LucasArts deixa ESA, mas mantém participação em E3

do Finalboss

Ao site GameSpot, a produtora LucasArts, de "Star Wars: The Force Unleashed", confirmou que não renovará sua participação nos quadros da ESA, associação que representa as produtoras de games nos Estados Unidos.

Trata-se da terceira grande produtora de games que se desliga da associação, seguindo os passos da Activision e Vivendi Games, que estão em processo de fusão. No entanto, a LucasArts disse que participará oficialmente da E3, tradicional feira de games organizada pela ESA.

"Nós podemos confirmar que a LucasArts não é mais membro da ESA", disse Margaret Grohne, diretora de relações públicas da LucasArts. "Como uma companhia, ainda estamos comprometidos a trazer aos consumidores a melhor experiência em entretenimento possível e suporte à missão da ESA na indústria. A LucasArts vai participar da E3".

"Desde sua criação em 1994, a Entertainment Software Association (ESA) cresceu e evoluiu para uma voz preeminente da indústria de jogos para consoles e computadores", disse Rich Taylor, vice-presidente sênior de comunicações e pesquisas da ESA. "A organização tem 25 membros, incluindo três companhias que foram bem-vindas no ano passado. Hoje, podemos confirmar que um de nossos membros, a LucasArts, decidiu não mais renovar conosco. Nós valorizamos cada membro de nossa associação, mas respeitamos os fatores únicos que levaram à decisão da LucasArts".

Logo após o anúncio da saída da Activision e da Vivendi do quadro de membros da ESA, outras produtoras e distribuidoras, incluindo NCsoft e Foundation 9, disseram que também não se apresentariam no evento deste ano. Porém, outras empresas importantes como Electronic Arts, Bethesda Softworks, Warner Bros. Interactive, Majesco e a D3Publisher, reafirmaram seu compromisso com o show deste ano. Já a id Software ainda não confirmou presença na E3 Media & Business Summit, que acontece entre 15 e 17 de julho.

Críticas

Sobre a saída da Activision e da Vivendi dos quadros da ESA, Jeff Brown, vice-presidente de comunicação corporativa da Electronic Arts afirmou para o site GamesIndustry que o fato reflete "a falta de liderança" das duas companhias.

"Eles são grandes companhias e sentimos que quando você está numa grande companhia tem responsabilidade para com os consumidores em trabalhar em políticas que são muito, muito importantes. E a melhor maneira de fazer isso é com o consenso da indústria. Esse é o jeito que tem sido feito com a ESA nos Estados Unidos e com a ELSPA no Reino Unido", afirmou.

No entanto, sobraram críticas também para a ESA. "Há sempre tensões dentro dessas organizações, mas na maior parte das vezes funciona. Então, é triste vê-los recuar dessa responsabilidade. Esperamos que outros não façam isso, mas acho que o ônus está com a ESA em provar que a permanência em seus quadros é boa a para a companhia e para os consumidores. E acho que veremos a ESA redobrar seus esforços para provar isso", finalizou.

De acordo com documentos de recolhimento de impostos obtidos pelo site Kotaku, o abrupto aumento da anuidade da ESA pode ter levado as três companhias a abandonar a associação. No ano fiscal de 2006/2007, encerrado em 31 de março do ano passado, a taxa para se manter nos quadros da ESA subiu para US$ 4,5 milhões, contra os US$ 1 milhão cobrados nos anos anteriores. Ainda não foram divulgados os dados referentes ao ano-base de 2007.

A mudança da realização da E3 para Santa Monica, em vez de continuar no Los Angeles Convention Center, custou mais de US$ 5 milhões em multas - a organização havia contratado o local até 2012. Neste ano, o evento volta a Los Angeles. O documento também revela quanto a ESA arrecadou com a E3 de 2006, a última nos moldes antigos de "show": US$ 18,5 milhões. A ESA não divulgou os valores de 2007, que foi a primeira edição com o atual formato, de menor escala mas que pretende ser mais "intimista", supostamente mais propício para o trabalho da imprensa e para a concretização de negócios.

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