Na semana passada, o
UOL Jogos participou da pré-estreia de "God of War III", que aconteceu em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Exclusivo para PlayStation 3, o game encerra a trilogia de aventuras do anti-herói Kratos, um violento guerreiro espartano que busca vingança contra os deuses do Olimpo. A série já teve dois episódios principais no PS2 e um para o portátil PSP, vendendo milhões de unidades em todas as plataformas. Os jogos buscam inspiração em diversos mitos gregos e apresenta combates empolgantes e violentos assim como quebra-cabeças para resolver.
Com lançamento internacional marcado para dia 16 de março, "God of War III" chega ao Brasil no mesmo mês, em dia ainda indefinido, com caixa e manual em português e custando R$ 199.
Na pré-estreia foi possível conversar com os principais produtores do game mais aguardado do ano para o console e ainda jogar os 45 primeiros minutos da versão final. Para completar, a Sony ainda convidou
UOL Jogos para conhecer o estúdios da empresa em Santa Monica, onde foram criados os principais episódios da franquia "God of War".
Épico de grandes proporções A parte do jogo que foi permitida jogar no evento correspondia à primeira grande batalha contra chefe, o equivalente às batalhas contra a Hidra no primeiro "God of War" e o Colosso de Rodes em "GoW II". E vale destacar: não se tratava de uma demonstração com o trecho, mas sim a versão final da aventura, já que um integrante da organização do evento abordava os jogadores em certo momento falando que aquilo era tudo.
A vontade era não atender o pedido e continuar jogando sem parar. Logo os primeiros minutos de "God of War III" dão o tom da jornada e rebatem as críticas que diziam que se trata "apenas de mais um 'God of War', só que em alta definição". Como os produtores pontuaram em todas as entrevistas, a escala épica é a grande inovação do game.
Kratos começa a luta final contra os deuses gregos andando de carona nas costas da titã Gaia, que escala o Monte Olimpo, e logo tem de enfrentar hordas de inimigos que pulam na criatura. Conforme se enfrenta os monstros, o cenário se movimenta - afinal, é uma criatura viva. Em certo ponto, a câmera se afasta de Kratos para mostrar em detalhes a gigante escalando e ainda outro titã passando ao lado. Isso tudo com gráficos em tempo real e sem a luta parar, ou seja, o jogador continua no controle de Kratos.
Após percorrer o braço de Gaia acontece o primeiro embate contra um mini-chefe, o Leviatã, criatura mitológica que aqui tem cabeça de cavalo e patas de caranguejo. O inimigo é muitas vezes maior que Kratos e ainda assim é apenas um detalhe a mais no braço de Gaia - ângulos de câmera inteligentes durante a luta fazem questão que você perceba isso.
Conforme a luta avança, o monstro agride Gaia que grita em dor e levanta o braço, causando mudança total de cenário e colocando o herói para lutar de cabeça para baixo e posteriormente em uma escalada vertical.
A sequência termina com Kratos saindo de Gaia para então explorar parte das cavernas do Monte Olimpo, onde o jogo assume uma postura mais tradicional sem perder a qualidade. Hordas de inimigos são intercaladas por partes de pulos em plataformas e quebra-cabeças. Tudo soa familiar, mas com pequenos detalhes que enriquecem a experiência, como o sistema de combate mais flexível (com agarrões mais versáteis), a possibilidade de girar blocos ao empurrá-los e o fato de que o sangue jorrado de inimigos agora mancha o corpo de Kratos.
A empreitada é pontuada por novas investidas do Leviatã e culmina com Kratos voltando para Gaia e encarando Poseidon, o deus dos mares, um chefe imponente e gigantesco, que possui diversos Leviatãs como parte de sua estrutura. A mecânica é tradicional, exigindo uma ordem certa de ataques com trechos de Quick Time Events (QTE, em que se aperta botões específicos em momentos pedidos pelo jogo) e desencadeando belíssimas sequências de ação pré-roteirizadas. Um esquema que não foge do que vimos nos "GoW" anteriores, mas, novamente, impressiona pela escala épica. Você controla Kratos, que é o menor dos elementos na batalha e ainda assim desempenha um papel fundamental e causa imenso estrago, o que é muito divertido e recompensador.
Estante exibe prêmios conquistados por "God of War" no estúdio da Sony em Santa Mônica, nos Estados Unidos |
Para encerrar, uma das sequências mais brutais e impactantes já vistas na série: Kratos finaliza Poseidon com uma sessão de espancamento que o jogador acompanha pela própria visão do inimigo - algo que os produtores chamaram informalmente de "First Person Kill" (morte em primeira pessoa).
Kratos em português? Na visita aos estúdios em Santa Monica, os produtores John Hight e Bruno Velazquez demonstraram um nível mais adiante, situado cerca de 3 a 4 horas após o início do game, em que Kratos explora cavernas e enfrenta diversos inimigos - incluindo alguns que retornam do primeiro "GoW". O trecho mostra armas novas já conhecidas, como a cabeça de Helios que serve como lanterna, e termina com outro imenso chefe: um escorpião com patas que parecem feitas de cristal.
Após a cena, os produtores mostraram a abertura do game com dublagem e legendas em português de Portugal, opções presentes na versão europeia de "God of War III". O
UOL Jogos entrou em contato com a Sony do Brasil, mas até a publicação deste texto não havia obtido resposta se a versão do jogo lançada no Brasil contará também com tais opções.
* O jornalista viajou a convite da Sony do Brasil.