Tony Hawk's Underground 2 Remix

da Redação

A produtora desse Remix de "Underground 2" veio para provar que uma versão para o portátil pode superar a original em conteúdo. Enquanto o jogo para consoles mudou um pouco a fórmula e marcou o retorno do modo Classic, a versão para PSP incluiu novos estágios e uma leve variação na história.

Tour de Destruição

Fãs de "Tony Hawk" lembram da inclusão de Bam Margera, um dos astros do programa da MTV, em episódios passados. Ele agora ganha importância comparável ao do skatista, criando seu próprio time para viajar pelo mundo em uma competição cuja meta é fazer a maior bagunça. Durante uma série de fases (cidades ao redor do mundo, que agora incluem Quioto e Las Vegas, entre outras), os jogadores devem explorar os ambientes e tentar realizar tarefas como pichar desenhos, fazer saltos ousados, decapitar estátuas, apostar corridas e todo tipo de maluquice possível e imaginável. Além dessa opção com história, skatistas de sofá podem também explorar as fases no estilo clássico "dois minutos e um monte de objetivos" dos primeiros episódios.

Apesar de oferecer manobras novas, a mecânica do game não mudou muito. Os maiores destaques ficam por conta da habilidade de dar toques nas paredes (enquanto cola adesivos) para ganhar mais velocidade e a habilidade de perder a paciência ao cair do skate. Essa última opção depende do jogador apertar botões rapidamente e recompensa com alguns pontos - vale mais pela diversão do que pela ação - mais um traço da "Jackassificação" de "Tony Hawk".

Apesar dos novos objetivos serem focados em destruição e bagunça, a mecânica será imediatamente reconhecível para fãs. As fases estão ainda maiores, e precisam ter seus segredos destravados com certas missões para atingir seu potencial pleno. A introdução de personagens escondidos com outros veículos bem bizarros adiciona certa variedade, mas nenhum deles satisfaz tanto quanto o bom e velho skate (não fugindo muito do que aconteceu no primeiro "Underground", apesar de ser menos grave agora).

Talvez o aspecto mais notável seja que "Tony Hawk's Underground 2" parece ter ficado mais fácil. Além de permitir que você melhore as habilidades do personagem logo de cara fazendo certas manobras específicas, os objetivos da modalidade Story são relativamente simples. A opção Classic ajuda a saciar o apetite do público hardcore.

Técnica menos radical

Apesar dos gráficos não terem recebido uma melhora muito grande no que se trata das fases, os personagens estão bem mais caprichados - o que é importante para a trama do Story Mode. A animação de algumas fases acaba engasgando um pouco e é possível notar a criação do cenário - felizmente em poucos momentos.

A trilha sonora do jogo continua seguindo os mesmos passos de antes, oferecendo uma grande variedade de canções típicas do universo dos skatistas. A variedade e qualidade das músicas ajudam a embalar o espírito do game, fazendo um excelente trabalho. Os efeitos sonoros ajudam na hora de arrancar algumas boas risadas com o humor bizarro da aventura.

Em termos de controle, algumas adaptações foram feitas para suprir a falta dos segundo direcional analógico e os botões L2, R2, L3 e R3. Apesar disso, é fácil se acostumar e curtir a aventura igual em um console grande. Claro que algumas coisas se tornam incômodas para quem já está muito adaptado a um Joystick "completo".

Como em jogos anteriores, "Tony Hawk's Underground 2" oferece diversas opções de criação de fases e skatistas, ajudando a saciar o apetite dos fãs. Essas opções não ganham grandes novidades, mas não deixam de ser uma adição significativa - especialmente para um portátil.