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PlayStation 3

MotorStorm: Pacific Rift

10/11/2008

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
O "MotorStorm" original foi um dos primeiros sucessos do PlayStation 3 nos Estados Unidos, lançado em março de 2007. O jogo convenceu com sua mecânica sólida e altamente destrutiva, mas ficou a impressão de que faltava recheio, provavelmente pela pressão de a Evolution Studios ter que aprontar o título para a estréia do console de atual geração da Sony.

Agora, com "Pacific Rift", o game finalmente consegue entregar um pacote completo. Sim, o novo "MotorStorm" não representa uma evolução em relação a seu antecessor, pois a mecânica de jogo está praticamente igual, mas traz o dobro de conteúdo. De oito pistas passou para 16, e há uma modalidade para um jogador extensa e cheio de recompensas (só carece mesmo de uma "história", um pano de fundo para servir de motivação para o jogador mergulhar no mundo do ferro retorcido de "MotorStorm").

Corrida no paraíso

O cenário agora é uma ilha paradisíaca, mas as corridas travadas aqui são infernais. A lama e os pedregulhos ainda estão por todos os lados, mas há muito mais perigos desta vez. As pistas são temáticas, divididas entre os grupos terra, ar, fogo e água. Os circuitos do primeiro conjunto se caracterizam pelos cenários cheios de verde, em trilhas no meio da floresta, o que significa menos visibilidade, enquanto no segundo grupo estão as pistas com muitas rampas. O agrupamento do fogo é um dos mais radicais, com corridas que acontecem perto - muito perto - de um vulcão ativo. Por fim, as corridas da água se passam geralmente na beira da praia e seus arredores.

Correndo pelo mundo
Terra, ar, fogo e água também são elementos cruciais na estratégia dos pilotos. Assim, como no primeiro "MotorStorm", "Pacific Rift" é uma corrida de categoria mista, em que participam desde motos até caminhões, passando por Monster Trucks (aquelas caminhonetes com rodas enormes), uma novidade desta edição. Ou seja, cada tipo de veículo tem sua fórmula de sucesso diferenciada para cruzar a linha de chegada em primeiro lugar: os veículos mais leves se beneficiam de locais mais secos e rampas, enquanto os pesadões lidam melhor com terrenos acidentados, como aqueles cheios de lama.

O fogo e a água são alguns dos novos obstáculos do game e interferem diretamente na utilização do nitro, aquela velocidade extra que os pilotos se beneficiam ao jogar combustível extra no motor. Mas o recurso precisa ser utilizado com parcimônia, pois ao ultrapassar certa temperatura, o carro explode. Locais com chamas certamente representam perigo, mas geralmente significam caminhos mais curtos. O calor em si não faz explodir o carro, mas faz com que a temperatura aumente mais depressa ao usar o nitro. A água, por sua vez, faz a refrigeração acontecer mais rápido, mas as poças diminuem a velocidade dos veículos leves. Locais mais fundos só podem ser ultrapassados com carros cujas cabines são altas. Esses elementos garantem com que cada veículo tenha opções únicas de estratégia.

Pistas radicais

As motos e os quadrículos ATV são, naturalmente, os veículos mais velozes e ágeis, capaz de utilizar pistas estreitas, e ideais para quem gosta de saltos radicais. Com podem se abaixar e pular por conta própria, pode explorar caminhos impossíveis para outros carros. Por outro lado, são muito frágeis, e algumas pedras na pista podem levar a um grande acidente. Também precisa manter muita distância dos outros veículos, que não vão perder a chance de atacar e tirar vantagem do peso.

Uma competição para poucos
Já os caminhões e Monster Trucks são verdadeiros tanques, que passam por cima de quem e o que estiver a frente: carros, barricadas e portões não impedem esses pesadões. Mas, como é de se imaginar, são lentos, tanto para correr como para virar, e, por isso, exigem mãos hábeis. Mas a falta de velocidade pode ser compensada usando atalhos que não podem ser aproveitados por outros veículos. E, entre essas quatro categorias de veículos estão os intermediários, de buggies a caminhões leves, que estão entre os mais fáceis de manobrar.

Os elementos que fizeram a fama do primeiro "MotorStorm" estão intactas. A mecânica do game é típica de fliperama, com velocidade quase absurda, além de poder fazer "drifts" extensos nas curvas. Mas essa agilidade é necessária, pois algumas pistas são insanas. Em Sugar Rush, por exemplo, corre-se no meio de uma plantação de cana-de-açúcar, passando por dentro de galpões e outras instalações, com direito a rampas e "pistas" sobre o telhado.

