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Call of Duty: Roads to Victory

11/04/2007

da Redação
Da tríade dos jogos de tiro baseados na Segunda Guerra Mundial, apenas "Call of Duty" ainda não havia se apresentado aos pelotões do PSP (os outros dois são "Medal of Honor", publicado pela Electronic Arts, e "Brothers in Arms", lançado pela Ubisoft). Mas, o destino de "Roads of Victory" é, em maior ou menor grau, similar ao que aconteceu com os seus pares: teve sua experiência reduzida no portátil da Sony.

A série "Call of Duty" sempre apostou num estilo cinematográfico para representar a ferocidade de uma guerra. Mas, para isso, exige uma quantidade brutal de processamento - algo que o PC e o Xbox 360 podem oferecer de forma abundante. O PSP, assim, limitaria a capacidade de "dramatização", mas a produtora Amaze conseguiu fazer um bom trabalho nessa área. A grande dívida ficou mesmo com os controles, um problema estrutural do aparelho, pelo menos para jogos como este.

Quase pronto para a guerra

"Call of Duty: Roads to Victory" é um jogo de tiro em primeira pessoa. A série de notabilizou por "inserir" cinematograficamente o jogador dentro do game, através de dramatizações: personagens coadjuvantes seguem um roteiro específico e interagem com o protagonista. Isso é mantido no PSP, mas, naturalmente, não com a mesma intensidade que nas versões para PC ou consoles (o Xbox 360 e o PlayStation 3, principalmente).

O principal motivo de a experiência dramática ter diminuído se deve ao fato da falta de caracterização dos personagens. A individualidade não é explorada (no máximo aparecem seus nomes); todos parecem clones uns dos outros. O jogador apenas tem uma vaga idéia do protagonista. Parece mais um soldado genérico. Assim, o próprio contexto acaba aparecendo mais que os personagens: o game retrara algumas das principais operações militares dos Aliados na Segunda Grande Guerra (a primeira é a Operation Avalanche, que começa em Salerno, Itália).

Fora de controle

É sabido que muito dos jogos para PSP se aproxima, em sofisticação, de games para consoles, mas deixa a desejar no controle - não por uma falha de programação, mas pelo projeto de hardware do aparelho. A falta de um segundo direcional analógico (e de botões) faz com que as produtoras tenham que fazer um malabarismo para incluir todos os movimentos de um personagem.

Nesse sentido, a Amaze fez o que pode. Há quatro esquemas de controles, mas nenhum deles satisfaz plenamente. A opção padrão parece a que mais permite mais liberdade (deslocamento no direcional e mudança de visão nos botões principais). É uma pena não haver uma opção que inverte essas funções (controle de câmera no direcional), para ficar similar a "Turok" para Nintendo 64, que funcionava bem.

O grande problema é que a velocidade do protagonista deixa a desejar. Ele é lento para andar e principalmente para virar. Talvez seja por isso que os oponentes sejam tão desprovidos de inteligência (muitas vezes eles não percebem que você está a poucos metros adiante).

Isso faz com que o desafio seja determinado primordialmente pela opção de mira automática, e não na escolha do nível de dificuldade. Sem a mira automática, o game fica muito mais difícil. Os controles até funcionam bem nos deslocamentos, mas é mais traumático para colocar o alvo no lugar desejado.

Por outro lado, atirar com a mira automática é quase garantia de acertar o oponente. Com certas armas (como a M1 Garand e os rifles de longo alcance), a retícula pode grudar num oponente que esteja no canto da tela. É possível ajustar a eficiência dessa ajuda, mas mesmo assim, parece que retira muito das "obrigações" do jogador. Afinal, se o jogo faz tudo sozinho, qual o papel do usuário?

O 'bug' é mais forte que a bomba

Nem só de tiroteios "comuns" vive "Call of Duty". As missões trazem variedade de ação: usar o binóculo para orientar o ataque de seus companheiros, pegar e entregar documentos, utilizar artilharias fixas e destruir blindados pesados com a bazuca são algumas das situações encontradas em "Roads to Victory". Nada disso é muito original, mas serve para não tornar a aventura monótona. Uma das melhores partes acontece dentro de um bombardeiro, em que o jogador precisa usar diversas artilharias para derrubar os aviões nazistas.

Há problemas graves em "Roads to Victory". De vez em quando, os controles parecem responder mais lentamente. Mas o pior são os erros que congelam o jogo. Quando isso acontece, a única opção é lamentar e recomeçar a fase perdida.

O jogo é curto. As 14 missões, divididas pelas campanhas dos americanos, ingleses e canadenses, duram cerca de cinco horas. O replay só serve para os perfeccionistas, que querem fazer tudo com a cotação máxima, ou seja, a medalha de ouro. Para esses, há recompensas a mais, mas é difícil considerar como algo que valha a pena. A maioria dos materiais bônus - como dados de armas e veículos - é liberada simplesmente ao passar de fase.

O multiplayer também tem data de validade limitada. As modalidades são conhecidas, como a Capture the Flag, Deathmatch, King of the Hill ou a Hold the Flag (e as variantes de equipe dessas regras). As partidas comportam até seis pessoas, mas apenas em rede local. Não há online ou game sharing (multiplayer com apenas uma cópia do game).

Média produção

O visual de "Roads to Victory" é competente. Há texturas de pouca resolução ou ambientes simples em algumas partes, mas, no geral, tudo é bastante detalhado. O clima de guerra vem principalmente pelo fato de, a todo instante, acontecer algo na tela, sejam explosões, tiros ou a gritaria dos que participam dos combates. Ver seus companheiros sendo baleados também é uma constante.

O som era uma das principais qualidades da série, mas a edição para PSP perdeu bastante em relação aos consoles. A sonoplastia e as dublagens perderam potência e fidelidade (é um som mais "ralo"). As músicas estão ótimas como sempre, mas aparecem muito pouco: durante a ação, a inserção é apenas incidental. Não há problema em ser assim, mas tem partes que fica um vazio sonoro.

Patente baixa

CONSIDERAÇÕES

O PSP definitivamente não é a plataforma ideal para "Call of Duty: Roads of Victory". A produtora se esforçou em trazer a dramaticidade das versões "grandes" para o portátil, apesar das limitações do aparelho. O grande problema são os controles, cujo funcionamento necessita de uma mira automática para cobrir as falhas. Os erros de congelamento também é um revés. Ainda assim, pela variedade e intensidade da ação, é capaz de entreter os fãs de uma guerra virtual, mas frisa-se que tem um prazo de validade pequeno.

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    Call of Duty: Roads to Victory (PSP)

    21 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Amaze Entertainment
    Lançamento: 13/03/2007
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1-6 jogadores, cartão de memória
    RegularAvaliação:
    Regular

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