Produtora de "Mortal Kombat" decreta falência

da Redação

A produtora Midway Games, famosa pela série "Mortal Kombat", entrou com um pedido nos termos do capítulo 11 da Lei de Falência dos Estados Unidos. Com isso, a produtora poderá apresentar um plano de reorganização para os credores, em vez de simplesmente ser liquidada.

O pedido era apenas uma questão de tempo, desde que a companhia trocou de mãos em dezembro do ano passado, quando Sumner Redstone vendeu seus 87% de participação na Midway para um investidor privado.

As dívidas da Midway somam US$ 240 milhões, US$ 72,5 milhões a mais que todo o patrimônio da companhia em setembro de 2008. No entanto, Matt Booty, executivo-chefe da companhia, lembra que o valor da companhia aumentou, devido aos títulos de sucesso lançados recentemente, casos de "Mortal Kombat vs. DC Universe", que teve dois milhões de cópias distribuídas, e "TNA Impact!", com um milhão de cópias enviadas às lojas. Além deles, a franquia "Game Party" acumula três milhões de unidades.

"Estivemos focado em realinhar nossas operações e melhorar nossas execuções, e esse pedido vai nos aliviar da pressão imediata de nossos credores e dar tempo para uma exploração ordenada de nossas alternativas estratégias", afirmou Booty.

Decisão acertada

Todd Greeenwald, analista da Signal Hill, vê a situação com otimismo. "Esses pedidos tendem a ser razoáveis e lentos, e os negócios podem prosseguir normalmente enquanto corre o processo de falência, então, prevejo que os games vindos nos próximos dois ou três meses estejam a salvo, e isso pode incluir 'The Wheelman'", afirmou ao site GameSpot. "Sobre a companhia se recuperar no longo prazo, eu certamente tenho essa esperança, mas não posso dizer nada com certeza. No entanto, o fato de a Eidos receber uma oferta da Square Enix é potencialmente um bom sinal".

Seu colega da Wedbush Morgan, Michael Pachter, tem opinião semelhante. "Os credores decidirão, mas meu palpite é que a Midway será recapitalizada (os credores transformarão as dívidas em ações) e conseguirá novo financiamento para se recuperar ou para ser vendida", explica. "Uma companhia funcionando é muito melhor que uma liquidação, pelo fato de os talentos irem embora se isso acontecer. Veja o que aconteceu com a Acclaim, 3DO e Interplay, que não sobrou nada depois de liquidação, em contraste com a Eidos, que teve uma oferta de 84 milhões de libras esterlinas na mesa. O credores têm que perceber que podem ganhar US$ 100 milhões ou mais se conseguirem virar o jogo".