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Xbox 360

Guitar Hero II

04/05/2007

da Redação
O início da meteórica carreira de "Guitar Hero" foi no PlayStation 2, mas é no Xbox 360 que a série alcança o auge, graças à quantidade de conteúdo exclusivo, com músicas inéditas (inclusive para download, através da rede Live), rankings online e gráficos melhorados, que tornam "Guitar Hero II" um título fundamental no acervo de qualquer fã do bom e velho rock'n'roll.

Estréia com a mão direita

Caso você ainda não conheça, "Guitar Hero II" é um game musical no qual o objetivo é pressionar os botões no ritmo certo, de acordo com cada canção. A idéia é fazer com que você se sinta um astro da guitarra, sensação intensificada graças ao controle na forma do instrumento musical que é vendido junto com o jogo - aliás, o modelo do Xbox 360, o Gibson X-Plorer, é mais bacana que o do PS2 e, além dos botões Select e Start, traz também o direcional e o botão Guide. Uma pena que a guitarra não seja sem fio, já que o controle convencional (que também pode ser usado no jogo, mas não chega nem perto em termos de diversão) é wireless.

As regras são simples, mas, como no instrumento de verdade, há músicas fáceis e difíceis. No jogo, a mesma peça ainda tem graus variados de complexidade, dependendo do nível escolhido. Nas mais fáceis, são usados apenas três botões e somente as principais notas são tocadas. Quanto maior a dificuldade, maior a quantidade de botões empregados - até cinco - e de notas para executar. Na dificuldade Expert, a mais alta, alguns trechos estão até mais difíceis que tocar de verdade, como na parte dos arpejos.

No centro da tela aparece um braço de guitarra. As notas vão descendo e, ao atingir a área demarcada, é preciso segurar o botão na cor correspondente e "palhetar", ou seja, ativar o interruptor no corpo do controle-guitarra. Há também uma alavanca de tremolo, para garantir bônus nas notas longas.

O controle padrão também pode ser utilizado, mas o game não foi pensado em função dele. Nas partes com notas esticadas, os comandos se tornam mais travados e o pior de tudo é que a sensação de estar tocando uma guitarra vai por água abaixo. Jogar com o controle normal é como tocar rock com piano. Não combina.

Já no controle em forma de guitarra, técnicas do mundo real podem ser aplicadas: as notas continuam soando se você não soltar os botões. O "hammer-on" e o "pull-off" estão mais fáceis de executar e permitem tocar várias notas com uma "palhetada": basta tocar a primeira e o restante sai apenas apertando os botões. Claro que há um limite para isso, mas desta vez o tempo foi estendido e não é necessário manter o botão mais grave pressionado, no caso do "hammer-on", nem prepará-lo antecipadamente, caso queira fazer um "pull-off".

Escolha sua banda

Boa parte do sucesso do antecessor vem de sua cativante trilha sonora, que conta com alguns dos maiores clássicos do rock. Apesar de gosto musical ser estritamente pessoal, a seleção de "Guitar Hero II" parece ter menos músicas memoráveis. Ao menos, o Xbox 360 tem dez músicas exclusivas, sem falar nos pacotes com mais canções disponíveis para compra na rede online do console.

A seleção musical tenta capturar o máximo de estilos e de várias épocas. Há desde o rei do surf rock de Dick Dale, cujos álbuns datam da década de 1960, até o heavy metal do Avenged Sevenfold, fundado em 1999, passando pelo protopunk dos Stooges, o progressivo do Rush, o hard rock do Guns n' Roses, o grunge do Nirvana e o metalcore do Lamb of God. A seleção traz músicas mais rápidas e técnicas, mas ainda há músicas com certo "molejo", vindas de bandas como Aerosmith, Rolling Stones e Lynyrd Skynyrd, que oferecem algumas das peças mais divertidas de tocar.

A maioria das músicas é composta por "covers", ou seja, foram regravadas pela equipe de produção, tendo a frente o guitarrista Marcus Henderson, da banda Drist. Se no "Guitar Hero" anterior a fidelidade às obras originais foi impressionante, desta vez, a qualidade caiu um pouco. É verdade que alguns artistas são "inimitáveis", como Axl Rose, do Guns 'n Roses e Dave Mustaine, do Megadeth, mas, mesmo assim, não deixa de ser um pouco decepcionante. A qualidade da gravação, no entanto, é de tirar o chapéu.

