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PlayStation 3

Lair

14/09/2007

LEANDRO RODRIGUES
Colaboração para o UOL
Controlar um enorme dragão em meio batalhas gigantescas. Esta foi a grande promessa de "Lair" desde o seu anúncio. Tudo fica ainda mais atraente quando por trás disso está a Factor 5, empresa responsável pela excelente trilogia "Star Wars: Rogue Squadron". Durante meses, não pararam de pipocar vídeos e imagens pela internet, demonstrando o quanto seria bom controlar o gigante ser. Ao menos, era o que parecia, até entrar o Sixaxis, controle que acompanha o PS3, no meio do caminho.

O dragão indomável

Lair conta à história que todos viviam em grande harmonia até que os vulcões adormecidos acordaram. Rios repletos do liquido quente se espalharam dividindo os povos e formando sociedades distintas. É nesse ponto da história que surgem os Mokais e os Asylians. Os Mokais formaram uma sociedade baseada na força e no domínio do fogo. Já os Asylians, tornaram-se o berço da cultura e do conhecimento, espalhando luz em um mundo tomado pela escuridão. Temendo a inveja dos Mokais, os Asylians passaram a confiar na coragem de sua tropa voadora, conhecida como os Sky Guards. Esse grupo tem como objetivo proteger os muros da sociedade contra invasões e manter o controle das terras. No jogo, você controla um dos membros desta tropa aérea.

Não se sabe ao certo se foi por imposição da própria Sony ou por decisão da Factor 5, mas em algum momento alguém determinou que tudo em "Lair" deveria ser controlado pelo sensor de movimentos do Sixaxis. O resultado é, no mínimo, desastroso. Nos cinco minutos iniciais, as coisas funcionam bem e com pouco treino já é possível se adaptar aos controles básicos. Os problemas só aparecem quando as batalhas começam. É nesta hora que você descobre que para dar um giro de 180 graus com o dragão é necessário dar um tranco com o controle para trás, praticamente o mesmo comando utilizado para elevar a altura do escamoso. Ou então movimentar rapidamente o Sixaxis da esquerda para a direita para acertar alguns inimigos voadores.

As coisas só pioram quando você precisa usar vários desses movimentos para encontrar e perseguir um inimigo. Se perder é algo que acontece constantemente, não só pela falta de precisão do controle, mas sim pela total ausência de um mapa ou um simples radar. A única ajuda disponível é a de uma minúscula seta, localizada no canto direito superior e que deveria indicar a localização do seu próximo objetivo, mas que normalmente só aponta para o meio do nada.

Mas não é só no ar que as brigas correm soltas. Em determinados momento é possível pousar o seu gigante e dizimar tropas inteiras, tudo com o auxilio de baforadas ou então com golpes da enorme cauda do dragão. Este último também pode ser acionado com movimentos do SIXAXIS, feitos da direita para a esquerda. Estas batalhas terrestres são momentos raros e normalmente curtos. Infelizmente não chegam a empolgar, mas servem para quebrar um pouco a rotina de voar e atirar.

Repleto de maquiagem

A exemplo dos controles, que funcionam bem só no começo da aventura, os gráficos também surpreendem, por pouco tempo. As seqüências não interativas do jogo são simplesmente arrasadoras, mas a partir do momento que tudo passa a ser controlável, a coisa fica bem menos impressionante.

Para começar, "Lair" é um dos poucos jogos que rodam em 1080 linhas progressivas, mas o que poderia ser um grande trunfo, na verdade se tornou outra dor de cabeça. O game roda a 30 quadros por segundo e mesmo assim ainda sofre com violentas quedas de taxa, o que causa aquela incômoda sensação de lentidão. Talvez se a produtora tivesse optado por deixar tudo rodando em 720 linhas progressivas, tais problemas não ocorressem. Ao menos alguns efeitos visuais são destacáveis. Um bom exemplo são as explosões das catapultas em alto mar, que formam várias ondas no mar.

Em meio a tantos problemas alguns fatores salvam "Lair" de uma decepção total. O primeiro é a excelente trilha sonora, composta pelo renomado John Debney, autor de trilhas para Hollywood, entre ela a do filme "Sin City". O outro é a possibilidade de controlar todo o jogo por meio de um PSP. Basta acessar a opção remota de ambos os consoles e sair jogando, porém neste modo também entram duas curiosidades: primeiro, em nenhuma parte do manual essa função é mencionada e, depois, a outra é que como já era de se esperar, faltam botões no portátil da Sony para desempenhar todos os comandos, ou seja, vale como curiosidade.

CONSIDERAÇÕES

"Lair", uma das grandes apostas da Sony, foi um verdadeiro tiro no pé. Seja por imposição da própria dona do PS3 ou por um surto de loucura da produtora, a decisão de utilizar o sensor de movimento do Sixaxis como o principal recurso do jogo, foi um grande erro. Somando isso ao fato do jogo custar quase U$ 60 o melhor é tentar consegui-lo emprestado, só para matar a curiosidade.
Leandro Rodrigues é redator da revista "Dicas & Truques" para PlayStation. Também colabora com as revistas "Game Master", "NGamer" e "Revista oficial do Xbox 360", todas publicações da Editora Europa.

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    GALERIA

    Lair (Playstation 3)

    69 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Factor 5
    Lançamento: 28/08/2007
    Distribuidora: SCEA
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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