento: 07/11/2006
    Distribuidora: Sony Computer Entertainment America
    Suporte: 1-32 jogadores, cartão de memória, multiplayer online
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