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Major Minor's Majestic March

09/04/2009

CLAUDIO PRANDONI
Colaboração para o UOL
Animais aprontam com ritmo no Wii
"PaRappa the Rapper" foi um dos jogos musicais mais conceituados lançados antes do arraso avassalador da série "Guitar Hero", ainda para o primeiro PlayStation (relançado depois no PSP). Criação do game designer japonês Masaya Matsuura, o título contou com um estilo visual único - marcado por cores vibrantes, personagens finos como folhas de papel (à la "Super Paper Mario" - e histórias engraçadas e divertidas. Nos controles, o objetivo era ajudar PaRappa a fazer rap com as músicas cantadas pelos desafiantes de cada fase, bastando para isto apertar os botões do controle em um ritmo criativo.

O sucesso foi suficiente para resultar em continuação e um episódio alternativo, estrelado por outro personagem. Mas dez anos se passaram desde então e, de lá pra cá, Matsuura passou a se envolver em produções menores, como títulos da franquia "Tamagotchi" - lembra do famigerado bichinho virtual?

Seu retorno ao gênero musical foi bastante aguardado pelos fãs, que se cercaram de expectativas o designer anunciou que desenvolveria um jogo no estilo exclusivo para Wii. "Major Minor's Majestic March" é o fruto deste esforço e não há palavra melhor para definir o game a não ser decepção.

Marchando com o Wii Remote

Como em "PaRappa", o mundo de "Majestic March" é habitado por animais que caminham, falam e vivem como seres humanos. O protagonista é Major Minor, um gato que sonha honrar o legado da família e se tornar um grande condutor de bandas de marcha. O sonho começa a se realizar quando ele decide utilizar um antigo bastão que fora de sua bisavó e descobre que o artefato é dotado de poderes mágicos - na verdade, o próprio espírito da avó, que dá dicas ao rapaz.

Neste ponto acontece uma sinergia bacana entre história e controles, já que o próprio Wii Remote funciona como o tal bastão mágico e as dicas da honorável senhora são transmitidas pelo alto falante do controle.Basta balançar o controle em um dado ritmo para avançar nos níveis.

O objetivo é recrutar o máximo de integrantes possíveis para sua banda, uma vez que cada animal do game possui sempre um instrumento característico. Eles ficam à beira do caminho pelo qual Major Minor atravessa, cabendo ao jogador balançar o controle na direção desejada para convocá-los a integrar as fileiras com um novo som.

Contudo, o jogo falha miseravelmente nesta mecânica de balançar o controle no ritmo certo. Em primeiro lugar, exige-se que o Wii Remote seja mantido na vertical e seja movido para cima e para baixo no ritmo. Logo a princípio, isso exige que se jogue de pé (já que sentado a distância percorrida pelo braço nem sempre é o bastante para o game) e ainda uma boa preparação física, pois o braço não fica quieto por um segundo durante cada fase. Cansativo demais.

Para piorar, o reconhecimento de movimento não funciona muito bem. Não é raro que Major Minor tropece no próprio pé, arruinando sua não só sua performance, mas também dificultando muito a retomada do ritmo. A falta de precisão e baixa sensibilidade complicam também a manutenção de um compasso agradável, visto que cada animal exige uma velocidade diferente. Cabe a Major Minor achar um meio termo - praticamente impossível de ser alcançado conscientemente. Ao menos, durante os níveis é possível coletar itens que facilitam a árdua tarefa de manter manualmente a batida da banda.

É uma pena que "Majestic March" fracasse de forma tão retumbante na execução da proposta de jogo, pois se trata de uma idéia original (ou ao menos inédita) executada com competência e consciência. O título é claramente voltado para crianças e cumpre bem a tarefa de tornar fácil a navegação por menus e explicar de forma didática como se jogar.

Além disso, o próprio visual atesta essa identidade, com personagens cartunescos e coloridos (todos no marcante estilo das obras de Masaya Matsuura), com músicas e dublagens divertidas. Entre as fases, cenas estáticas narradas contam a história e dão conta do recado, ainda que o uso de animações pudesse ser feito para valorizar mais a produção.

A brincadeira é curta e em menos de uma hora é possível passar por todas as sete fases. Sobra como incentivo o modo para até dois jogadores, seja competindo ou cooperando para fazer a melhor parada.

CONSIDERAÇÕES

Mesmo com uma idéia curiosa no já saturado mercado de jogos musicais, "Major Minor's Majestic March" é uma enorme falha, um jogo verdadeiramente mal-acabado. O título aposta demais na criativa mecânica de jogo, que acaba não funcionando direito. A falta de outros atrativos e opções extras limita a experiência e destaca ainda mais os defeitos. Após tanto tempo longe dos títulos musicais, Masaya Matsuura não honra o legado que construiu nesta estreia no Wii.

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    Major Minor's Majestic March (Wii)

    16 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nana-on-sha
    Lançamento: 06/04/2009
    Distribuidora: Majesco
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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