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Xbox 360

Ridge Racer 6

03/02/2006

da Redação
A Namco é uma das produtoras que mais inovou em jogos de corrida. O pseudo-3D "Pole Position", de 1982, foi um pioneiro, e "Winning Run" (89) um dos primeiros feitos com gráficos poligonais - ambos são para arcade. "Ridge Racer" foi lançado pela primeira vez, também nos fliperamas, em 1993, e impressionou por refinar a tecnologia de gráficos 3D, que substituiu o 2D na geração dos videogames de 32 bits, como o Saturn e o PSOne.

"Ridge Racer" integrou a lista de lançamentos de todos os videogames da Sony, inclusive o PSP e, agora, a Namco também preparou uma nova edição da franquia para o console da nova geração da Microsoft, o Xbox 360. Para o bem ou para o mal, o jogo mantém as características que o tornaram a série famosa - o seu estilo de dirigir é particular e do tipo que só aceita duas opções: amar ou odiar.

Nem ao mar, nem à terra

"Ridge Racer 6" herda o sistema de jogo de uma franquia criada há mais de dez anos, mas, de lá para cá, surgiram novos clássicos que redefiniram o gênero de corrida - com "Gran Turismo", ficou mais realista, muito próximo de um simulador, enquanto "Burnout", principalmente depois da terceira edição, levou o estilo arcade às últimas conseqüências.

Diante desses títulos, o clássico da Namco parece estar naquele meio termo incômodo, sem apelo para nenhum dos dois públicos, e sua primeira impressão também não ajuda a cativar os jogadores, coisa que "Project Gotham Racing 3" faz extremamente bem.

O visual é um dos pontos de maior interesse num console de nova geração. Nesse aspecto, "Ridge Racer 6" não surpreende, apesar de brilhar em alguns quesitos isolados. Os carros não têm o apelo de modelos reais, mas foram bem-projetados artística e tecnicamente, com bom nível de detalhes. E tudo rodando a 60 quadros por segundo.

Os efeitos de reflexo na lataria chegam a impressionar, mas são muito exagerados. Aliás, a iluminação é um pouco preguiçosa. Os carros refletem a imagem do ambiente ao redor, mas não reagem à lanterna de seu veículo. O máximo que acontece à noite são os rastros dos faróis formando desenhos no meio da escuridão.

Já o cenário não é tão inspirado quanto os automóveis, pois parecem simples demais para um jogo de nova geração. É tudo muito "limpo", sem objetos que poderiam dar vida aos ambientes. Entre pistas novas e algumas clássicas, são apenas 15 percursos, aproveitados de tudo quanto é jeito: normal, espelhado, sentido inverso, versão curta/longa etc.

A física beira o ridículo, praticamente não existindo reação quando há colisão: o carro perde velocidade e só. Se você bater numa parede em determinados ângulos, o seu carro vai ficar embicando no obstáculo diversas vezes. Programação e modelo de danos para colisão? Nem procure.

O balé regado à cavalo-vapor

A grande característica da dirigibilidade de "Ridge Racer 6" é o cavalo-de-pau ("drift", em inglês) que, como um legítimo game de corrida do tipo arcade, não tem compromisso com a realidade. É possível fazer todas as curvas com a máxima velocidade, quase de uma maneira automática, pelos menos nas pistas mais espaçosas.

O "drift" faz com que os veículos deslizem na pista como se estivessem num rinque de patinação, sem jamais perder velocidade. Enfim, é praticamente impossível vencer em "Ridge Racer" sem usar a técnica. Ela é fácil de aprender, mas um pouco complicada de dominar completamente.

Ou seja, o jogador poderá gostar se conseguir aceitar ou, ao menos, "engolir" essa característica marcante. Em certos momentos, quando se pega o jeito dos controles, pode até ficar prazeroso. Mas não são todos que "irão com a cara" do título, relevando os gráficos que não estão à altura de um console de nova geração.

