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Super Mario Strikers

16/12/2005

da Redação
Depois de passar pelo kart, tênis, golfe, beisebol e um sem número de esportes, já estava mais que na hora de Mario e sua trupe entrarem em campo para bater uma bolinha. Para nós, brasileiros, esta investida esportiva tem uma mística toda especial, afinal, o futebol é, com o perdão do chavão, uma verdadeira paixão nacional.

A primeira e mais importante regra que você precisa aprender a respeito de "Super Mario Strikers" é que não existem regras. Uma vez iniciada a partida, a bola não sai mais de jogo, não há cartões amarelos ou vermelhos e tampouco marcação de faltas. Por isso, é praticamente nulo o espaço nem para táticas ou para colocar o coração na ponta da chuteira - na verdade, a ponta da chuteira é que deve ser colocada no corpo dos adversários.

Os truques de Mario e cia.

Além do goleiro, cada time conta com quatro jogadores, três personagens secundários (Koopas, Birdos, Toads ou Hammer Bros) e um capitão. Os capitães, como era de se esperar, são os personagens mais populares da Nintendo: Mario, Luigi, Yoshi, Princesa Cogumelo, Wario, Daisy, Donkey Kong e Waluigi - além do time especial de Bowser, que pode ser habilitado após vencer na dificuldade profissional.

Os atletas secundários são meros e repetitivos coadjuvantes, servindo como uma espécie de "escada" para os astros da partida, que são mesmo os capitães. Eles têm como principal trunfo a habilidade "superstrike", um chute especial executado ao se pressionar o botão B por tempo suficiente. O movimento é ilustrado com animações especiais, momentos de close em que os personagens saem do chão e chutam com direito a um rastro de fogo deixado pela bola.

Porém, executar o movimento - há um intervalo de tempo em que ele pode ser interceptado - não é garantia de marcar o gol. O goleiro pode defender a bola, mesmo que isso lhe custe alguns segundos de "tontura", ou mesmo dar o rebote. Em compensação, um gol de capitão com "superstrike" vale por dois no placar.

Nas primeiras vezes, não é tão fácil acertar o movimento, mas não demora muito para se pegar o jeito do minigame, que consiste em um medidor cujo cursor vai de um lado a outro, cabendo a você pressionar o botão de chute nos momentos exatos.

Uma caixinha de frustrações

"Super Mario Strikers" é um jogo extremamente limitado e este, de longe, é o seu maior problema. Movimentos especiais à parte, a gama de jogadas dos personagens não vai nem um pouco além do trivial, que basicamente é chutar a bola e desarmar o adversário. Há também os passes - inclusive aéreos - e uma espécie de finta, mas nada que vá tão além.

O resultado é que, basicamente, na primeira partida você já viu quase tudo que "Super Mario Strikers" tem a oferecer. Não existe qualquer opção tática que permita criar estratégias de ataque ou então mexer no posicionamento dos atletas. Ok, não que se deva esperar um realismo comparável a "Winning Eleven" ou "Fifa"; a questão não é essa. Contudo, mesmo "Mario Kart", por exemplo, consegue aliar bem competitividade e diversão.

Em "Super Mario Strikers", o que se tem é uma verdadeira baderna, comparável a um jogo de várzea. É carrinho e chute para tudo quanto é lado e salve-se quem puder. Às vezes, um petardo na cara do gol é facilmente defendido, enquanto um chute despretensioso de antes do meio de campo é aceito pelo goleirão. Sabemos que isso acontece às vezes no futebol, mas somente às vezes.

Por isso, fica muito difícil criar linhas de ação dentro do game. No multiplayer, para até quatro jogadores, a idéia de jogar sem ter noção de quem se sairá vencedor no final soa interessante, mas a habilidade conta tão pouco que o tiro sai pela culatra, tornando a disputa muita vezes frustrante.

Mesmo assim, o multiplayer acaba se safando pelas variações que permite, como dois contra dois ou mesmo quatro atletas em um mesmo time. Aí realmente não há como não se divertir. Mesmo quem não gosta de futebol se rende aos encantos do bigodudo com a bola nos pés.

Os itens malucos da série, como de costume, fazem a sua aparição e, mesmo a duras penas, acrescentam um pouco de tempero à jogabilidade. Ainda assim, casquinhos teleguiados, bombas, cascas de banana e cogumelos não têm em "Super Mario Strikers" nem 20% da importância estratégica que têm em "Mario Kart", para traçar a analogia novamente. Até mesmo um esporádico ataque de Bowser, que invade o campo para prejudicar os dois lados, não parece fazer sentido algum.

Ão, ão, ão, segunda divisão!

A pobreza de variedade se estende aos gráficos, que são bonitinhos como era de se esperar, mas carecem (e muito) de maior variação. É cansativo ver sempre a mesma animação após marcar um gol - e olha que, via de regra, são muitos os gols marcados durantes as partidas.

Chega a ser difícil de entender: os estádios, por exemplo, são todos temáticos, inspirados em locais famosos de "Mario". Nas laterais e linhas de fundo, existe um campo de força que dá choques em quem se aventurar muito próximo. Porém, tirando o visual, há poucas diferenças entre um campo e outro, algo que sem dúvidas poderia ser melhor aproveitado em um game de futebol.

Quanto às modalidades de jogo, existem as Cups, divididas entre as costumeiras categorias (cogumelo, flor, estrela etc), que são torneios por pontos corridos, e as Super Cup Battles, que nada mais são que campeonatos. Some-se a isso a opção de partida rápida e uma espécie de tutorial, e está escalado o single-player de "Super Mario Strikers".

Os perseverantes perceberão que há muitos extras para se destravar, desde que se cumpra o quase mecânico processo de vencer cada uma das copas, um esforço que não vale tanto a pena, no final das contas.

"Super Mario Strikers" não é ruim, mas a impressão que se tem é a de que a versão está apenas 50% pronta. É um game passável para a jogatina casual, mas os que esperavam por algo competitivo devem evitá-lo a todo custo. É uma pena que Mario não tenha repetido, com a bola nos pés, o mesmo desempenho que obteve com as raquetes ou nas quatro rodas.

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    Super Mario Strikers (GameCube)

    92 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nintendo
    Lançamento: 05/12/2005
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: WII
    RegularAvaliação:
    Regular

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