Gradius Rebirth

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL

Clássico retorna em glória 8-bits

Assim como "Megaman 9", "Gradius ReBirth" é um lançamento bastante peculiar para venda por download no Wii. É jogo novo, ou seja, indicado para a plataforma WiiWare que abriga este tipo de produto, mas tão tradicional e fiel às suas fórmulas que bem poderia estar no Virtual Console, onde ficam os jogos de plataformas antigas.

Os gráficos, sons e a própria mecânica são antiquados, como que em uma mistura de elementos dos primeiros capítulos da série que apareceram nos fliperamas ou no MSX, por exemplo.

Desafio das antigas

Na verdade, o trabalho da Konami foi o de justamente buscar fases mais interessantes de todo o passado da franquia e resgatar seus momentos mais preciosos. Para não parecer picareta, tratou de incluir novos chefes de fase e um novo modo, o Score Attack, que não oferece continues e permite que os placares sejam enviados para um ranking global.

Este verdadeiro Monstro de Frankenstein surge como um agrado aos fãs mais antigos de jogos de tiro. "Gradius" é uma série de tiro na horizontal, como "R-Type", mas que oferece dificuldade considerável graças à lentidão de sua nave, a Vic Viper. É possível torná-la mais rápida através de itens que aparecem ao longo do caminho, mas é preciso saber guardá-los para comprar tiros mais poderosos . Há aquela variedade de sempre, entre tiros diretos, os que se espalham, mísseis e drones.

Não há nada realmente especial neste lançamento. É o bom e velho "Gradius" de sempre, com os mesmos defeitos e virtudes. Com um estilo clássico, não dá moleza e manda o jogador de volta ao último checkpoint em caso de morte, esta que pode ser causada por qualquer esbarrão ou tiro inimigo. Não é para todos os gostos, principalmente por contar com visuais e efeitos sonoros que lembram os anos 80, sem nenhum tipo de efeito moderno ou aperfeiçoamento.