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Ratchet & Clank: Size Matters

23/02/2007

da Redação
Ao lado de Jak e Daxter, Ratchet e Clank são algumas das mascotes que representam as plataformas da Sony. Depois de várias edições para PlayStation 2, agora é a vez do PSP receber essa animada turma. Primeiro veio Daxter, que estrelou um game próprio - ele era coadjuvante na série "Jak" - e foi um dos primeiros títulos para o portátil a ter uma produção tão esmerada quanto a de um jogo para um console de mesa.

"Ratchet & Clank: Size Matters" segue a mesma trilha de qualidade. Feito pela High Impact Games, fundada por funcionários da Insomniac, produtora da série original, o título para o portátil traz toda a essência da franquia, e reúne os melhores recursos já empregados até agora.

Assim como os antecessores, "Size Matters" é uma mistura quase única de game de plataforma, típico daqueles estrelados por mascotes, com uma mecânica de combate, principalmente de tiros. Como sempre, as armas são as estrelas principais, e algumas delas são bem malucas. Completam o pacote um monte de itens escondidos e minigames.

Maluquice sob controle

Herói que é herói não tem paz nem quando está de férias. A dupla estava na maior tranqüilidade quando uma garotinha chamada Luna pede para Ratchet mostrar algumas de suas habilidades - e isso serve de desculpa para o tutorial que vem logo a seguir -, mas logo ela é raptada por seres misteriosos. Um artefato leva os dois e redescobrirem uma raça de inventores chamados Technomites. Quem já jogou algum "Ratchet & Clank" já deve saber, mas as tradicionais reviravoltas estão presentes neste episódio também.

A primeira grande surpresa de "Size Matters" é descobrir que os comandos ficaram muito bem resolvidos. Como se sabe, a configuração de controle do PSP é ruim para jogos desse tipo, já que não tem um segundo direcional. A câmera automática é sagaz e tenta mostrar o melhor ângulo, mas, mesmo que não esteja ideal, ainda é possível usar os botões de ombros para chegar lá. Em geral, não é possível olhar para cima ou para baixo, mas há uma visão em primeira pessoa com visão livre.

Cada um dos direcionais tem uma função diferente: um faz mexer o personagem "normalmente", enquanto o outro o movimenta sem mexer na visão, e isso permite recuar e andar de lado, importante para desviar dos tiros sem precisar desvencilhar a mira dos oponentes (aliás, a mira automática funciona muito bem). Ainda que não tenha a mesma desenvoltura do controle do PlayStation 2, a solução é uma das melhores já vistas.

Armado até os dentes

A ação é a característica mais forte do título. Ratchet tem a disposição uma série de armas, cuja troca é feita pressionando o boto triângulo e escolhendo com o direcional. Um toque no botão faz trocar a arma atual pela última utilizada, um recurso bem prático. Os tiros são contados, mas há munição em caixas destrutíveis no meio do caminho, além de poder comprar mais balas nas lojas, onde também vende novos equipamentos. Você começa com uma arma básica, mas o arsenal vai ficando cada vez mais maluco; um lançador de robôs-bomba e um outro que solta um enxame são apenas alguns exemplos.

A diversão está, além de deixar um rastro de destruição pelo caminho, em desenvolver o personagem e as armas. Com o ferro-velho coletado, que serve de dinheiro, é possível comprar mais itens e fazer modificações. Cada vez que usar um equipamento, ele acumula experiência, e isso faz aumentar seu poder, ou seja, sobe de nível. Independente disso, o personagem também vai ficando mais forte ao combater, refletindo no tamanho da barra de vida.

Há também muitos itens escondidos, como os parafusos de titânio e partes de armadura. Ao juntar o kit completo (capacete, elmo, botas etc.), a chave de parafusos do herói ganha poderes extras, como ficar envolto em fogo. Naturalmente, todos esses extras não podem ser coletados numa única jogada. Ou seja, é aquela estratégia manjada de aumentar a vida útil do game, mas os completistas não devem resistir.

Se não der com a força, vá de jeito

Nem só de combates vive a dupla. Há também cenas de quebra-cabeças, principalmente quando você controla Clank. O robozinho é um personagem mais cerebral e tem a ajuda de amigos mecanizados para atacar e ativar interruptores. O esquema funciona como nos jogos de ação-tática, mas bem simples, com quatro comandos: seguir, parar, entrar e atacar. Os tipos de quebra-cabeça lembram um pouco os do clássico "Lemmings", mas bem mais fáceis, claro. Enfim, há muita variedade no game, cuja duração é de cerca de oito horas, sem contar os extras.

Os minigames são surpreendentemente divertidos, como aquelas em que Ratchet desliza em trilhos e precisa desviar dos obstáculos, num legítimo teste de reflexos. Há também uma corrida futurista a bordo de uma espécie de skate com jatos. Para avançar na história basta vencer a modalidade mais fácil, mas há configurações de pistas mais desafiadoras para quem quiser seguir adiante.

No entanto, o modo multiplayer, seja via rede local ou pela internet, não rende a mesma coisa. Aqui, a mecânica perde força por apenas trazer a porção de tiro em terceira pessoa, sem a parte de plataformas. É porque a diversão reside exatamente no equilíbrio entre esses dois elementos. Além disso, muitas vezes ocorrem erros de conexão em partidas online.

Bonito como console grande

Os gráficos não ficam a dever para a versão para PlayStation 2. Aliás, em alguns aspectos, como os efeitos visuais, a edição até supera os títulos do console. O fluxo de tela é muito suave, o que deixa o game com uma resposta excelente. Os cenários estão detalhados e belos, sem problemas aparentes como objetos que "brotam" de repente. As cenas não-interativas são pré-fabricadas, apesar de a produtora querer fazer passar como um vídeo em tempo real. Independente disso, a história é repleta de humor e interessante, como sempre.

A trilha musical é bem produzida e a sonoplastia também é competente, exagerando o tom para dar um leve efeito cômico. A dublagem é consistente, sem afetações, no ponto certo para o clima de "cartoon não-tão-infantil" que marca a franquia. Os narradores conseguem imprimir uma característica própria para cada personagem.

Não importa o tamanho do videogame...

"Ratchet & Clank: Size Matters" é mais um jogo para PSP com qualidade de console de mesa. A essência é mesma, trazendo aquele equilíbrio entre ação de plataformas, tiroteios e algum quebra-cabeça, além de ter minigames surpreendentemente divertidos. O multiplayer, que poderia ser o diferencial, infelizmente, não convence. Mesmo assim, o saldo é extremamente positivo.

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    Ratchet & Clank: Size Matters (PSP)

    59 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Insomniac Games
    Lançamento: 13/02/2007
    Distribuidora: SCEA
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória, multiplayer online
    Outras plataformas: PS2
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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