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PlayStation 2

Super Dragon Ball Z

14/07/2006

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
Jogos baseados no desenho animado "Dragon Ball" são produzidos desde a época do NES, em fins de 1986. Mas as versões de luta tête-à-tête saíram depois que "Street Fighter II" fez um enorme sucesso e inaugurou e era dos jogos de luta, um gênero que foi absoluto até meados da década de 90.

Pulando a história para o PlayStation 2, duas empresas já fizeram games de combate baseado na turma de Goku. Primeiro veio a Dimps, que produziu três "Budokai", depois, a Spike, com uma outra visão, lançou "Budokai Tenkaichi". Agora, duas personalidades importantes que trabalharam em "Street Fighter II" dão sua versão em "Super Dragon Ball Z".

Superlutadores de rua

Trata-se de um típico jogo de luta bem ao estilo arcade, que, aliás, é a plataforma que originou o game. A produtora Crafts & Meister optou por priorizar a essência do título como um jogo de luta, em vez de ser ditado pelas características da série original, que é o estilo de "Budokai Tenkaichi", por exemplo. Sendo assim, a impressão é de estar jogando um "Street Fighter EX", só que com personagens de "Dragon Ball Z".

Isso não é mera coincidência, pois faz parte da visão dos criadores do game. Um deles é Noritaka Funamizu, fundador da Crafts & Meister, que foi uma das peças-chave no desenvolvimento de "Street Fighter II". O outro é Akira Nishitani, designer do clássico e produtor de "Street Fighter EX", uma versão 3D do famoso jogo de luta.

É um jogo que oferece competição numa profundidade maior, permitindo diversas estratégias, ainda que não chegue a um nível de complexidade como um "Tekken" ou "Soul Calibur", sem citar "Virtua Fighter", que está num outro patamar.

Golpes vitaminados

O sistema de controle é relativamente simples, mas o que ele pode oferecer é mais amplo do que pode parecer à primeira vista. O principal está nos quatro botões principais, que servem para dois tipos de ataques básicos, defesa e o pulo/vôo. Combinando ataques básicos, obtêm-se seqüências de golpes.

Tal qual "Street Fighter II", há golpes especiais que são acionados com comandos específicos, como fazer, no direcional, um quarto de círculo partindo de baixo até a direção do oponente, seguido do botão de ataque. Isso é popularmente conhecido, entre os fãs de jogos de luta, como "comando Hadouken", por ser o movimento que aciona a bola de energia de Ryu de "Street Fighter II", que, de tão famoso, acabou sendo usado em um sem-número de games.

Como nos antigos games de luta, é possível fazer seqüências que partam de golpes básicos e terminem com esses especiais, mas também é possível, desde que tenha uma habilidade específica, seguir adiante, ligando com os supergolpes, que gastam barra de ki. Os outros golpes incluem arremessos, que têm a vantagem de ignorar a defesa.

Há outros tipos de movimentos como a corrida e os golpes que se acionam durante esse deslocamento rápido. Com o botão de ataque fraco, resulta num golpe que manda o oponente para o alto, permitindo ligar com golpes perseguidores (botões R1 e R2). Usando o ataque forte, o inimigo fica estatelado no chão, e o jogador também pode ligar com especiais ou supergolpes. A corrida e os golpes perseguidores gastam barra de movimento e não podem ser feitos por muito tempo em seqüência.

A quantidade de golpes não é muito grande, mas o suficiente para garantir lutas com altas doses de barganha e permitir boas seqüências. Como dito, "Super DBZ" apela para as lutas, sendo assim, os raios dos personagens têm função estratégica, e não são apenas uma demonstração visual.

Há uma faceta que tenta satisfazer os fãs da série, mas apenas se não interferir no equilíbrio do game. Há golpes bem vistosos, os chamados "Dragon Finishes", com direito a uma animação especial, que são ativados na hora da definição de um combate. Mas eles valem somente para alguns personagens, como Goku, e precisam de habilidades específicas. Alguns dos lutadores podem se transformar, mas, novamente, pelo bem do equilíbrio do game - e até contrariando a obra original - isso dura apenas um tempo.

Juntando as esferas do dragão

Analisando volume de conteúdo, "Super DBZ" fica bem abaixo das outras séries. Para começar, traz apenas 18 lutadores, incluindo os secretos. Para efeito de comparação "Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi" traz mais de 80 personagens, incluindo variações.

Os modos de jogos são básicos. Tem o Original, que veio do arcade, em que você derrota sete adversários seguindo uma breve história; o Z-Survivor, cujo objetivo é superar dez adversários, basicamente sem recuperar energia entre uma luta e outra; o Versus, para lutar contra um amigo ou computador, com direito a definir vantagens; e o modo de treino.

Porém, a produtora encontrou um jeito de prolongar a vida do game e ao mesmo tempo suprir, em parte, os poucos lutadores. No modo Customize, o jogador poderá criar e evoluir um personagem. Naturalmente, a base será um dos 18 disponíveis, mas com as diversas habilidades oferecidas poderá criar um lutador diferenciado.

A evolução acontece ao lutar nos modos Original e Z-Survivor. Ao vencer os combates, você ganha Battle Points, que define a força geral do lutador e experiência, que servem para destrancar diversas habilidades dos personagens. Cada um tem um esquema de "skills" específico e, como há bifurcações ou mais divisões, não é possível ter todas as habilidades. Essas escolhas geram personagens com configurações diferentes.

As lutas também podem dar esferas do dragão e, juntando sete delas, um desejo será realizado pelo dragão Shenlon, como no desenho. No caso do game, basta ir à opção Dragon Summoning e escolher um dos prêmios, que inclui habilidades - até as dos inimigos - e outros extras, como personagens secretos e novas roupas. As lutas do modo Original sempre fornecem esferas do dragão, enquanto na Z-Survivor, o ganho de Battle Points e experiência é relativamente maior, desde que chegue longe.

Cabelos digitais e espetados

O visual de "Super Dragon Ball Z" não empolga e a culpa são os cenários, que junta falta de polimento - carros quadrados, árvores que parecem feitas de papel - com a fidelidade ao desenho original, uma combinação que não deu muito certo. O desenho dos personagens, por outro lado, estão muito bons.

Porém, eles pecam um pouco na animação, dura e contida para os padrões de "Dragon Ball Z". A pouca fluidez se estende para os controles dos personagens. O game também é fraco no quesito destruição. Ao menos, os efeitos dos raios, principalmente os de versão super, estão bem exagerados, como devem ser.

A trilha sonora também imita a do desenho animado, ou seja, é para esquecer logo depois de desligar o game. Os combates soam autênticos, já que os mesmos dubladores do desenho repetem seus papéis no game. Uma das brincadeiras mais engraçadas é pedir para Shenlon trocar o narrador, normalmente a cargo de Goku.

Clube da luta

"Super Dragon Ball Z" tem uma filosofia diferente da série "Budokai" ou "Budokai Tenkaichi". Sendo um game dos "pais" de "Street Fighter II", a alma é de um jogo de luta e agrada mesmo quem não é fã do desenho, ainda que fique longe do nível de títulos mais sérios, como "Soul Calibur". Por outro lado, os fãs encontrarão muito mais conteúdo nas séries acima mencionadas.

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    Super Dragon Ball Z (Playstation 2)

    43 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Crafts & Meister
    Lançamento: 18/07/2006
    Distribuidora: Atari
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    RegularAvaliação:
    Regular

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