Para EA, piratas são potenciais consumidores

do Finalboss

Em uma entrevista concedida ao site americano Kotaku, John Riccitiello, executivo-chefe da Eletronic Arts, afirmou ver aqueles que baixam jogos ilegalmente como um mercado em potencial.

Segundo o executivo, o segredo está no material extra por download. "Eles conseguem roubar o disco, mas não conseguem roubar o conteúdo extra por download".

A empresa já ofereceu tais materiais de forma gratuita (como uma cidade extra para "The Sims 3" e novos pugilistas para "Fight Night Round 4") e paga (como o pacote "Warden's Keep" para "Dragon Age Origins", que gerou um milhão de downloads na semana de estreia). "O consumidor parece realmente gostar da ideia que exista coisas a mais. O consumidor quer mais, e quando você lhes dá ou vende mais, isto parece ser extremamente bem recebido", disse o executivo.

Alguns dos compradores deste material extra não comprou o jogo oficialmente, e Riccitiello tem uma ponta de esperança. "Existem mercados piratas e de revendas de tamanho mensurável e queremos gerar lucro neste mercado".

"Eu não acho que alguém deveria piratear qualquer coisa. Acredito na arte das pessoas que constroem [a indústria dos games]. Eu acredito profundamente nisto. E quando você rouba de nós, você rouba deles. Dito isto, há muita gente que o faz", afirmou Riccitiello. O executivo afirma que os serviços de download da Electronic Arts não diferenciam com perfeição quem roda cópias usadas ou ilegais - e como resultado, a oferta de conteúdo extra por download acaba atendendo a todos, e é assim que acaba se transformando um pirata em um consumidor pagante.

Por fim, a empresa espera que serviços como a central da linha EA Sports e a rede social da BioWare que atende a "Dragon Age" se revelem envolventes o suficiente para fazer com que os jogadores se interessem em ter a versão legítima, assim tornando "progressivamente menos provável que pessoas os copiem porque há tanto valor do outro lado da porta".

UOL Celular