XIII

da Redação

Muitos jogos já tentaram capturar o charme dos quadrinhos. Os resultados variam muito de um para outro, mas normalmente se apóiam sempre na Era de Ouro ou nos quadrinhos americanos modernos. Mas a Ubi Soft quer fazer algo um pouco mais cult: um jogo baseado em HQ europeu usando a técnica do Cel Shading (que dá aos jogos uma cara de desenho animado).

A apresentação é totalmente estilizada. Além de ver todos os personagens em cores contrastantes e contornados pela típica linha do filtro de Cel Shading, a equipe canadense da Ubi Soft quer caprichar no tratamento da ação. Grandes explosões, por exemplo, terão um BANG! escrito na tela, que salta em direção ao personagem. Esse tipo de efeito deve ser apenas um dos exemplos que aparecerão na versão final.

A trama do jogo é baseada nos primeiros cinco livros da série, e colocam você no papel de uma pessoa com amnésia em meio ao assassinado do presidente dos EUA na década de 80. Essa parábola de Kennedy não é gratuita, e tenta resgatar o sentimento público da época - algo que causou a raiva de todo um povo.

A única pista do assassinato é um vídeo caseiro. Você acorda em uma praia sem nenhuma memória e uma tatuagem que diz 'XIII'. O jogo traz outros três personagens importantes: uma lutadora de artes marciais e defensora de XIII chamada Jones, um homem com apenas um braço que acusa XIII do crime, Amos, e o militar encarregado de resolver o crime, Carrington.

O produtor do jogo deixa claro que, além do visual inconfundível dos quadrinhos europeus, ele quer deixar de lado o realismo em função da diversão e do estilo. Mesmo assim, um dos maiores cuidados na produção está na criação de uma AI avançada para seus oponentes, aumentando ainda mais a tensão de "XIII".