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Xbox 360

NBA Street Homecourt

16/03/2007

FABIO PANCHERI
Da Redação
Quarto da série e primeiro para PlayStation 3 e Xbox 360, "NBA Street Homecourt" é um jogo de basquete exagerado que transforma o esporte em um espetáculo de enterradas e jogadas de efeito, mas sem perder o espírito competitivo. Ao contrário do basquete tradicional, os times contam com três jogadores de cada lado, as regras são mais relaxadas e o estilo vale mais que as cestas propriamente ditas. Trata-se de um gênero que ganhou fama com o lançamento de "NBA Jam", em 1993, sucesso da Midway nos fliperamas.

A evolução no aspecto visual, graças ao processamento robusto das máquinas da Sony e Microsoft, cresce aos olhos do jogador em "Homecourt". O avanço dos gráficos pode ser apreciado tanto nos cenários como no suor das estrelas da liga norte-americana de basquete. Uma abordagem simplificada da mecânica de game também marca esta edição. O resultado é um jogo fácil de aprender e muito divertido, apesar de pecar no volume de modalidades.

Procura-se uma lenda

O modo "Homecourt Challenge" é o lugar para se passar a maior parte do tempo. Funciona exatamente como um modo carreira: o destino final é o de grande astro da NBA, mas todos começam como um "Zé-ninguém". O caminho é longo e o primeiro passo é definir sua cara e estilo. As opções de personalização são pequenas, se resumindo na escolha de rostos pré-definidos e na aproximação do talento desejado ao de jogadores reais. Feito isso, o aspirante a astro tem direito a escolher dois atletas da NBA para atuar ao seu lado. Não espere moleza. Na verdade, os nomes podem ser conhecidos, mas no game todos estão em início de carreira.

Em quadra, é hora de desafiar equipes locais. Os objetivos são variados. Em algumas partidas, por exemplo, ganha quem abrir vantagem de três pontos, em outras só as enterradas contam. Após o duelo, o jogador ganha pontos de experiência que melhoram seus atributos: muitos no caso de vitória, poucos nas derrotas. Após subir de nível algumas vezes, o jogador tem a chance de elevar um desses atributos ao máximo, tornando-o quase invencível nos bloqueios ou nas assistências ou em enterradas, para citar três das muitas variáveis.

Quem é familiarizado com a série, notará uma mudança radical no uso dos truques. Acionados pelo direcional analógico direito em "NBA Street 3", eles agora passaram para os botões ("triângulo" e "quadrado" no PS3; "X" e "Y" no Xbox 360). Apertar esses botões em conjunto com os de ombro libera truques ainda mais malucos. Mais do que deixar seu oponente com cara de bobo, esses truques - no geral malabarismos que humilham o adversário - alimentam a barra especial do "gamebreaker". Uma vez preenchida esta, basta ir ao meio da quadra para acioná-la. A partir de então quanto mais humilhações o jogador fizer, maior será sua recompensa caso consiga a cesta. Mas cuidado: ao perder a bola durante um "gamebreaker" os possíveis pontos extras passam a valer para o adversário. O conceito é alma de "NBA Street" e se traduz de maneira bastante divertida.

Outra novidade de "Homecourt" é a enterrada dupla. Como no "gamebreaker" ele se baseia no risco e recompensa. Ao partir para uma enterrada, que no jogo são tão comuns como as cestas em uma partida tradicional, uma barra de tempo aparece próxima ao aro. Solte o botão de arremesso no exato momento em que ela estiver cheia para que o atleta pegue a bola logo após a enterrada para fazer outra em seguida. E outra ainda se estiver durante um "gamebreaker". O risco está em errar o tempo. Nesse caso, a cesta que contaria em dobro, pára no aro. O processo é rápido, mas não é tão difícil. Algumas dúzias de tentativas e as enterradas duplas se tornam rotina.

Tirando o modo carreira, as demais modalidades de "Homecourt" são variantes que pouco acrescentam em valor. Além do tradicional pega sem compromisso entre times da NBA, é possível disputar partidas sem truques ou "gamebreakers" ou ainda, no oposto, com pontos válidos somente quando sua barra estiver cheia. Seja qual for sua escolha, é como ter o bolo sem a cereja. Para quem gostar, todas essas opções estão disponíveis no modo online, com direito a placar de líderes. Nas partidas pela rede, não há barra de tempo para ajudar nas enterradas duplas. Ou seja, a humilhação é maior em fazer ou tomar uma. Jogar online é praticamente livre de "lags", mas é somente para dois jogadores. Em multiplayer local, o game aceita quatro.

Animações humilhantes

Primeiro para a nova geração de console, os gráficos brilham em "Homecourt", mas não são livres de controvérsia. Coerente com a proposta, que traz astros da NBA no início de carreira, a direção de arte optou em dar um visual retrô, como se o jogador estivesse numa película de 8mm. Bastante competente, mas não é algo que agrade a todos. O jogo também teve o cuidado de reproduzir com exatidão quadras de ruas famosas dos Estados Unidos, mas, exceto para quem nasceu na vizinhança, é um esforço que passa despercebido, mesmo para o público americano.

Show mesmo são as animações. Ponto alto da série, em "Homecourt" elas correm suavemente e transmitem sensação de humilhação e força. Ao sofrer uma enterrada dupla do computador, o impulso imediato é de cancelar o replay; já quando o ponto é do jogador a alegria em rever o lance é inerente. Os atletas virtuais também são bem fiéis aos de carne e osso. Quem acompanha jogos da liga norte-americana não terá dificuldade em reconhecer o astro de sua preferência, seja em aparência ou estilo de jogadas. Ficou pobre somente a animação que indica o começo de um "gamebreaker": é sempre a mesma mudando somente a cara do jogador.

Como na maioria dos jogos para a nova geração, é possível levar para a quadra sua própria seleção musical, mas não faça isso. O ritmo hip-hop e soul de artistas e bandas como Jackson 5, Quincy Jones e RJD2 casam muito bem com a ação. Ponto também para a sonorização. As frases se repetem com freqüência, mas elas capturam o clima de uma partida de rua como, por exemplo, jogadores perguntando quanto está o jogo - afinal, placares eletrônicos só têm em grandes estádios.

CONSIDERAÇÕES

"Homecourt" sofre da mesma mazela que atinge outras franquias da Electronic Arts que deram as caras pela primeira vez no Xbox 360 ou no PlayStation 3, entre elas "FIFA" e "Def Jam": robusto em visual, mas ralo em conteúdo se comparado com a geração passada. "NBA Street" compensa com novidades bem vindas. A mecânica simplificada foi uma cesta de três pontos dos produtores, deixando a série mais acessível sem estragar a diversão. As enterradas duplas também acrescentaram variedade e certamente serão incorporadas em futuros títulos da série. Colocando lado a lado todos os títulos da Electronic Arts que migraram para a nova geração, "NBA Street" foi um "chuá".

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    NBA Street Homecourt (Xbox 360)

    173 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: EA Sports
    Lançamento: 20/02/2007
    Distribuidora: Electronic Arts
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória, Xbox Live
    Outras plataformas: PS3
    RecomendadoAvaliação:
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