Castlevania: The Adventure ReBirth

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL

Depois de "Gradius ReBirth" e "Contra ReBirth", a Konami continuou revirando seu acervo para revitalizar grandes clássicos dos anos 80 e "Castlevania: The Adventure" foi o escolhido da vez. Sob cuidados do estúdio M2, veterano em reabilitar games antigos como na série "Sega Ages" e nos "ReBirth" já citados, a saga dos caçadores de vampiros do clã Belmont retorna em grande forma, com sons e visuais inspirados no melhor estilo Super NES.

"Castlevania: The Adventure ReBirth" é levemente baseado no game lançado em 1989 para o Game Boy original. O herói é Christopher Belmont, o primeiro da família a derrotar o famigerado Conde Drácula, que mais tarde ressuscitaria para infernizar Simon e outros heróis da franquia. Embora seja promovido como remake, o novo jogo toma várias liberdades e mistura elementos de outros exemplares da série.

Caça a vampiros sem inovação

Trailer de lançamento

A ação é a mais simples e básica possível, em um estilo de ação direto que dispensa a exploração de cenários como em "Symphony of the Night". Este é um "Castlevania" à moda antiga, em que se deve percorrer os cenários para destruir monstros e demônios até que um chefão apareça. De vez em quando aparecem bifurcações ou passagens secretas, mas na maioria das vezes as escolhas mais difíceis surgem na hora de decidir qual arma especial usar, entre os clássicos machados, facas ou crucifixos, por exemplo.

A dificuldade também é de velha escola, sem opções de salvar no meio da ação ou outras facilidades da era moderna. Reforça o fato da mecânica restringir boa parte da mobilidade de Christopher, que se move como um elefante e sobe escadas com dificuldade, justamente como ocorria nos primeiros games. Também não pense que o lendário chicote é o mesmo cheio de molejo visto em "Super Castlevania IV", por exemplo; aqui a famosa arma funciona de forma simples e, no máximo, pode atirar pequenas bolas de fogo por tempo limitado.

Gráficos e sons tentam simular o clima de décadas passadas, em uma mistura de elementos das eras de 8 e 16 bits que faz os mais velhos se sentirem em casa. Animações, modelos e elementos do cenário possuem uma boa química, como se o game realmente fosse um episódio perdido da época. As músicas são ainda mais interessantes, com trechos utilizados em vários capítulos da série em arranjos remixados.