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Xbox 360

Warhammer: Battle March

23/09/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Talvez para aproveitar o badalado lançamento de "Warhammer Online: Age of Reckoning", o RPG persistente de Mythic e Electronic Arts, a Deep Silver e a Namco Bandai tenham resolvido recauchutar o velho jogo de estratégia "Warhammer: Mark of Chaos", lançado em 2006 para PCs. Nesta plataforma, foi lançada uma honesta e direta expansão chamada "Battle March", enquanto o Xbox 360 ficou com um produto único de mesmo nome, que engloba as campanhas de ambos os pacotes, infelizmente com características técnicas de dois anos atrás - ou talvez mais.

Dois lados da guerra

Seqüência de abertura
Ainda que "Warhammer: Battle March" não funcione como um jogo de estratégia em tempo real tradicional - uma vez que não há gerenciamento de recursos, apenas batalhas - tampouco parece ser fiel às regras do jogo de tabuleiro que originou os mitos da franquia. Tudo funciona de maneira rápida e um pouco desordenada, sem muitas possibilidades para improvisação ou criação de estratégias complexas, se resumindo muitas vezes a enviar suas tropas para conflitos e torcer para que sobrevivam, cumprindo todos os objetivos determinados.

A história é dividida basicamente em duas campanhas, uma baseada no herói Stefan Von Kessel, do exército da facção Empire, que precisa limpar o nome de sua família, tida como de traidores adoradores do lado rival, o Chaos. Já a segunda se foca nesta outra nação, com a busca de poder pelo ambicioso Thorgar The Blooded One.

Cada um destes personagens, entre outros apresentados ao longo das aventuras, possui habilidades únicas que garantem vantagens significativas nas batalhas, além de poderem usar itens e equipamentos especiais. Entre as batalhas, é possível fazer melhorias em seu exército e visitar cidades próximas para ressuscitar figuras-chave de seu grupo, além de outros ajustes.

Só tente ler bem o manual antes de entrar na batalha e memorizar bem os comandos. O jogo não é nada amigável, tanto na tentativa de situar o jogador no universo de "Warhammer" quanto na de apresentar sua mecânica. É um aprendizado lento e frustrante, inclusive para aqueles que são acostumados com o gênero.

Para jogar no monitor

Seres sombrios e batalhas intensas
Um dos grandes desafios em transpor jogos de estratégia em tempo real para consoles é reproduzir a interface e os controles de maneira satisfatória. A Electronic Arts tem tentado e conseguido de maneira satisfatória realizar esta transição em jogos como "Command & Conquer 3", mas ainda não é um processo totalmente perfeito, e "Warhammer: Battle March" segue o mesmo caminho.

O uso de controles que combinam comandos com os botões superiores e outros que surgem em pequenos círculos na tela até que funcionam bem, mas não suficientes para que você tenha a real sensação de controlar um exército com eficácia. Com um teclado em um mouse, há o envolvimento, a idéia de comandar tropas com as pontas dos dedos, mas aqui parece que você tenta vencer uma guerra segurando uma barra de sabão.

Tentar ler os textos descritivos das unidades também é uma tarefa árdua, graças ao tamanho diminuto das fontes, claramente feitos para serem vistos em um monitor a apenas alguns palmos de distância. Na TV não funciona. Rotacionar a câmera, dar zoom ou selecionar várias unidades na pressa também não é algo muito intuitivo, o que pode custar preciosas unidades em combate.

Visual de ontem

Mecânica de jogo em detalhes
Tecnicamente, "Warhammer: Battle March" é um jogo com validade vencida. Embora o vídeo de abertura seja extremamente empolgante e a trilha sonora tenha um cunho épico fundamental para este tipo de jogo, os gráficos são decepcionantes. Provavelmente há alguns jogos do Xbox original que conseguem ser mais bonitos, uma vez que as texturas pobres, modelos com poucos polígonos e a taxa de quadros irregular não fazem nenhuma questão de esconder que se trata de um jogo antigo embalado novamente.

Surpreendentemente, o modo multiplayer funciona bem, apesar de ser difícil encontrar alguém para enfrentar online. Mas as partidas foram estáveis e as opções para esta modalidade são interessantes, permitindo um certo nível de customização de suas tropas. E, ao jogar contra outros humanos, pelo menos tudo fica mais divertido, já que todos compartilham dos mesmos problemas de controle e interface.

CONSIDERAÇÕES

"Warhammer: Battle March" é um lançamento oportunista que embala dois produtos de PC com mínimas adaptações para o Xbox 360, observando que a base para ele já tem cerca de dois anos de idade. Por mais envolvente que seja o universo de "Warhammer" e o carisma de suas unidades, fica difícil se envolver em um jogo com visuais tão pobres e controles deficientes.

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    GALERIA

    Warhammer: Battle March (Xbox 360)

    37 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Black Hole
    Lançamento: 02/09/2008
    Distribuidora: Namco Bandai
    Suporte: 1-4 jogadores, multiplayer online, cartão de memória
    Outras plataformas: PC
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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