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17/02/2009 - 09h51

Conheça a saga de "Street Fighter", campeão das lutas

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL

Divulgação

'Street Fighter IV' quer trazer novos fãs para a série de luta

'Street Fighter IV' quer trazer novos fãs para a série de luta

Nesta terça-feira (17), a Capcom programou o lançamento de "Street Fighter IV". Trata-se de um dos mais aguardados títulos da companhia, e não é para menos: essa foi a franquia que iniciou uma verdadeira febre na primeira metade dos anos 1990, e levou os jogos de luta a se tornarem um dos principais filões da indústria de games.

"Street Fighter II" foi o estopim para a mania, e também o campeão do gênero, tendo vendido mais 6,3 milhões de cópias em sua versão para Super Nintendo. Esse título de 1992 ainda é o mais vendido da Capcom até hoje, e a versão "Turbo", para o mesmo console, está em terceiro lugar, com 4,1 milhões de cópias, perdendo apenas para "Resident Evil 2" para PSOne, de acordo com dados da própria companhia. As vendas acumuladas da série chegam a 25 milhões de unidades.

Mas a história não começou na década de 1990, mas em 1987, quando saiu o primeiro jogo da franquia. "Street Fighter" (ou "Fighting Street") surpreendeu por trazer um painel com seis botões (embora houvesse versões com dois botões, em que a intensidade do golpe variava dependendo do tempo de pressão). As bases da série estavam todas lá, como os icônicos Hadoukens e Shouryukens, respectivamente um projétil feito de energia e um golpe que combina um "uppercut" voador com joelhada.

Mas o título fez um sucesso apenas modesto, talvez pela dificuldade de fazer os golpes especiais - a maioria das pessoas apelava para movimentos repetidos do direcional e dos botões, na esperança de, "sem querer", acabar soltando os golpes que tinham alto poder de destruição (às vezes, um único Shouryuken era o suficiente para definir a luta). Como um jogo mano-a-mano era muito limitado, pois o jogador tinha virtualmente um personagem a disposição: Ryu ou Ken, que embora tivessem aparências distintas, suas técnicas eram rigorosamente as mesmas.

A era das lutas

O grande "boom" só veio com "Street Fighter II", lançado para fliperamas em 1991. Embora seja difícil de acreditar que a Capcom tivesse como foco as lutas multiplayer no game - o equilíbrio de forças entre personagens era muito precário e existia uma série artimanhas que não davam escapatória aos adversários -, isso acabou acontecendo. A gama de lutadores aumentou para oito, e juntaram-se aos caratecas Ryu e Ken figuras como o militar americano Guile, o gigante soviético Zangief, o selvagem "brasileiro" Blanka e a chinesa Chun Li, que com suas pernas torneadas se converteu em uma das primeiras musas dos videogames a alcançar status de ícone pop, bem antes de Lara Croft debutar em "Tomb Raider".

'STREET FIGHTER' EM AÇÃO



O ingrediente que faltava para a fórmula mágica era o arremesso, que complementava os golpes de impacto (socos e chutes) e a defesa. Assim, em princípio, se formava uma triangulação de vantagens e desvantagens para cada um dos movimentos: o arremesso supera a defesa; este evita os golpes de impacto, que, por sua vez, acerta os adversários que se arriscam em chegar perto para tentar agarrar.

Além disso, os golpes especiais eram muito mais simples de fazer, pois não se exigia tanta precisão como no primeiro game. Também, como forma de facilitar a realização dos Hadoukens e Sonic Booms, alguns golpes normais podiam ser "cancelados", expandindo a gama de sequências de golpes, os chamados "combos", que também se popularizou com "Street Fighter II".

Ao perceber que o multiplayer se tornou a forma mais popular de jogar "Street Fighter II" - aqui no Brasil usava-se termos como "tirar um contra" -, a Capcom preparou uma edição própria para esse fim, chamado "Champion Edition". Com ele, o rol de lutadores incluiu os quatro chefes, os personagens ficaram mais equilibrados entre si - apesar de logo se descobrir táticas que tornaram Vega um dos mais "apelões" do elenco do game - e houve a primeira tentativa de diferenciar Ryu e Ken (o primeiro virou especialista no Hadouken, enquanto Ken tinha um Shouryuken de maior alcance).

Here comes a new challenger!

Entretanto, o sucesso acabou trazendo não apenas concorrentes legítimos - a produtora SNK, de "Fatal Fury", era um deles -, mas também levou ao aparecimento de versões piratas de "Street Fighter II". Eram jogos "malucos", que permitiam golpes especiais durante o salto e múltiplos projéteis. Apesar de arruinar o equilíbrio de jogo, ganhou popularidade, o que parece ter apressado a decisão da Capcom em lançar "Street Fighter II Turbo", que era mais rápido e incluía novos golpes, como especiais aéreos e um "Hadouken" para a Chun Li.

Depois, a série seguiu com "Super Street Fighter II", com quatro novos lutadores, e "Super Street Fighter II Turbo", com a inclusão de Akuma como personagem secreto. Esta edição foi refeita em alta definição para Xbox 360 e PlayStation 3 em 2008. O Brasil tem um capítulo a parte na trajetória de "Street Fighter II", pois a Tectoy adaptou o game para o modesto Master System, popular videogame de 8 bits.

Foram três longos anos para que uma sequência legítima surgisse, mas, enquanto isso, a série trilhou outros caminhos. Em 1994, virou um filme estrelado por Jean Claude Van Damme, fracasso de crítica e público, que, como se não bastasse, gerou um game igualmente atroz no ano seguinte (para 2009, está previsto um segundo longa-metragem hollywoodiano de "Street Fighter", chamado "The Legend of Chun Li", que também não tem boa reputação). Melhor sorte tiveram as séries "Street Fighter Alpha", que tem uma história paralela que se passa entre o primeiro e segundo "Street Fighter" e tem visual de desenho animado, e "Street Fighter EX", a primeira da série com gráficos poligonais.

Em 1997, a Capcom finalmente lançou "Street Fighter III", mas sofreu concorrência pesada de séries de luta como "Virtua Fighter", "Tekken" e "The King of Fighters" - e até mesmo de títulos da própria companhia, casos de "DarkStalkers" e "Street Fighter Alpha". O game foi um recomeço para a série, e, com exceção de Ryu e Ken, todos os outros personagens eram inéditos. O título se destacou pelas animações primorosas, mas o sistema de jogo não era considerado nada simples: um dos motivos é o "parry", um movimento de alto risco que permite escapar ileso de um golpe, e ainda conectar um contra-ataque. A popularidade dos jogos de luta caiu e a Capcom cada vez mais se afastou dos fliperamas, até voltar com força no ano passado, quando lançou "Street Fighter IV". Agora, as lutas estão volta aos consoles.

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