E, novamente, o projeto das pistas é algo elogiável. Não apenas pelos belíssimos cenários, mas pela grande opção de rotas, algumas óbvias, outras nem tanto. Com isso, a Evolution conseguiu circuitos eletrizantes (algumas até parecem montanhas russas, de tão inclinada que é a pista) e competitivos, pois cada tipo de veículo possui pistas que lhe é vantajoso. É claro que, dependendo da prova, um carro pode ser melhor que o outro, mas, numa corrida tão imprevisível como a de "MotorStorm", regido por uma simulação de física robusta, essas vantagens acabam não sendo determinantes.

Mas a física também pode ser motivo de frustração. Às vezes, o jogador pode avaliar que seja rigorosa demais, principalmente numa situação em que um obstáculo mínimo leva ao capotamento. De fato, os critérios para que o jogo julgue uma situação como sendo um acidente parecem até um pouco arbitrários. Mas é só impressão, afinal, quem está por trás disso tudo é uma máquina (e, não, o árbitro de "Pro Evolution Soccer" não marca apenas as faltas para o adversário). Uma coisa que parece ter piorado em relação ao antecessor, são as cenas de batidas, mas a impressão é que foram atenuadas, pois no primeiro "MotorStorm" eram bem violentas.

Pacote maior

Desta vez, as modalidades estão mais variadas. O modo de "campanha" no game atende pelo nome de The Festival, que é uma seqüência de corridas com várias regras. Algumas são provas simples (Race), mas também existem competições do tipo Speed, em que é preciso passar por "checkpoints" dentro de um tempo estabelecido e serve para ensinar as supostas melhores rotas para cada um dos veículos, e as do tipo Eliminator, que, de tempos em tempos, o último colocado é tirado a força da corrida. Há um sistema de ranking em que cada primeiro lugar obtido nas corridas vale cem pontos (e 75 para o segundo e 50 para o terceiro colocado) e, na medida em que sobe na classificação, o jogador libera novos carros e pilotos. As corridas podem ter objetivos paralelos, como terminar dentro de um tempo-limite ou um número de capotagens. Isso libera outras provas.

Conheça os veículos
No entanto, a exemplo do antecessor, são as provas multiplayer que devem divertir mais. Agora, com 12 oponentes, as corridas estão mais malucas que nunca. Lembre-se que cada competidor não quer apenas chegar em primeiro lugar, mas também quer fazer isso jogando "sujo", fazendo "jogo de corpo" (a exceção são as motos, que só podem atacar outras motos e ATVs, no melhor estilo "Road Rash"). E o mecanismo online funciona muito bem, sem "lags" que arruínem as partidas. O sistema sempre tenta casar aqueles com conexões rápidas entre si, mas o jogador pode optar por priorizar isso, escolhendo a opção "Best Quality". Mas, como sempre, o ideal é jogar contra adversários no próprio Brasil, montando uma lista de amigos. Desta vez, "MotorStorm" também traz uma opção multiplayer local, com tela dividida, para até quatro jogadores.

O visual de "MotorStorm" é excelente, mostrando cenários complexos e exuberantes. E a sensação de velocidade é grande, graças às animações suaves e estáveis (é raro acontecer uma queda na taxa de quadros). Por outro lado, as texturas se mostram grosseiras quando vistas de perto e os efeitos especiais, principalmente de água, são primários. O.k., são detalhes que não interferem em nada a diversão. O som segue a linha radical do título, e nomes consagrados como Nirvana, Queens Of The Stone Age e David Bowie fazem muito barulho ao lado de bandas novas como The Planets.

CONSIDERAÇÕES

"MotorStorm: Pacific Rift" está mais para uma expansão do primeiro game: não houve evolução na mecânica de jogo - que já era ótima, por sinal -, mas trouxe, desta vez, mais conteúdo. Isso se traduz em mais pistas (são 16 agora, o dobro do antecessor), modalidades de jogos mais completas e robustas, e um multiplayer local para quatro jogadores (o online aceita 12 pessoas). Assim, finalmente, pode-se aproveitar por inteiro as corridas malucas de "MotorStorm".

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    MotorStorm: Pacific Rift (Playstation 3)

    129 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Evolution Studios
    Lançamento: 28/10/2008
    Distribuidora: Sony Computer Entertainment
    Suporte: 1-12 jogadores, multiplayer online
    RecomendadoAvaliação:
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