Caindo na estrada da nova geração

No modo de single player, há uma lista de cinco músicas para tocar em cada "fase" e, após executar quatro delas, acontece o bis, que destrava a última, mas isso só vale na dificuldade normal em diante. Cada nota tocada corretamente aumenta um medidor, que, quando cheio, sobe o multiplicador de pontos, que pode ser até quadruplicado. Caso erre, o contador é reiniciado. Erros demais chateiam o público, que não pensa duas vezes em escorraçar a banda para fora da casa.

De vez em quando aparecem notas "estreladas". Ao eliminá-las, se ganha "Star Power", que, quando acionado, dobra a pontuação e deixa a platéia mais tolerante a erros. Você pode ativá-la inclinando a guitarra.

Cada fase é representada por uma casa de shows. No começo, o estabelecimento mais parece um porão. Mas, à medida que vai galgando rumo ao estrelato, você passa a tocar em lugares melhores, até chegar bem longe, literalmente - vá até o final e comprove com seus próprios olhos.

Os guitarristas comportam-se como astros do rock, agitando quando a música é pauleira ou mais ficando mais introspectivos numa balada. No final, alguns dão aqueles chutes à la Gene Simmons, do Kiss, ou botam para quebrar, de verdade. Há uma evolução no show, principalmente na hora do bis. Somente o público parece um pouco repetitivo. Muitos deles são iguais e fazem exatamente o mesmo movimento. Em relação ao PS2, os gráficos, obviamente, melhoraram, principalmente pelos efeitos visuais, que aparecem em maior quantidade, mas nada que chegue a impressionar.

Conforme você avança pelo modo carreira, consegue dinheiro, que é usado para liberar novos personagens, guitarras - e também mais acabamentos para os instrumentos - e até mesmo músicas de artistas independentes. O humor está presente em todos os cantos, como a inclusão do guitarrista Lars Ümlaüt, que, numa tacada, "homenageia" três assuntos ligados ao rock: Lars Ulrich (baterista do Metallica), o metal norueguês e o trema gratuito usado em bandas como Mötley Crüe e Motörhead (umlaut é trema em inglês). E continuam engraçadas as mensagens que aparecem na tela de "loading": "Remember: No Stairway", diz um deles, em referência ao filme "Quanto Mais Idiota Melhor" e à "Stairway to Heaven", do Led Zeppelin, um clássico que batizou uma legião enorme de guitarristas.

Harmonia do rock

A modalidade de treinamento permite praticar a música, inteira ou apenas alguns trechos, na velocidade normal ou em outros três níveis mais lentos. Como algumas canções são bem complicadas, esse modo é bastante útil, principalmente nas dificuldades maiores. Pena que não seja possível repetir os trechos indefinidamente, sendo necessário escolher novamente a opção toda vez que terminá-la.

O melhor de "Guitar Hero II" está reservado ao multiplayer que, embora não inclua modalidade online, traz mais opções. Além da modalidade igualzinha ao antecessor, em que os jogadores tocam alternadamente, há uma chamada Face-Off, na qual ambos recebem exatamente as mesmas notas, como no modo de single-player. Assim, os jogadores ficam em igualdade de condições e vira uma competição absolutamente justa.

Mas a novidade mais divertida é o modo cooperativo, uma verdadeira "jam session" virtual. Aqui, um dos jogadores se encarrega da guitarra principal, enquanto o outro cuida das bases ou do baixo, dependendo da música. Aqui, todas as barras são comuns aos dois, ou seja, quando um erra, ambos saem prejudicados. A Star Power só é ativada quando os dois fazem o movimento ao mesmo tempo. Caso a competência entre os jogadores seja diferente, cada um pode escolher seu próprio nível de dificuldade. O único senão é que as partes de baixo tendem a ser repetitivas, mas há exceções como a "YYZ" do Rush ou a "John the Fisherman" do Primus, que, aliás, cedeu a gravação original para ser usada no game.

Herói das cordas

A estréia no Xbox 360 não poderia ser melhor: "Guitar Hero II" mantém o fascínio da série e traz uma seleção musical maior que o original. No final das contas, o fator determinante será a identificação que o jogador tem em relação às músicas. Aos iniciantes, o modo de treinamento é bem-vindo, enquanto o multiplayer eleva a diversão a níveis incalculáveis.

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    Guitar Hero II (Xbox 360)

    25 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: RedOctane
    Lançamento: 03/04/2007
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: PS2
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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