Existe uma grande quantidade de modelos de automóveis, só que a diferença entre eles, na maioria das vezes, é apenas estética. Infelizmente, não é possível fazer nenhuma modificação nos veículos. Nesse sentido, "Ridge Racer" também falha por oferecer menos conteúdo que os concorrentes.

Os carros são divididos em quatro categorias, cada uma mais rápida que a outra. Os primeiros automóveis podem não impressionar pela velocidade, mas os modelos mais velozes já trazem mais satisfação. Existe também uma categoria especial, como modelos malucos de "carros".

Um dos únicos quesitos que o jogador precisará levar em conta para escolher o carro é o seu tipo de "drift": o "mild" tem melhor capacidade de fazer curva sem precisar derrapar, enquanto o "dynamic" tem o deslize de melhor desempenho, mas seu controle é mais complicado. Para quem estiver começando, recomenda-se o modelo "standard", que é um meio termo.

Inaugurado em "Ridge Racers" para PSP, o game de número seis traz um sistema de nitro, que permite uma velocidade maior por curtos intervalos de tempo. Aqui, os cavalos-de-pau ganham mais importância, pois fazem encher a barra de nitro, dividida em três seções. Dependendo de quantas delas estiverem completas, maior a eficiência do recurso.

A utilização do sistema de aceleração extra exige uma utilização estratégica para maior eficiência. Explicando: o preenchimento da barra tanto é maior conforme a velocidade em que o "drift" é feito. Mas, como durante o uso do nitro a barra não pode ser preenchida, o lance é usar a aceleração residual para realizar a manobra.

Correndo pelo mundo

O "World Xplorer" é uma das principais modalidades do game, em que o jogador escolhe uma rota com diversas pistas. Alguns podem achar as regras um pouco rigorosas demais, pois somente com a primeira colocação o jogador ganha o direito de participar da prova seguinte. O objetivo é liberar todas as fases. Apesar de ter muitos estágios, todos eles são baseados em 15 circuitos básicos.

Outra modalidade interessante é o Global Time Attack, em que o jogador inscreve seu recorde num ranking online mundial e disponibilizar seu "ghost", que aparecem no jogo como um fantasma, reproduzindo todas as ações gravadas. Assim, outros usuários podem baixar os dados do recordista e ver como ele fez para conseguir o tempo. É uma valiosa ferramenta de aprendizado.

De certa maneira, esse modo é até mais interessante que o de corrida multiplayer online, que comporta até 14 corredores, pois é muito mais competitivo. As provas na Live podem ser apenas um treino ou valendo pontos para o ranking. Mas, dependendo da conexão, o sistema pode limitar o número de participantes para oito pilotos. Os melhores colocados no ranking saem nas últimas fileiras do grid, então, as disputas tendem a ser equilibradas.

A trilha sonora continua abusando de estilos eletrônicos, com resultados regulares: não há nenhuma música memorável, mas também nenhuma muito irritante. Mas quem consegue acabar com a paciência é o "narrador". Ele é uma tradição no game, mas agora está insuportável, repetindo as mesmas frases durante toda a corrida. De qualquer maneira, ele pode ser desligado e a trilha musical, personalizada. Os efeitos sonoros também mantêm o nível mediano dos gráficos.

Caminho tortuoso

CONSIDERAÇÕES

"Ridge Racer 6" estréia no Xbox 360 com sua dirigibilidade particular, que, provavelmente, não deve atender à maioria dos jogadores, devido à sua estranheza. Mas os fãs antigos e os novatos que entrarem em sincronia com o título, encontrarão um game bem-fundamentado e equilibrado, com controles tecnicamente perfeitos. Talvez o jogador sinta falta de um recurso ou outro, mas tudo que é imprescindível está aí. E ainda tem o clássico "Pac-Man" na abertura.

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    Ridge Racer 6 (Xbox 360)

    124 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Namco
    Lançamento: 22/11/2005
    Distribuidora: Namco
    Suporte: 1-14 jogadores, Xbox Live, cartão de memória
    Outras plataformas: PS2
    RegularAvaliação:
    Regular

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