Dois dos três criadores da série "Monkey Island", Tim Schafer e Ron Gilbert, estão juntos em um estúdio pela primeira vez em quase duas décadas. A empresa de Schafer, Double Fine Productions, contratou oficialmente Gilbert, que usava o local como área de trabalho nos últimos meses.
Os dois profissionais deram uma entrevista ao site Kotaku e Gilbert comentou sobre trabalhar em casa. "Eu sou péssimo para trabalhar em casa, porque tudo que eu faço são outras coisas ao invés de trabalhar" - ele estava trabalhando no escritório da Double Fine, o que levou à oferta de emprego. "Nos últimos meses Tim me emprestou a sua mesa de trabalho, como ele fez no passado. Acabamos conversando sobre diferentes ideias que tive para jogos, e então Tim sugeriu: 'Ei, por que você não vem aqui construir essa coisa.' E soou como uma boa idéia."
Os dois trabalharam juntos pela última vez ainda na LucasArts, mas Schafer saiu da empresa após o lançamento de "Grim Fandango" e fundou a Double Fine, em 2000. Gilbert, por outro lado, deixou a LucasArts em 1992 e acabou trabalhando em "Total Annihilation", "Penny Arcade Adventures", e "Deathspank".
Nenhum dos dois deram alguma pista sobre o tipo de jogo que Gilbert estaria trabalhando. Porém Gilbert comentou que "É uma ideia que estou trabalhando por muitos e muitos anos. Estive conversando com Tim nos últimos meses sobre isso. É muito diferente de 'Deathspank'. Ele vai em uma direção muito interessante." Ele continuou, dizendo que "os fãs dos antigos jogos adventure vão gostar." Ele fez questão de ressaltar que isso não significa que está trabalhando em um jogo adventure.
Quanto a quem vai cuidar da ditribuição do novo projeto, uma coisa é certa: não será a Activision. "Não posso dizer em quem nós iremos primeiro", disse Schafer, "mas posso dizer que o pessoal que nos processou serão os últimos. Mas isso é mais uma superstição que eu tenho".
Os problemas de Tim Schafer com a Activision datam da época pré-lançamento de "Brütal Legend". O título estava programado para ser lançado com distribuição da Activision, quando a editora resolveu suspender a estratégia por "não se tratar de um game com muito apelo comercial". Assim, o game de Schafer foi para as mãos da Electronic Arts, o que gerou, inclusive, um processo entre os envolvidos que perdurou por meses e ameaçou o lançamento do jogo.
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