Robot Alchemic Drive

da Redação

Alguns jogos conseguem se destacar dos demais apenas com seu sistema de controle. Zone of the Enders fez exatamente isso, simulando as magníficas batalhas de robôs gigantes que são tão comuns nos desenhos animados. Robot Alchemic Drive tenta fazer quase o oposto: ao invés de sincronizar você com a grande criação mecânica, o jogo explora os problemas da interface entre usuário e máquina.

Para começar, o humano que você interpreta não está DENTRO do robô, mas rodeando a batalha... e portanto sensível ao destroços e até mesmo seu próprio autômato! É preciso alternar entre o controle da máquina e do humano para garantir a sobrevivência de ambos. Ao controlar o robô, a visão é a do pobre ser de carne e osso, então ele precisa ficar relativamente perto da ação.

Uma vez no módulo de controle do gigante metálico, o sistema simula um controle remoto rudimentar: os botões L e R dobram as pernas (com a sensibilidade analógica do Dual Shock 2) e os direcionais analógicos controlam os braços. Movimentos especiais podem ser executados com combinações inteligentes: dobre as duas pernas ao mesmo tempo e solte os botões ao mesmo tempo e seu robô pulará! Os botões triângulo e círculo podem ser usados para ataques com projéteis como mísseis e lasers.

O jogo não é apenas baseado em combates mano-a-mano: a trama progride com eventos pré-definidos espalhados pelos ambientes do jogo. Em um exemplo demonstrado pela Enix o protagonista encontra uma menina sobre um prédio, que pede ao herói para que este resgate sua avó. Ao chegar no local, outro robô gigante destrói a casa - iniciando mais uma seqüência não interativa.

Um dos destaques do game fica para o design dos personagens, feito por Toshihiro Kawamoto, famoso por Cowboy Bebop. Apesar de ser tão diferente, Robot Alchemic Drive tem tudo para ser um daqueles sucessos discretos.