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26/08/2007 - 17h30

Direto da GC: feira reflete transformação da indústria

THÉO AZEVEDO
Enviado especial a Leipzig

Théo Azevedo/UOL

Mario e Sonic não estavam muito felizes em dividir game na Games Convention

Mario e Sonic não estavam muito felizes em dividir game na Games Convention

Os Estados Unidos e o Japão são mesmo os principais mercados de games do planeta, mas em meio a uma geração cuja principal característica está sendo a expansão do público de jogadores, regiões como a Europa entraram de vez na alça de mira da indústria. A Games Convention 2007 foi uma boa amostra do quadro: Microsoft, Nintendo e Sony, sem falar nas produtoras, tais como Electronic Arts, Activision, Ubisoft, Konami e cia, investiram pesado para atrair a atenção dos visitantes.

A GC 2007, com enormes pavilhões de exposição, estandes produzidos e até as famosas "booth babes", foi a experiência mais próxima do formato antigo da E3, deixado de lado na mais recente edição da feira norte-americana, mês passado. Porém, comparações entre as duas devem servir somente para fins meramente ilustrativos, à medida que a Games Convention, aberta ao público, tem outro objetivo: o bolso do consumidor; a E3, ainda que reduzida, é para a imprensa.

Mesmo assim, a feira européia não foi tão pródiga em novidades quanto se podia esperar: Microsoft e Nintendo não promoveram as tradicionais conferências, enquanto a Sony, a única que o fez, limitou-se a revelar recursos para transformar o PSP em GPS e comunicador instantâneo, e o PlayStation 3 em gravador de vídeo voltado à TV digital. Para os "gamers", ávidos pelo anúncio de novos títulos, pode ter sido um balde de água fria, mas os anúncios da companhia corroboram o novo discurso do setor: "é a vez do 'não-jogador'". E a Sony, com a sua máquina cara e "geek" demais, precisa se adequar, caso queira sobreviver.

O maior desapontamento, talvez, tenha sido o excesso de jogos conhecidos presentes nos estandes - difícil imaginar que alguém vá à feira para jogar "Test Drive Unlimited" no Xbox 360, mas acontece. Por outro lado, a GC foi palco de grandes estréias, como as de "Pro Evolution Soccer 2008", "Far Cry 2" e de "Mafia II", este último somente em trailer. A ausência mais sentida, com certeza, foi a de "Grand Theft Auto IV", presente apenas em vídeo também.

Deu pra perceber também que os alemães adoram games de futebol e de tiro: o estande da Konami era o mais disputado e, por assim dizer, onde havia um "shooter", havia uma fila; e tinham muitos: "Halo 3", "Call of Duty 4", "Haze", "Far Cry 2", "Unreal Tournament III" e por aí vai. A impressão que dava era a de que se "Grand Theft Auto IV" e "Killzone" tivessem dado as caras no pavilhão de exposições, era melhor fechar a feira.

A proximidade dos eventos - E3 (julho), Games Convention (agosto) e Tokyo Game Show (setembro), sem falar na E for All (outubro) -, somadas à crescente tendência de cada produtora promover eventos particulares, contribuiu para polarizar a relevância de cada iniciativa do gênero. Sobre a GC, o que pouca gente sabe é que, além dos pavilhões de exposição, existe um forte componente de "business"; para produtoras das mais variadas regiões do globo, não há melhor ocasião para criar e desenvolver contatos, que poderão render futuros negócios.

A Games Convention foi o reflexo perfeito de um mercado que, graças à revolução iniciada pelo DS e agora tocada a pleno vapor pelo Wii, voltou-se à "família". Uma pavilhão era dedicado apenas à elas, com atividades paralelas, fóruns de discussão etc. - e o espaço tinha efetivamente bastante movimento, vale destacar. Deixando de focar no "hardcore gamer", os jogos estão mesmo se tornando um fenômeno social, e o dinheiro está na massa, no casual.

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