Historicamente a Nintendo é uma empresa das mais conservadoras. Preza por costumes considerados politicamente corretos, o que já acarretou em censuras e modificações em jogos no passado, como o célebre caso da adaptação do primeiro "Mortal Kombat" para Super Nintendo, na qual o sangue foi totalmente removido.
Assim, é de surpreender o lançamento de um game como "Sexy Poker", ainda mais no Wii, console propagandeado como ideal para toda a família aproveitar.
Pouco ousado e muito limitadoO nome entrega o conteúdo sem muitos rodeios: trata-se de um jogo de cartas disputado contra belas garotas que tiram peças de roupa conforme perdem as rodadas para você.
Apesar da proposta ousada, nada é explícito - as meninas são desenhos em estilo japonês (o chamado 'anime') e elas nunca ficam totalmente nuas, no máximo aparecendo em trajes de banho ou lingerie.
Além de pôquer (apenas na variante 'Texas Hold'em'), é possível jogar também Blackjack (conhecido também como '21'). Não bastasse a pouca variedade de opções, os dois jogos são mal explicados e dificultam bastante para quem não conhece as regras e combinação de cartas.
Além disso, por vezes o game parece favorecer a belas adversárias, tornando o exerício de vê-las tirar a roupa mais um exercício de paciência e perseverança do que exatamente habilidade com as cartas e regras.
Não opções de partida para diversos jogadores e a parte técnica peca pela ampla limitação. Só é possível jogar apontando um cursor na tela (inexplicavelmente, nada de métodos convencionais de controle) e a música e efeitos sonoros totalmente dispensáveis. Os desenhos das moças são bem feitos e devem agradar os fãs de traço oriental.
CONSIDERAÇÕES
"Sexy Poker" é um jogo que chama mais atenção pelo fato de a Nintendo ter permitido sair no Wii do que exatamente por mérito técnico. Apesar do visual bonitinho, som e controles são muito limitados e mesmo a premissa de um 'strip poker' soa meio capada considerando que são apenas desenhos de moças.